DIVERSÃO, RECREAÇÃO, LUDICIDADE E ÓCIO NAS CULTURAS URBANAS

DIVERSÃO, RECREAÇÃO, LUDICIDADE, E ÓCIO NAS  CULTURAS  URBANAS (1)


"Pernas pro ar,  que ninguém é de ferro!"
(dito popular brasileiro)


Vicente Deocleciano Moreira


Admito a possibilidade segura da existência de culturas urbanas. Mas quero mesmo começar declarando que a série de postagens que começamos hoje (domingo 10 de abril/2011), foi estimulada pelo artigo da Dra. Maria Inês Dolci postado quarta-feira última, 6 de abril, por este Blog, "Lei para Parques de Diversões". [fonte: jornal Folha de São Paulo. São Paulo (São Paulo - Brasil), 4 de abril de 2011, p. B8]

A palavra DIVERSÃO significa, em sua origem, algo que desvia a atenção do que é central, importante, produtivo, rentável ... para qualquer outro alvo ou objetivo periférico sem tais pesos de importância. É isso mesmo ... quando estamos nos divertindo estamos não exatamente jogando tempo (ou até dinheiro) fora, apesar de  "tempo ser dinheiro"; mas estamos concentrando energias físicas e mentais em alguma coisa não produtiva economicamente.  À luz dos primórdios etimológicos da mencionada palavra, estamos, como gente que está se divertindo,  subtraindo e nos subtraindo, naquele instante diverso/disperso, a/da geração de riqueza. Claro que o vendedor de pirulito, de "maçã do amor", de pipoca ... que o trabalhador/funcionário/operador de máquinas dos parques (que se dizem) de diversão não está se divertindo. Ao contrário e ao contrário das pessoas que se divertem , esses trabalhadores estão gerando, somando (e não subtraindo) riqueza.

Vou mais longe. Quem se diverte está roubando o tempo que poderia estar sendo dedicado a coisas realmente importantes , a exemplo dos estudos, do trabalho, dos livros, da devoção religiosa, da lçeitura, dos deveres, do cuidado com amigos ou parentes sãos ou enfermos .. e muito mais ... a lista é grande.

Pensem nisso quando estiverem a se divertir neste segundo domingo de abril. E leiam o que virá na segunda postagem desta série ...  amanhã - segunda-feira ... dia da semana não previsto, via de regra, para diversões - segundo as raízes primordiais da expressão.


Divirtam-se!