sábado, 28 de maio de 2011

A CIDADE COMO ARTE DO ENCONTRO ... (5)


A CIDADE COMO ARTE DO ENCONTRO, EMBORA HAJA TANTO DESENCONTRO PELA CIDADE (5)

“A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. É preciso encontrar as coisas certas da vida, para que ela tenha o sentido que se deseja. Assim, a escolha de uma profissão também é a arte do encontro, porque a vida só adquire vida, quando a gente empresta a nossa vida, para o resto da vida.”
(Vinicius de Moraes)








RUAS DE OUTONO

Ana Carolina

Nas ruas de outono
Os meus passos vão ficar
E todo abandono que eu sentia vai passar
As folhas pelo chão
Que um dia o vento vai levar
Meus olhos só verão que tudo poderá mudar

Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto

Daria pra escrever um livro
Se eu fosse contar
Tudo que passei antes de te encontrar
Pego sua mão e peço pra me escutar
Seu olhar me diz que você quer me acompanhar

Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto

Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto...


Vamos ver o belo vídeo, e cantar junto com Ana Carolina, clicando http://letras.kboing.com.br/ana-carolina/ruas-de-outono/


A cidade não tem sido palco privilegiado apenas de encontro entre pessoas; ela também acolhe encontro com as memórias das ruas.

O poeta João do Rio com a palavra. Para que mais ricos sejamos.

Infelizmente, a maior parte das cidades brasileiras não têm sabido ou não têm tido vontade política de preservar a memória de seus prédios, estátuas,ruas, cais,  imaginárias  e monumentos em geral.

Retornemos. Encontrar o lugar onde, no passado, tivemos um encontro feliz com a pessoa amada é encontrar novamente a pessoa amada; talvez até porque “recordar é viver” diz um trecho de música brasileira. E aí, terceiras pessoas que somos,  de longe nos quedamos na dúvida se o dar-se as mãos foi real ou nada passou da imaginação inventada pela saudade. O outono de um relacionamento é, então, vivido entre as folhas que caem das árvores; estamos no outono. Como se nos lembrasse Heráclito: “sobre os que mergulham passam diferentes água”, o vento leva as folhas do outono com uma displicência incapaz de fazer estacionar o tempo que se metamorfoseia em momentos diferentes dos anteriores; a cada passagem de uma única folha um instante diferente.

Um ditado antigo nos consolava ao afirmar que “o melhor da festa é esperar”.

“Daria pra escrever um livro
Se eu fosse contar
Tudo que passei antes de te encontrar’

A espera do sujeito lírico de “Ruas de Outuno” – e no Brasil estamos hoje (28 de maio de 2911)  em pleno outono – é, talvez, tecida pela solidão: “Tudo que passei antes de te encontrar”. O que é TUDO, o que foi TUDO? Quem o saberá sem ao menos arriscar um palpite: esse TUDO foi toda a solidão do mundo.
O poeta alemão  Rainer Maria  Rilke pode nos ajudar:” Amor são duas solidões protegendo-se uma à outra” e, também, “As mãos acostumadas com a solidão quase nunca se equivocam” ... são duas mãos que se encontram nas ruas atapetadas de folhas amarelas outonais ... sim, a cidade como cenário.

A espera. O encontro. A arte e a paciência do encontro.

A esperança, o único mal que ficou preso na Caixa de Pandora: "E todo abandono que eu sentia vai passar". E o outono das folhas é o outono de todos os patriarcas .. . de todos nós.

Tenho dito,

Vicente
_________________
Post Scriptum:

Você amigo, amiga leitor, leitora, de vários países, acompanhe RUAS DE OUTUNO em seu idioma mater:



CALLES DE OUTOÑO

En las calles de otoño
Mis pasos se
Y me sentí cada gota pasará
Las hojas en el suelo
Que un día el viento se llevará
Mis ojos sólo ven que todo puede cambiar

 
Volví flores en medio camino
Para decir que sin ti no hay nada
Quiero tenerte cerca de esa cantidad
Contigo me siento a cielo abierto

 
Daría para escribir un libro
Si tuviera que decir
Todo lo que fue antes de conocerte
Tome su mano y me pide que escuche
Tus ojos me dicen que me quieren acompañar a

 
Volví flores en medio camino
Para decir que sin ti no hay nada
Quiero tenerte cerca de esa cantidad
Contigo me siento a cielo abierto

 
Quiero tenerte cerca de esa cantidad
Con usted me siento al aire libre ...


