Vicente Deocleciano Moreira
Quando a gente escreve crônicas semanais, infatigável e pontualmente, não é que tenhamos a memória privilegiada ou (nem pensar!) sobrehumana ... mas conseguimos lembrar que já tratamos, em algum momento, de um determinado assunto. Porém, o 'pecado' da repetição do assunto não se soma ao da cópia, ao pé da letra, de alguma outra crônica publicada antes.
Sinto-me leve agora para pensar o porquê das pessoas (a maioria talvez) acordar tarde aos domingos: 10, 11, 12 horas. Um passarinho está me contando que, em crônica anterior, coloquei-me discreta e cuidadosamente contrário a esse hábito normal de quase permitir que o sol passe sobre si (pós meio dia) aos domingos - o que já mereceu a condenação do jurista e escritor Rui Barbosa.
Sim, mas o que eu quero dizer de "novo" aqui e agora é que gastamos (desperdiçamos sim) a maior parte do domingo dormindo;de olhos fechados, justamente no dia em que não trabalhamos e que, por isso, podemos curtir, gozar dos prazeres e da liberdade do não trabalho. No dia seguinte, segunda-feira, acordamos bem cedo para o dia ficar mais comprido, para que tenhamos o dia interinho disponível para o trabalho. Dia de domingo passamos pouco tempo acordados. Nos chamados "dias úteis" passamos pouco tempo dormindo.
Mas, num futuro (que - aliás - já se presentifica, aqui e ali) poderemos acordar bem tarde nos "dias úteis", nos quais bastaremos trabalhar apenas algumas poucas horas, minutos até - e de preferência sem sair de casa - no período vespertino ou noturno.
E quando este futuro chegar, continuaremos a acordar tarde nos domingos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário