quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dia Mundial sem Carro em Brasília

Brasil

22/09/2010 11h22 - Atualizado em 22/09/2010 11h23

Dia Mundial sem Carro mostra falhas no transporte público do DF

DF tem um milhão e duzentos mil carros circulando diariamente.
Falta de ciclovias também dificulta abrir mão do uso de veículos motorizados.

Do Bom Dia DF


No Dia Mundial sem Carro, comemorado nesta quarta-feira (22), os moradores do Distrito Federal enfrentam vários problemas como precariedade do transporte público e falta de ciclovias, para deixar de usar os veículos particulares.

O Dia Mundial sem Carro foi instituído na França, há dez anos, para reduzir congestionamentos e poluição. Por lá, um sistema de ciclovias e aluguel de bicicletas tirou milhares de carros das ruas.

A ideia do evento é mostrar que existem alternativas de transporte, e estimular as pessoas a, de vez em quando, deixarem o veículo particular em casa. Com isso, a população contribui com o meio ambiente e ameniza os congestionamentos.

O problema é que, para deixar o carro em casa e usar o transporte público no DF, é preciso ter coragem. Os ônibus andam sempre lotados. Cenas de coletivos quebrados e paradas lotadas são comuns. Já o metrô, que vai funcionar o dia inteiro de graça nesta quarta-feira, só atende à Asa Sul e mais quatro cidades.

A maioria da população não tem outra alternativa a não ser comprar um carro. Já são um milhão e duzentos mil circulando diariamente, provocando congestionamentos, acidentes e poluindo o ar.

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Motoristas enfrentam trânsito lento no Rio no Dia Mundial Sem Carro Para o presidente do Instituto Brasília Ambiental, Gustavo Souto Maior, a culpa é do governo, que não investe no transporte de massa. “Temos que ter um transporte coletivo de boa qualidade, temos que oferecer alternativas para as pessoas andarem mais de bicicleta e a pé”, destaca.

O borracheiro Lindomar Cruz mora em Ceilândia, uma das cidades atendidas pelo metrô, e já achou a solução que os ambientalistas querem no dia de hoje. Ele vai até a estação de bicicleta, para na Rodoviária e completa o percurso até a Asa Norte, onde trabalha, pedalando.

“Falta ciclovia. Não tem como disputar espaço com os carros. É tanto que, quando pedalo no Plano, vou por dentro das quadras”, diz Lindomar.

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