RESENHA DE ARTIGOS - O FUTURO DAS CIDADES – LE MONDE DIPLOMATIQUE. BRASIL - EDITORIAL (2ª parte)
Este projeto de erradicação da pobreza equivale à realização de um novo pacto social, com caráter redistributivo, ea exemplo do que muitos países fizeram no século XX. O Estado do Bem-Estar Social era isso, o resultado de um novo pacto feito sob pressão dos movimentos sociais europeus e da ameaça constituída pelo bloco socialista.
A magnitude do desafio de erradicar a pobreza e as exigências de novos paradigmas para a vida em sociedade abrem novas possibilidades, como a de convocar um grande mutirão da sociedade, empregando os desempregados, especialmente os jovens, para produzir uma “economia verde” com planejamento e financiamento públicos; a fiscalização e o controle dos entes públicos e da sociedade civil.
Um programa de erradicação da pobreza deve começar por assegurar renda básica e trabalho remunerado a todos os desempregados, a partir de um novo projeto de cidade, orientado para garantir direitos e a “revolução verde”. E para realizar investimentos maciços para produzir equipamentos e serviços públicos que universalizem direitos.
Apenas para ilustrar possibilidades:
Na questão do saneamento básico e da moradia, promover, em conjunto com a iniciativa privada responsável pelas construções, cursos de profissionalização, e contratar trabalhadores do local beneficiado, especialmente os jovens, para a realização das obras previstas.
Na questão da mobilidade, já é um consenso priorizar o transporte coletivo. Isso significa fazer mais metrô e implantar nas principais vias o VLT – Veículo Leve sobre Trilhos-, mobilidade de transporte mais eficaz depois do metrô. Trata-se do velho bonde, agora articulado, silencioso, com ar-condicionado e design futurista. Iniciativa que permite a reconversão, ao menos em parte, da indústria automobilística para a produção desses novos veículos coletivos.
(Amanhã, terça, última parte deste Editorial)
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