sexta-feira, 30 de setembro de 2011

JOVENS URBANOS , “ENVELHEÇAM DEPRESSA” ... (1)

[fonte -  Blogue VIVER AS CIDADES http://www.viverascidades.blogspot.com/]

JOVENS  URBANOS ,  “ENVELHEÇAM  DEPRESSA”  SE  DESEJAM  VENCER   PELA   EDUCAÇÃO (1)

Vicente Deocleciano Moreira,
Maria da Luz Silva,  
Edna Lucia do Nascimento Macedo,


RESUMO

Inspirando-se no conselho “Jovens, envelheçam depressa!” que o dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues (1912-1980) dava à juventude, este artigo defende a adoção, pelos jovens estudantes, de um modelo de juventude (hábitos, valores, uso do tempo, dedicação aos estudos ...) divergente do paradigma hoje dominante. Tal divergência deve ser seqüenciada pela dedicação aos estudos, desejo, ambição, espírito de competição,
valorização dos conhecimentos – indicadores quali-quantis de conquista da cidadania pela Educação, pelo ideal de vencer pela Educação.

Palavras-chave: Juventude, Estudantes, Educação, Cidadania, Sucesso

ABSTRACT

Inspired by the council "Young people, get old fast!" that the Brazilian playwright Nelson Rodrigues (1912-1980) gave the youth, this paper advocates the adoption by young students as a model for youth (habits, values, use of time , dedication to study ...) divergent dominant paradigm today. This inconsistency should be sequenced for their dedication to their studies, desire, ambition, competitive spirit, use of knowledge - indicators quali-quantile of gaining citizenship through Education, the ideal of education for the win.

Keywords: Youth, Students, Education, Citizenship, Success


INTRODUÇÃO

A expressão original é  “Jovens, envelheçam depressa!” e  tem a   autoria do jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro   (nascido em Recife - Pernambuco) Nelson Rodrigues; trata-se de um conselho que ele sempre dava aos jovens.
No tocante à proposta “vencer pela educação”, primeiramente, é preciso despir as  palavras vencer e vencedor dos preconceitos (ditos “anti-burgueses” que satanizam ‘este mundo’, ditos místico-religiosos ...) que muitos intelectuais alimentam, bem sentados e bem alimentados,  do alto/cobertura e do frio de seus gabinetes refrigerados.
Em caso de dúvida, escutemos as chamadas “pessoas comuns”, o ‘povo em geral’ sobre o que elas entendem, sob o sol e a céu aberto, por “vencer”, por “vencer na vida” através da educação e do trabalho.
Vencer pela Educação é, antes de tudo, conquistar – através dela – a cidadania. Mas, para que nem estacionemos e nem cochilemos nos bancos da estação da cidadania; e para que ela não seja entendida como um ente abstrato, uma utopia, (felicidade ou momentos felizes?), um “vir a ser”... apressemo-nos em seguir viagem e em listar, de modo pontual, alguns dos indicadores concretos e quali-quantitativos de conquista da cidadania pela educação; alguns e aqueles indicadores que estão limitados aos  quadrantes das ambições e propósitos deste artigo:

 - Alfabetização

- Estudo

- Desejo, ambição, espírito de competição

- Conhecimentos

- Dinheiro

Ser alfabetizado é o primeiro passo importante para a vitória pela Educação; apesar de citação obrigatória, graças à sua extrema importância, com o indicador quali-qualti de Cidadania via Educação – e certamente por isso mesmo – passemos a um indicador mais polêmico: Estudo.
O Estudo é indicador central quando aconselhamos: “jovem, envelheça logo se você quer vencer pela Educação!”. Estamos vivendo neste momento os ritos de passagem de 2010 para 2011. Porém, faz algum tempo e sem que tenhamos consciência nítida, o Estudo vem se sobrepondo às delícias e às dores do modelo e expectativas de juventude que julgamos hegemônico – mas que, a rigor, trata-se de um paradigma em crise. Estamos dominados por modelos e expectativas do que é “ser jovem” que cabiam, talvez confortavelmente, no mundo, na cultura e na economia da segunda metade do século XX.
Desejo, Ambição, Espírito de Competição. Não serão suficientes nossos esforços de apenas instalar a falta, de furar com a falta o gozo (às vezes mortífero) do “ser jovem” hoje (2010/2011) como se estivéssemos em 1950. A falta remete ao Desejo (só desejamos o que nos ‘faz’ falta), mas é preciso acrescentar ao Desejo à Ambição e o Espírito de Competição.
Conhecimentos. O desafio é convencer os jovens a respeito da importância da urgência de ampliar e aprofundar conhecimentos, sejam específicos (a um campo de conhecimento científico), sejam gerais (artes, literatura, economia e política ...)
            Dinheiro. Em meados de 2010 participando, como convidado, de uma discussão sobre questões curriculares do ensino de jovens, em Salvador (Bahia – Brasil) defendemos a introdução de uma disciplina que abordasse – sob múltiplas visões – o dinheiro, a importância do dinheiro inclusive de ganhá-lo honesta e legalmente claro. Não se tratava de Educação Financeira proposta disciplinar tão em moda hoje (2011) em dia. Queríamos que fossem introduzidos, abrigados na formailidade de uma DISCIPLINA escolar a rfeflexão e a orientação sobre a importância do dinheiro e, mais que isso, a urgência de ganhar dinheiro -  através do trabalho legal e honestamente claro! 

       A recepção e as reações não foram, de início, as mais acolhedoras, dominadas que foram pelo velhos 'hábitos mentais' (psicopatológicos?) de que 'dinheiro é sujo', é o 'vil metal', 'o reino do dinheiro deve ser destruído', 'ganhar dinheiro é coisa de burguês', 'quanto pior, melhor, quanto mais miséria melhor'. 

          O compositor (Rio de Janeiro - Brasil) Joãosinho Trinta tem toda razão quando diz: "Pobre gosta é  de luxo, quem gosta de miséria é intelectual". Acrescentaríamos, depois de pedir licença ao nobre compositor: "miséria (e pimenta) no ... bolso dos outros é refresco"

       Mas, com o tempo e com o exercício de argumentos esclarecedores e realisticamente  estarrecedores conseguimos dominar  a platéia ... e  o dinheiro foi progressivamente menos satanizado e -  ato contínuo - mais aceito com vistas ao universo educacional.

1.      IDEAIS DE JUVENTUDE

1.1.            Idade e Sociedade

A juventude e a condição bio-psíquica-social-cultural do ser jovem, em diversos tempos, culturas e lugares físicos e sociais têm representado um desafio para esses tempos, culturas e lugares físicos e sociais. Os adultos e idosos que habitam esses tempos, lugares e culturas fortalecem tal desafio com sentimentos, atitudes conscientes e inconscientes, além de práticas e discursos que expõem a inveja que os mais velhos têm dos mais jovens.
Não há sociedade ou cultura, independentemente de seu nível de complexidade  - grupo ianomami ou cidades chamadas de Paris seja a do Texas, seja  a capital da França, Nova York ... -  que seja indiferente ao curso e fases das idades dos seus indivíduos.  Em algumas sociedades, os mais velhos fazem parte do conselho de anciões, aos quais cabe dar a última palavra sobre os processos de cura de doenças ou sobre o ir ou não ir para a guerra, por exemplo. Sociedades de pequena escala e as tradicionais atribuem ao idoso, papéis sociais a eles exclusivos como contador de histórias, guarda e transmissão das tradições culturais mais caras àquelas sociedades. 
Outras – diante do abandono e das práticas de violência a que o idoso é submetido -  elaboram  leis  protetoras para que não esqueçamos que respeitar os mais velhos não de trata somente de um nosso dever de consciência; esse respeito precisa estar no texto da lei para se constituir numa obrigação.
Na sociedade brasileira, são claras as tentativas de esconder e camuflar através de várias denominações a classificação real  da fase etária das pessoas. Por exemplo, costumamos dar nomes como “baixinho’, ‘pequeno”, “menor de idade” às crianças. Aos velhos chamamos de “idosos” e à condição etária em que estão de “terceira idade”, “melhor idade”....  Nem todos/as os/as velhos/as aceitam ser chamados/as (ainda que carinhosamente) de “meu velho”, “minha velha” .... A depender do tom de voz, chamar um velho de velho pode resultar em processo, na Justiça, por difamação.. 
Entre os Wogeo  (Nova Guiné – ilha sob a tutela da Indonésia e de Papua-Nova Guiné), para as meninas, se realiza um único rito no momento da primeira menstruação, já o desenvolvimento dos rapazes é seguido passo a passo pelos anciãos. São eles que, no período da infância, lhe perfuram as orelhas, convencidos de que só assim se poderá tornar, verdadeiramente, rapaz; quando rapazes, retiram-lhes das mães e fazem-nos dormir na casa comum dos jovens, porque, doutro  modo, nunca atingiriam a puberdade; na idade púbere, escarificam-lhes a língua para que possam tocar a flauta (associada aos espíritos) e chegar à juventude; chegada a puberdade, ensinam-lhes a ferir o pênis (para se purificarem periodicamente com sangue e, dessa maneira, se tornarem homens) (HOGBIN, 1970, citado por BERNARDI, 1974, p. 96).
           

