A ALMA NOTURNA DAS CIDADES (5) - alma diruna e alma noturna
Hoje é sexta feira
Chega de canseira
Nada de tristeza
Pega uma cerveja
Põe na minha mesa
Hoje é sexta feira
Traga mais cerveja
Tô de saco cheio
Tô pra lá do meio
Da minha cabeça
Chega de aluguel
Chega de patrão
O coração no céu
E o sol no coração
Pra tanta solidão
Cerveja, cerveja
Cerveja, cerveja
Cerveja, cerveja
Hoje é sexta feira
Chega de canseira
Nada de tristeza
Pega uma cerveja
Põe na minha mesa
Hoje é sexta feira
Traga mais cerveja
Tô de saco cheio
Tô pra lá do meio
Da minha cabeça
Chega de aluguel
Chega de patrão
O coração no céu
E o sol no coração
Pra tanta solidão
Cerveja, cerveja
Cerveja, cerveja
Cerveja, cerveja
Cerveja, cerveja
Cerveja, cerveja
Cerveja, cerveja
(Leandro e Leonardo - "Cerveja")
Vicente Deocleciano Moreira
vicentedeocleciano@gmail.com
vicentedeocleciano@yahoo.com.br
Parece que há lugares, em cada cidade, por assim dizer vocacionados para a vida diurna e outros para a vida noturna.
Talvez seja esta a razão por trás da expressão "a vida noturna da cidade A, da cidade B, C..." bem mais corriqueira do que a (quase inexistente) referência à "vida diurna" das cidades. Dificlmente um anfitrião convida: 'vamos conhecer a "vida diurna" da minha cidade'. É mais comum: 'vamos conhecer a "vida noturna" ...'
É verdade que o dia, a tal "vida diurna", e a noite ("vida noturna") de uma cidade acontecem a um só tempo e´em mesmo lugar. Quero dizer que, dentro de uma cidade, quando é dia num local é também dia para as demais localidades urbanas; por outro lado, a noite cobre, como um toldo, o todo de uma cidade.
Acontece que nos deixamos prender pelo hábito de sentenciar que uma cidade ou um bairro, praça, rua dessa mesma cidade tem "vida noturna", quando somos informados e/ou presenciamos a circulação intensa de pedestres e de veículos e o movimento de entra-e-sai de pessoas 'elegantes' de cinemas, odores alcoólicos e culinários, restaurantes, bares, teatros, festas contumazes, salas de mostra de arte, etc. De outra parte e na outra parte da cidade onde nada disso acontece, dizemos: lá não tem "vida noturna".
Só que nesse lá (geralmente esse lá é o 'centro antigo') existe também uma "vida noturna" agitada por bares, restaurantes e vendedores ambulantes que giram em torno, por exemplo, dos profissionais e das agência do sexo, dos serviços eróticos e sexuais de prostitutas, prostituos, "michês", travestís, shows eróticos, sexuais ... e seus fregueses e clientes. Aqui também há "vida noturna". 'Centros antigos' que, durante o dia, são testemunhos do corre-corre de pessoas, ônibus, automóveis, à noite abrigam os passos sem pressa desses atores sociais.
"Chega de aluguel/Chega de patrão" Leandro e Leonardo)
Não há como negar que cidades elegem os chamados "bairros boêmios", e para lá empresários, publicidade, mídia e gestores públicos tentam atrair um maior número de frequentadores, de grupos e de famílias. Quando os "bairros boêmios" estão localizados nos 'centros antigos' empresários, publicidade, mídia e gestores públicos redobram energias, esforços, capitais e atitudes para atrair esse tipo de público para a noite de lá.
Redobram energias, esforços, capitais e atitudes para a "vida noturna" desse là, porque se trata de uma espaço urbano densamente visitado e vivido durante o dia por pessoas que desde sexta-noite - e hoje é sexta-feira! - querem mais é beber, comer, se divertir, passear em environnements (ou seja, em ambiências) que em nada lhes faça lembrar do local onde, de segunda a sexta-feira, trabalharam, foram às compras ao médico, ao escritório, à farmácia ... enfrentar os desafios do cotidiano de uma cidade.
"Pernas pro ar que ninguém é de ferro!" ... nos consola e nos perdoa o dito popular
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