RESENHA DE ARTIGOS
O FUTURO DAS CIDADES – LE MONDE DIPLOMATIQUE. BRASIL - EDITORIAL
Nos próximos domingos de abril/2010 (11, 18 e 25) e 2 de maio, postaremos resenhas (resenhista Vicente Deocleciano Moreira) sobre três artigos publicados em destaque, no Le Monde Diplomatique. Brasil. (São Paulo, Instituto Pólis, março/2010):
Para unir o urbano dividido – Kazuo Nakano, arquiteto urbanista do Instituto Pólis e doutorando em Demografia do Núcleo de Estudos Populacionais da UNICAMP
Saturação das metrópoles – Philips Golub, professor associado da Universidade Paris 8, autor de “Power, profit and prestige: a history of American imperial expansion. Pluto Press, Londres.
A luta por espaço – Jean-Pierre Garnier, autor de “Une violence éminemment. Agone, Marselha, 2010.
A (re)construção de Hanoi – Xavier Monthéard, jornalista.
Vale, para criar o clima inicial dos artigos, transcrever a parte introdutória do editorial (“Erradicar a pobreza nas metrópoles”) assinado por Silvio Caccia Bava para o Le Monde Diplomatique. Brasil. Segunda e terça-feira, próximas, as demais partes.
ERRADICAR A POBREZA NAS METRÓPOLES
Por Silvio Caccia Bava
Vamos colocar uma meta: erradicar a pobreza nas metrópoles brasileiras em 8 anos.
Seria isso possível? Se reunirmos condições políticas para tanto, como poderia ser feito?
Pobreza é, antes de tudo, a impossibilidade de decidir sobre sua própria vida. Nesse sentido, erradicar a pobreza é incluir nas decisões públicas os pobres, suas representações coletivas, e descentralizar e democratizar radicalmente as instâncias públicas de decisão. Pobreza é também privação de direitos sociais. Para garantir a satisfação das necessidades básicas de todo cidadão, estamos falando de segurança alimentar, trabalho moradia, saneamento básico, mobilidade, saúde, educação, cultura, esportes e lazer. O foco central deve ser a busca da redução das desigualdades. Portanto, a ênfase é atender com qualidade os que até então não tenham acesso a esses direitos.
O objetivo maior é a reapropriação da gestão das metrópoles por seus cidadãos. Por meio desta reapropriação se mobilizam recursos e se reorientam as políticas públicas para priorizar a redução das desigualdades.
QUAIS SERIAM OS GRANDES DESAFIOS?
. Colocar o bem-estar da coletividade acima de quaisquer outros interesses.
. Cobrar a transparência da gestão pública e garantir mecanismos de controle, públicos e sociais, sobre essa gestão.
. Elaborar participativamente um projeto de erradicação da pobreza para garantir direitos s sociais básicos a todos os cidadãos, com enfoque na dinamização dos circuitos curtos da economia, garantia de trabalho, novos paradigmas de produção e consumo, redução drástica da poluição ambiental, reconversão das matrizes energéticas e preservação do meio ambiente.
(Continua amanhã, segunda-feira)
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