           Esses e tantos ritos de passagem (em sociedades de pequena escala e em sociedades urbano-industriais-‘internetizadas’) estão sempre vivos na invenção, na lembrança, na pressa e no julgamento e nas gestões da adultocracia. Tudo isso para que os jovens que, por si só já são um desafio, uma entidade que causa inquietação, literal e verdadeiramente enfants terribles, se sintam desafiados (e muitas vezes se sentem felizes) em transitar. Transitar o mais depressa e bem sucedido possível, da etapa jovem, vista como “imatura” para a etapa adulta avaliada, social e economicamente, como “madura”. Na nossa sociedade, o alistamento militar, para rapazes aos 18 anos, pode ser considerado um rito de passagem.
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(Continua amanhã, sábado)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

BRAÇOS ABERTOS PARA LUCIANA

BRAÇOS ABERTOS PARA LUCIANA

COM ALEGRIA, FESTEJAMOS A  PRFESENÇA DE LUCIANA, ANTROPÓLOGA, QUE NOS CHEGOU HOJE  D'ALÉM MAR, DE LISBOA.

BEM VINDA LUCIANA.

Vicente

AQUÍFEROS - ARCOS DA LAPA - RIO DE JANEIRO

AQUÍFEROS URBANOS

ARCOS DA LAPA - RIO DE JANEIRO - BRASIL




                     "Caso alguém um dia reflita sobre a abundância do fornecimento público de água em Roma para os banhos, cisternas, calhas, casas, jardins, villas e caso leve em conta a distância que ela precisa percorrer, os arcos que precisa atravessar, as montanhas que precisa perfurar, os vales que precisa transpor -  irá reconhecer que nunca houve nada de mais maravilhoso em todo o mundo"

(Plínio, o Velho [Caio Plínio Romano, 23-79]) *




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(*)
citado por Elizabeth Gilbert em "Comer, Rezar, Amar": a busca de uma mulher por todas as coisas da vida na Itália, na Índia e na Indonésia. trad. Fernanda Abreu.  Rio de Janeiro, Objetiva, 2008, pp. 44-45.

FRANCE - POUR NE PAS CONCLURE ...




[La politique de la ville en France : fondements, évolutions et enjeux Dossier ressources ORIV Alsace - août 2009, pp. 18-22]



POUR NE PAS CONCLURE

Au long de ses trente années d'existence, la politique de la ville a fait l'objet de nombreuses critiques, sur son opacité (fonctionnement complexe, multitudes de dispositifs spécifiques...), ses effets et son coût. Mais la « politique de la ville » ne pourra à elle-seule améliorer la situation des territoires concernés : l'ensemble du
« droit commun » doit être mobilisé.

Par ailleurs, la politique de la ville a proposé une méthodologie novatrice aux pouvoirs publics : la contractualisation collectivités locales/Etat, la dimension globale et transversale des contrats... Ce mode de travail a été repris dans d'autres domaines.

