quinta-feira, 28 de outubro de 2010

VIVALDO E O MACIEL (1) - Vicente D. Moreira

VIVALDO E O MACIEL (1) - Vicente D. Moreira

Nota do Blog

O antropólogo Vivaldo da Costa Lima, Professor Emérito da Universidade Federal da Bahia, nasceu na cidade de Feira de Santana - Bahia - Brasil em 10 de abril de 2010 e faleceu, há pouco mais de um mês, em Salvador - Bahia, em 22 de setembro de 20
10. A publicação Vivaldo da Costa Lima: intérprete do Afro-Brasil de que faz parte este nosso artigo (em meio a outras contribuições que citaremos a seguir) data de 3 anos antes do falecimento de Vivaldo da Costa Lima; e, nunca é demais ou óbvio afirmar, revela as referências e as reverências a um Vivaldo produtivo, realizador e envolvido com vários projetos aos 83 anos de idade. Uma publicação pensada e realizada para homenagear o marco de seus 80 anos de vida.

Outros artigos/contribuições e autores:

Uma pedagogia do viver - Jeferson Bacelar

Ao mestre com carinho - Newton F. Cunha

Vivaldo e o Maciel - Vicente Deocleciano Moreira

De arajés e hamburgers - Carmen Rial

O feitiço da antropologia - Yvonnne Maggie

Uma perspectiva africana continental - Anani Dzidzienyo

Missão e infortúnio de Hélio de Oliveira: breve notícia sobre um projeto de pesquisa enquanto jogo de armar - Cláudio Luiz Pereira

Sobre o conceito de nação e afro-descendentes - Waldir Freitas Oliveira

Dimensão dos aportes africanos no Brasil - Yêda Pessoa de Castro

O tempo sagrado no candomblé - Júlio Braga

O caminho da iniciação - Michel Maffesoli

Fundamentos do discurso sobre as artes cênicas no Brasil - Armindo Bião

Trajetória intersectada pelo carisma - Maria Rosário G. Carvalho

Análises discutíveis ou a questão da homossexualidade no candomblé - Peter Fry

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VIVALDO E O MACIEL

Vicente Deocleciano Moreira


[MOREIRA, Vicente Deocleciano. Vivaldo e o Maciel. In: BACELAR, Jeferson e PEREIRA, Cláudio (org). Vivaldo da Costa Lima: intérprete do Afro-Brasil.. Salvador, EDUFBA : CEAO, 2007, pp.45-57]



A Fundação do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (FPAC) foi criada em 13 de setembro de 1967 e regulamentada em 1968, sob influência da proposta (criar uma funda~ção para cuidart do patrimônio de Salvador) constante do relatório de Michel Parent, técnico da UNESCO que, em janeiro de 1967, visitou a capital baiana e conhecue seu patrimônio arquitetônico. O incentivo inicial para a criação da FPAC partiu do arquitetp Wladimir Alves de Souza seu primeiro presidente da Comissão Executiva e do antropólogo Vivaldo da Costa Lima seu primeiro Secretário Executivo e, depois da reforma do regimento em 1973, primeiro Diretor Executivo. Em 1980, passou a chamar-se Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia.

A direção política de uma instituição pública cuja missão é preservar o patrimônio cultural e artístico de um estado - a exemplo do Instituto (nascida Fundação em 1967) do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia - não deve ser concebida e esperada apenas nos seus termos administrativos e executivos. Há que se considerar, também, as dimensões políticas dessas direção que avançam para além dos afazeres (políticos e tantos outros) internos da instituição e, passo a passo, espaço a espaço, alcançar quadrantes externos à própria instituição. Vivaldo trouxe olhos cansados do mundo para o mundo do Maciel, primeiro desafio de uma missão chamada Pelourinho: Prof. Agostinho, Fundação Calouste Gulbenkian, UNESCO, Lina Bo Bardi, ICOMOS ...

(continua amanhã, sexta-feira)

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