ZARATUSTRA: DA MONTANHA PARA A CIDADE (1)
“Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia”
Frederico G. Nietzsche (1844 – 1900)
Vicente Deocleciano Moreira
A postagem ZARATUSTRA: DA MONTANHA PARA A CIDADE que se inicia hoje, 21 de fevereiro/2011, tem como livro-base a obra do filósofo alemão Friedrich Willelm NITETZSCHE (Frederico Guilherme NIETZSCHE) ASSIM FALA ZARATUSTRA: livro para todos e para ninguém; no original alemão, ALSO SPRACH ZARATHUSTRA: Ein Buch für Alle und Keinen.
Vale alertar que não farei uma análise filosófica nem literária deste tão citado quanto tão pouco lido e tão incompreendido livro de Nietzsche; primeiramente porque interessa a este Blog (http://www.viverascidades.blogspot.com) apenas o que a obra pode nos possibilitar de compreensões (nietzscheanas, no caso) do fenômeno urbano e de uma ecologia (geral) da cidade presentes, ao menos, no citado livro. E além disso - quero dizer e por força disso - nossa leitura se limitará ao Prólogo de ASSIM FALA ZARATUSTRA: livro para todos e para ninguém. Por fim, tenho que me acorrentar à temática geral do Blog (CIDADE). Mas declaro que meu desejo como leitor de 38 anos de alfabetização inicial em Nietzsche, seja fazer resenhas ... resumos ... e até arriscar inscrever meu/algum texto na rica e próspera fortuna crítica de Nietzsche.
Quem foi o Zaratustra antes do Zaratustra de Nietzsche?
Também conhecido como Zoroastro, cerca de 600 a.C o profeta ariano Zaratustra fundou a religião persa, o Zoroastrismo, que dogmatizava uma separação inconfundível, distinta e até antagônica entre o Bem e o Mal ... a ponto de o ente supremo poder ser uma coisa e outra separadamente. Zoroastro escreveu os Gäthäs, na verdade o encontro de cinco hinos sagrados.
Por que Nietzsche escolheu Zaratustra como um de seus mais importantes personagens literário/filosóficos? – é uma pergunta que pode até não querer calar mas que, para mim, não têm tanta importância tanto ociosa que é. A razão de tal pergunta é a alegação que o filósofo era ateu declarado, apesar de ter sido filho de pastor luterano e de ter se criado nesta respectiva religião; teria Nietzsche deixado de ser cristão intelectualmente ... mas não emocionalmente; ou Zaratustra foi criado, numa atitude de provocação e de ironia do filósofo, como um Anti Cristo ... já que veio das montanhas e não do deserto.
A este Blog interessa como a montanha, o caminho até a cidade e a cidade propriamente dita aparecem com três ecologias diferentes, diferenciadas. Como Nietzsche – através de sua criatura Zaratustra – vê a cidade. Seria Nietzsche um visionário que, da cidade vigente no século em que viveu (sec. XIX -) teria profetizado a cidade dos séculos que se lhe seguiram?
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(Continua amanhã, terça-feira)
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