terça-feira, 6 de abril de 2010

RESENHA DE ARTIGOS - O FUTURO DAS CIDADES – LE MONDE DIPLOMATIQUE. BRASIL - EDITORIAL (FINAL)

RESENHA DE ARTIGOS - O FUTURO DAS CIDADES – LE MONDE DIPLOMATIQUE. BRASIL - EDITORIAL (FINAL)

Na questão ambiental, introduzir novas fontes de energia não poluentes, como a solar e a eólica, ampliar o número de parques e espaços públicos, arborizar a cidade, promover a educação ambiental e o manejo e reaproveitamento dos resíduos sólidos.

Muitas outras propostas podem ser apresentadas, fruto das mobilizações sociais e das inovações tecnológicas. Mas como efetivá-las se não há, principalmente, recursos?

Está é justamente a questão. Depois que, globalmente, foram empregados mais de US$ 13 trilhões de fundos públicos, em um ano, para salvar o sistema financeiro internacional, não há mais argumentos para recusar o financiamento da melhoria de vida nas metrópoles. Além do que, não se trata de gastos, mas de investimento, com fortes repercussões na demanda do mercado interno, com uma melhoria da qualidade de vida que benficia a todos.

Em 2009, o investimento federal em infraestrutura foi de R$ 32,2 bilhões, o maio em duas décadas. Isso corresponde a cerca de 1,03% do PIB brasileiro, o que fica muito aquém do Chile, por exemplo, que investiu 6,2% do seu PIB nessa mesma área.

Somados o setor público e privado no Brasil, os investimentos em infraestrutura se mantêm entre 2% e 2,5% há anos. Segundo especialistas, o Brasil precisa investir de 5% a 6% do seu PIB em infraestrutura para dar sustentação ao seu crescimento econômico de longo prazo.

Se num programa de erradicação da pobreza nas regiões metropolitanas do Brasil for empregado algo como 1% do PIB, anualmente, em 8 anos serão aproximadamente R$ 280 bilhões. Dinheiro que, se bem empregado, fará uma enorme diferença e muito beneficiará todos os cidadãos e cidadãs, assim como as empresas que se dedicarem a este enorme desafio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário