domingo, 31 de outubro de 2010

CRÔNICA DOMINICAL DE 31 OUT /2010

CRÔNICA DOMINICAL DE 31 OUT /2010

Vicente Deocleciano Moreira


Hoje é o último dia de outubro de 2010. E é num domingo que o outubro deste ano se despede. O fato é que neste outubro que se despede aconteceu um fenômeno que só ocorre em outubros de 823 em 823 anos: o querido mês abrigou cinco sextas-feiras, cinco sábados e cinco domingos.

Um outro outubro com cinco sextas-feiras, cinco sábados e cinco domingos somente ocorrerá daqui a 823 anos. Peço-lhes desculpas, desde já, porque serei repetitivo ao fazer novamente este mesmo registro da próxima vez (daqui a 823 anos),no nosso Blog.

Mas vamos ao centro da crônica com uma pergunta retórica. Retórica, pois já sei a resposta. E a resposta é SIM. Sem mais delongas, à pergunta:

- É possível ser feliz num domingo onde não existe mar, praia, rio, lago, lagoa, ou cachoeira?

- SIM, é possível.

- E o que pode substituir mar, praia, rio, lago, lagoa, ou cachoeira ... nesta nossa ansiedade dominical por banhos de água fria, morna ou de água quente?

- Não é o caso de substituir, compulsoriamente, isso ou aquilo. Trata-se não de dar as costas às aguas, mas de encontrá-las (ou não!), caminhando pelas veredas de um bosque. Bosques são santuários urbanos de paz em que a floresta dá lições de sobrevivência e dignidade ao mundo urbano ... mesmo se cercados de espigões (Central Park - Nova Yorque/EUA; Ibirapuera - São Paulo; Campo Grande - Salvador)

Estou lembrando, nesse momento, da Lagoa do Taquaral (em meio a um agradável bosque) e dos demais bosques da cidade de Campinas (uma cidade não praieira a 100 km de São Paulo - Brasil). Estou lembrando, também, do Dique do Tororó em Salvador (uma cidade praieira, a capital da Bahia - Brasil)... onde não há muitas árvores é verdade. Nas duas tão diferentes e tão distantes cidades, o mesmo hábito dominical de sentar sobre bancos de jardins e sobre a grama, pescar, beber, fazer refeições (embora o velho piquinique esteja meio fora de moda), reunir familiares e amigos.

Nem só de água vive o domingo.

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