terça-feira, 8 de março de 2011

"JÁ É CARNAVAL, CIDADE, ACORDA PRA VER" ... (4)

"JÁ É CARNAVAL, CIDADE, ACORDA PRA VER" ... (4)*
(*  Gerônimo - cantor e compositor baiano - Salvador - Bahia - Brasil)

MORAES MOREIRA: CIDADE CARNAVAL




      (Moraes Moreira, cantor e compositor baiano) 


Moraes Moreira, nome artístico de Antônio Carlos Moreira Pires, (Ituaçu, 8 de julho de 1947) é um cantor, compositor e músico brasileiro, integrante do movimento dos Novos Baianos.


Moraes Moreira começou tocando sanfona de doze baixos em festas de São João e outros eventos de Ituaçu, o "Portal da Chapada Diamantina". Na adolescência aprendeu a tocar violão, enquanto fazia curso de ciências em Caculé, Bahia. Mudou-se para Salvador e lá conheceu Tom Zé, e também entrou em contato com o rock n' roll. Mais tarde, ao conhecer Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, formou o conjunto Novos Baianos, onde ficou de 1969 até 1975. Juntamente com Luiz Galvão, foi compositor de quase todas as canções do Grupo[1]. Um dos melhores álbums da história do Brasil[2] Acabou Chorare, de 1972, foi lançado pelos Novos Baianos.


Saiu em carreira solo no ano de 1975, e desde então já lançou mais de 20 discos. Compôs "O Brasil Tem Concerto", influenciado pela música erudita. Em 2003 completou sua trilogia que tinha como tema o Brasil, e incluía os três álbuns Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira (1979) e O Brasil Tem Concerto (1994) e Meu Nome é Brasil.

Biografia enviada por Athosmenezes em 6/2/2009


MORAES MOREIRA: CIDADE CARNAVAL

Vicente Deocleciano Moreira


A obra carvalesca de Moraes Moreira  localiza, assenta o Carnaval num sítio: Salvador - Bahia - Brasil. A geração de  baianos compositores carnavalescos de 'assentamento' parece se encerrar com ele (e, também, com Gerônimo, Caetano Veloso).  Moares cita bairros e localidades de Salvador com um sotaque de antropólogo versado em fenômenos urbanos.

Assim como costumo falar e elogiar a pernambucanidade/pernambucanismo de Alceu Valença, também o faço destacando a baianidade/baianismo de Moraes Moreira.

A produção de Alceu está assentada em Pernambuco (Olinda, Recife); a de Moraes na Bahia (Salvador). Na postagem (a última) de amanhã - quarta-feira de Cinzas - quero apresentar as letras de Alceu Valença juntamente com a produção de outros compositores carnavalescos  - e frevescos, em particuilar - seus conterrâneos.

Moraes ou Alceu, suas letras falam melhor do que as mal traçadas linhas deste vosso escriba episódico.


Assim Pintou Moçambique


De dia não tem lua
De noite há luar.
De dia não tem lua
De noite há luar.
De Arembepe a Itagipe, da Ribeira a Jacuípe
Tudo é lindeza.
Estrela de quinta grandeza
Filha de mãe sudanesa
Tudo é beleza.
Fazendo um som no atabaque, trazendo axé pro batuque
Cantando um samba de black.
Assim pintou Moçambique
Nesse tique, nesse taque, nesse toque, nesse pique

Chame Gente

La laia laia, la laia laia, la laia laia laia laia laia
La laia laia, la laia laia, la laia laia laia laia la
Ah! imagina só que loucura essa mistura
Alegria, alegria é o estado que chamamos Bahia
De Todos os Santos, encantos e Axé, sagrado e profano, o Baiano é carnaval
Do corredor da história, Vitória, Lapinha, Caminho de Areia
Pelas vias, pelas veias, escorre o sangue e o vinho, pelo mangue,Pelourinho
A pé ou de caminhão não pode faltar a fé, o carnaval vai passar
Da Sé ao Campo-Grande somos os Filhos de Gandhi, de Dodô e Osmar
Por isso chame, chame, chame, chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta
É um verdadeiro enxame, chame chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta
Ah!...a praça e o poeta.



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário