segunda-feira, 13 de setembro de 2010

SORÔCO. SOLIDARIEDADE, COMPAIXÃO

SORÔCO. SOLIDARIEDADE, COMPAIXÃO,

Vicente Deocleciano Moreira


Polêmicas e variedades de discursos e interpretações à parte, penso que é 'moeda' corrente o sentimento de solidariedade e de compaixão demonstrada pelos moradores da pequena urbis à dor de Sorôco. A dor de Sorôco é dorzinha ... vista à distância que separa o texto ruseano (Guimarães Rosa)do leitor roseano. Mas, vá se colocar na pele de Sorôco enquanto pele não ficcional, pense quanto sorôcos -e os há bastante - estão neste momento padecendo de impotência e de sentimentos contraditórios (amor e ódio) diante das patologias (transtornos mentais, transtornos de aprendizagem, câncer, autismo infantil, depressão, deficiências físicas, auditivas, visuais ...) de seus entes queridos.

A solidariedade que, dominados pelo desânimo e pela desesperança, às vezes acreditamos não mais haver entre os humanos que, por exemplo, habitam as grandes cidades e - hoje em dia - também nos povoados e nas "ruas de Baixo" da vida. O fato é que, na maior cidade do Mundo, é possível encontrar a solidariedade de desconhecidos ante a tragédia do outro em plena via pública ou estação de metrô; isso apesar de todo os perigos incrustados nas esquinas das ruas e dos humanos.

Em "Sorôco" e para Sorôco seus vizinhos destinam não apenas solidariedade, mas também compaixão. Compaixão, sei, é uma palavra difícil não de rponunciar ou escrever mas de inscrever num quadro conceitual que consiga situar-se às leguas da píedade, da 'dó' do coitadinho, da 'pena de você' ... A compaixão a que estamos aqui nos referido - e que é a mesma que faz crescer em humanidade os vizinhos e concidadãos de Sorôco, é aquela que abraça o COMPATHOS. Isto é, a chmar a sí o PATHOS, vale dizer, a doença do sofrimento própria do outro, oo do que esse outros está sofrendoi por outro alguém (parente, amigo, desconhecido ...)internalizar esse sofrimento, sofrer e chora com esse outro sofredor e num abraço, todos juntos, chorarem juntos e até cantarem juntos se for preciso e o que for preciso para aliviar a dor agora coletivizada.

Tenho dito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário