"CIDADES SAUDÁVEIS" ... FORA DE MODA?
Vicente D. Moreira
---------
Se hoje (2010) eatão fora de moda os programas e projetos que, faz cerca de dez anos, estiveram abrigados sob a bandeira da "Cidades Saudáveis" ... então que bom estar fora de moda ...
----------
Sou motorista bastante atento especialmente quando dirijo em estradas; a ponto de não me bastar a informação das placas de sinalização para que eu saiba que estou perto de alguma cidade (grande, média ou pequena), desde que esteja dirigindo às primeiras horas da manhã ou às últimas da tarde. É que vejo nos acostamentos (direita e esquerda)dezenas de pessoas, mulheres e homens de várias idades, caminhando, dirigindo bibicletas, "malhando" ou, como se dizia há 20 anos em homenagem e reconhecimento ao médico americano Dr. Cooper, "fazendo cooper". São caminhantes apressados, totalmente desprotegidos, buscam a saúde, a prevenção de doenças e a qualidade de vida, mas correm risco de encontrar até mesmo a morte ante a velocidade dos veículos.
Por que esses "atletas", que não estão em qualquer competição com os demais, s exoõem tanto? Na maioria dos casos porque não há, na cidade, no bairro, em que vivem, trabalham e pagam impostos, pistas para caminhadas ou ciclovias. Não habitam cidades ou bairros saudáveis.
Se hoje (2010) eatão fora de moda os programas e projetos que, faz cerca de dez anos, estiveram abrigados sob a bandeira da "Cidades Saudáveis" ... então que bom estar fora de moda ... A saúde urbana não é cumprida pelo Poder Municipa (Estadual, Federal) apenas através da disponibilização de medicamentos e ambulâncias, construção de postos e centros de Saúde; e muito menos de (apenas)hospitais.
Além do saneamento básico, do cuidado com o ambiente, do verde, das águas e de áreas de lazer para crianças e adultos, construir pistas para caminhada e ciclovias deve ser preocupação constante dos gestores municipais. E isso precisa - longe de motivo de piadas, desdem ou zombarias - ser encarado como questão/desafio de Saúde Pública. Penso ser ocioso, aqui, repetir o que médicos dizem, todos os dias, sobre a importância do exercício físico e da dieta equilibrada para a saúde.
Não são bens públicos de construção das mais caras, pistas para caminhadas e ciclovias (além de pranchas para abdominais e congêneres). Ao contrário, são equipamentos urbanos que podem ser passar a existir através de parcerias com o empresarido local (PPP / Parceria Público-Privada), por meio de incentivos fiscais.
É uma das inúmeras formas de podermos chamar. com justiça, algumas de nossas urbes de "cidades saudáveis", mesmo que a expressão esteja fora de moda ou fora de mídia.
domingo, 17 de outubro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário