sábado, 15 de maio de 2010

EVENTOS - CEM ANOS DE NOEL ROSA (4)- 11 DE DEZEMBRO DE 1910 – 11 DE DEZEMBRO DE 2010

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EVENTOS ESPECIAIS DO BLOG PARA 2010 – CEM ANOS DE NOEL ROSA(4) - 11 DE DEZEMBRO DE 1910 – 11 DE DEZEMBRO DE 2010.


► 100 ANOS DE NOEL ROSA – (4) - (1910, Rio de Janeiro-Brasil – 1937, Rio de Janeiro), compositor brasileiro;


FOI UM RIO QUE PASSOU EM NOSSA VIDA

Vicente Deocleciano Moreira
vicentedeocleciano@yahoo.com.br
vicentedeocleciano@gmail.com
FONTE DIRETA Blog http://www.viverascidades.blogspot.com


Noel Rosa nos brindou, brasileiros e estrangeiros, com obras de arte que apresentam a imagem de uma cidade do Rio de Janeiro que passou em nossas vidas. Passou e não mais existe nem em sombra da alegria espontânea de ontem.

O que estamos fazendo com o Rio - ou melhor, contra o Rio?

Resposta: Estamos fazendo o melhor contra o Rio.


Até mesmo a figura do "malandro" não mais existe. Chico Buarque em "A Ópera do Malandro" parece que jogou a última rosa no túmulo dessa figura bem humorada e trapaceira ... quando ainda tínhamos um imaginário menos violento e menos hediondo.

Ainda bem que ainda existem a poesia e a poesia de Noel Rosa; até mesmo nosso amor cortês parece esvaziado de conteúdo pela descortesia generalizada desses 'nossos' dias; 'nossos' dias que já não nos pertence mais e nem ao Brasil.

Se na época de Noel, o morro dependia de descer e de quem o descess para chegar à cidade, hoje o morro está visceralmente dentro da cidade, e esta acostumou-se a subir o morro com armamentos e homens de guerra, numa guerra que, não fosse a poesia (memorialista?) do "poeta da Vila", já teria evaporado o último suspiro de poesia e dignidade humana.

A função social da poesia é tema recorrido, ao cansaço, por fazedores e ouvidores de palestras e conferências acadêmicas. Já houve quem perdesse as mãos por ser poeta e por dizer poesias "incômodas". Porém, para quem cantou o morro e a cidade do Rio de Janeiro como o fez Noel Rosa, ainda estamos a lhe dever reconhecimento e eternos agradecimentos. Sem Noel Rosa, o Brasil seria ainda mais violento, apavorado e cultivaria, com mais adubos feitos de mais lágrimas, a desesperança.

Estamos a poucos meses de dezembro de 2010 e ainda não ouço o Brasil recordar, recordar e/é viver. Se - absurdo dos absurdos! - ainda estamos precisando de dados biográficos sobre o poeta para conhecê-lo e então fazê-lo merecedor de um "Bom Dia" ... sem problemas: amanhã - domingo - postaremos esses dados.

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