STREETS OF AUTUMM 


On the streets of autumn
My steps will be
And I felt every drop will pass
The leaves on the ground
That one day the wind will take
My eyes only see that everything can change

 
I returned amidst flowers Road
To say that without you there is nothing
Want to have you near that much
With you I feel the sky open

 
It would  to  write a book
If I were to tell
All that went before I met you
Take your hand and ask me to listen
Your eyes tell me that you want to accompany me

 
I returned amidst flowers Road
To say that without you there is nothing
Want to have you near that much
With you I feel the sky open

 
Want to have you near that much
With you I feel the open air ...

 


My steps will be
And I felt every drop will pass
The leaves on the ground
That one day the wind will take
My eyes only see that everything can change

 
I returned amidst flowers Road
To say that without you there is nothing
Want to have you near that much
With you I feel the sky open

 
It would be  to write a book
If I were to tell
All that went before I met you
Take your hand and ask me to listen
Your eyes tell me that you want to accompany me

 
I returned amidst flowers Road
To say that without you there is nothing
Want to have you near that much
With you I feel the sky open

 
Want to have you near that much
With you I feel the open air ...





                                                           LES RUES DE L’AUTOMME

Dans les rues de l'automne
Mes pas être
Et je sentais chaque goutte passera
Les feuilles sur le terrain
Qu'un jour le vent va prendre
Mes yeux ne voient que tout peut changer

 
Je suis retourné au milieu des fleurs Road
Pour dire que sans vous il n'y a rien
Voulez-vous avoir près que beaucoup
Avec toi je me sens à ciel ouvert

 
Daria d'écrire un livre
Si je devais dire
Tout ce qui est allé avant de te rencontrer
Prenez votre main et me demande d'écouter
Tes yeux me disent que vous voulez m'accompagner

 
Je suis retourné au milieu des fleurs Road
Pour dire que sans vous il n'y a rien
Voulez-vous avoir près que beaucoup
Avec toi je me sens à ciel ouvert

 
Voulez-vous avoir près que beaucoup
Avec toi je me sens plein air ...




STRADE DI AUTUNNO
STRADE DI AUTUNNO

Per le strade di autunno
I miei passi saranno
E mi sentivo ogni goccia passerà
Le foglie per terra
Che un giorno il vento si
I miei occhi vedono solo che tutto può cambiare

 
Sono tornato in mezzo a fiori Road
Per dire che senza di te non c'è niente
Vuoi avere vicino a voi che molto
Con voi mi sento a cielo aperto

 
Daria di scrivere un libro
Se dovessi raccontare
Tutto ciò che è andato prima che ti ho incontrato
Prendere la mano e mi chiedono di ascoltare
I tuoi occhi mi dicono che si vuole accompagnarmi

 
Sono tornato in mezzo a fiori Road
Per dire che senza di te non c'è niente
Vuoi avere vicino a voi che molto
Con voi mi sento a cielo aperto

 
Vuoi avere vicino a voi che molto
Con voi mi sento all'aria aperta ...

 



STRAßEN VON HERSBT 



Auf den Straßen von Herbst
Meine Schritte werden
Und ich fühlte jeder Tropfen wird vorübergehen
Die Blätter auf dem Boden
Dass eines Tages der Wind nimmt
Meine Augen sehen nur, dass kann sich alles ändern

 
Ich kehrte inmitten Blumen Road
Zu sagen, dass ohne dich gibt es nichts
Willst du in der Nähe von so viel haben
Mit dir fühle ich mich der Himmel offen

 
Daria ein Buch zu schreiben
Wenn ich sage
Alles, bevor ich dich traf ging
Nimm die Hand und fragen mich, zu hören
Deine Augen sagen mir, dass du mich begleiten wollen

 
Ich kehrte inmitten Blumen Road
Zu sagen, dass ohne dich gibt es nichts
Willst du in der Nähe von so viel haben
Mit dir fühle ich mich der Himmel offen

 
Willst du in der Nähe von so viel haben
Mit dir fühle ich mich unter freiem Himmel ...





A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. É preciso encontrar as coisas certas da vida, para que ela tenha o sentido que se deseja. Assim, a escolha de uma profissão também é a arte do encontro, porque a vida só adquire vida, quando a gente empresta a nossa vida, para o resto da vida.”
(Vinicius de Moraes)

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