AS PRAÇAS E A QUALIDADE DA VIDA E DO BEM-ESTAR NAS CIDADES (1)
“Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...
Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto
Esse canto de amor
Oh! oh! oh...
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo
Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...
E nesse dia branco
Se branco ele for
Esse canto
Esse tão grande amor
Grande amor...
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo
Comigo, comigo”
(Geraldo Azevedo e Renato Rocha – “Dia Branco”)
Vicente Deocleciano Moreira
vicentedeocleciano@yahoo.com.br
vicentedeocleciano@gmail.com
FONTE DIRETA Blog http://www.viverascidades.blogspot.com
“Se você vier/Pro que der e vier/Comigo.../Eu lhe prometo o sol/Se hoje o sol sair/Ou a chuva.../Se a chuva cair/Se você vier
Até onde a gente chegar/Numa praça/Na beira do mar/Num pedaço de qualquer lugar... “ (Geraldo Azevedo e Renato Rocha – “Dia Branco”).
Estes, na minha opinião, são dos versos mais românticos da Música Popular Brasileira. É o amor cortês verdeamarelizado. Alguém convida a(o) amada(o); e se ela(e) vier (dom) – não de jeito simples e seremo, “mas pro que der e vier” - o(a) outro(a) promete o sol e, se não houver sol, a chuva(contra dom).
Quem chega a prometer à pessoa amada o sol ou a chuva promete oferecer “simplesmente” o dia – dia branco - como dádiva.
O que tiver que ser dado (comparecimento, presença, “pro que der e vier”) e contra dado (todo o dia de um dia todo), terá apenas como limite “até onde a gente chegar”. Coragem e determinação, esse clima não poderá ‘rolar’, não poderá acontecer, num lugar qualquer … e sim no cenário de uma praça tendo o mar como pano de fundo. O que é “uma praça na beira do mar” senão “um pedaço de qualquer lugar” , diante da vastidão do mar e da infinitude do universo? “Esse tão grande amor”.
Ora pois pois, praças são pra essas coisas. Para acolher sentimentos de amor, conversas, pães e circos, paixão, protestos, ódios, louvações aos homens e aos deuses, celebrações festivas e funerárias. E, na China, para acolher o sono daquele(a)s que, com toda a cerimônia do sem cerimônia, simplesmente se deitam e dormem, em pleno dia branco, num banco de praça, sob os olhos orientais e indiferentes dos passantes.
Adjetivos são primos ricos de substantivos. Uma praça, mais que substantivo um adjetivo: Praça da Sé, senhora da ação e da contemplação, longe do mar, São Paulo – Brasil.
Mas, cidades molhadas pela água salgada, precisam construir praças na beira do mar para que também sejam senhoras da ação e da comtemplação. Ou seja, praças que disponibilizem, às pessoas de todas as idades, equipamentos de lazer ativo (aparelhos fixos de ginástica, pranchas para abdominais, argolas , módulos de parques infantis etc.) e lazer contemplativo (bancos com recosto ou não) que ajudem na visão livre do mar, o mais próximo possível dessa orgia dos sentidos que é o mar
Parodiando Vinicius de Moraes, a praça é a arte e o locus do encontro embora haja tantos desencontros pela cidade.
(COMTINUA AMANHÃ, SÁBADO, PRIMEIRO DE MAIO, DIA DO TRABALHADOR)
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