Elle continue toutefois à questionner et à être mise en cause. Jamais une politique publique n’a fait autant l’objet de rapports d’évaluation. Il lui est souvent reproché une ambition trop grande et/ou une géographie prioritaire trop éclatée. Cette difficulté à définir les objectifs de la politique menée provient en grande partie du fait qu’elle poursuit parallèlement deux buts fondamentaux qui ne sont pas forcément convergents :

- Les actions visant à améliorer les conditions de vie dans les territoires de la politique de la ville : il s’agit notamment des travaux de rénovation et d’aménagement urbain, des actions de gestion sociale de proximité, des programmes visant à renforcer la présence des services publics dans ces quartiers et à y développer des actions de médiation sociale et de prévention de la délinquance.

- Les actions destinées à améliorer la situation personnelle des habitants de ces territoires. Relèvent de cette catégorie les efforts faits pour lutter contre le chômage dans ces quartiers et pour favoriser l’insertion sociale et professionnelle, les actions en  faveur de l’intégration, de l’éducation et de la formation ou de la santé. Le succès de ce deuxième type d’action offre la possibilité aux habitants dont la situation personnelle s’est améliorée de quitter les quartiers prioritaires, qui sont ainsi privés des effets bénéfiques des actions menées, surtout si les partants laissent la place à de
nouvelles familles présentant des problèmes d’exclusion.

Vaut-il mieux traiter les lieux ou s’occuper des gens ? Question transversale et omniprésente quand on interroge la politique de la ville. En France (à la différence d’autres pays) le choix a été de traiter des deux à la fois, au risque de ne parvenir ni à l’un, ni à l’autre comme semble l’indiquer les nombreuses interpellations de cette   politique.

Marie-Christine JAILLET15 considère que « répondre à cette question suppose préalablement d'identifier ce qui pose problème dans les quartiers. Or, la réponse dépend de qui la pose. Pour ceux qui ne vivent pas dans ces quartiers, c'est
probablement leur existence même qui pose problème. Il y a alors un bénéfice certain à traiter des lieux. Par contre, ce qui pose problème à ceux qui y vivent, c'est moins les lieux que la situation qui leur est faite, et en particulier leur difficulté à trouver une place dans une société qui ne leur en fait guère, et ce quels que soient les efforts qu'ils déploient. Dans ce cas, la priorité consiste moins à traiter les lieux qu'à développer des politiques susceptibles de lutter efficacement contre les inégalités et les discriminations et à redonner du pouvoir aux gens sur leurs conditions de vie et leur destin. »16

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15 Chercheuse au CNRS 16 JAILLET Marie- Christine, La politique de la ville en France : histoire et bilan in Regards sur l’Actualité, n° 296, décembre 2003, pp. 5-23

ANNEXE 1 : FRISE CHRONOLOGIQUE ET SYNTHETIQUE DE LA POLITIQUE DE LA VILLE Dates : Evènements marquants ; Dispositifs < Lois et plans _Acteurs 1977 1982
[ Rapport BONNEMAISON – Face à la délinquance : prévention, répression, solidarité 1983
[ Rapport DUDEBOUT -Ensemble refaire la ville \ Banlieues 89 1984 1988 1990 [ Violences urbaines à Vaulx-en- Velin ] Loi Besson _ Création du poste de Ministre délégué à la ville ] Loi sur la solidarité financière

Mise en place des Sous-préfets chargés de mission pour la politique de la ville 1996 \ ZUS, ZRU et ZFU 2000 2003 ] Loi d’orientation et de programmation pour la ville et la rénovation urbaine _ Création de l’Observatoire National des Zones Urbaines Sensibles et de l’Agence Nationale pour la Rénovation Urbaine 2004 ] Loi pour l’égalité des chances _ Disparition du FASILD et création de
l’Agence nationale pour la cohésion sociale et l’égalité des chances (ACSE) _ Création de six poste des Préfets à l’égalité des chances 2007 2008 ] Plan espoir banlieue _ Mise en place des Délégués du Préfet 2009

_ Disparition de la DIV, remplacée par le SG CIV 1974 [ Début de la crise économique
[ Fermeture des frontières à l’immigration de travail n1991 1981

_ Création de la commission nationale pour le développement social des quartiers ] CirculaireGuichard \ Habitat et vie sociale [ Violences urbaines aux Minguettes 2006 2005
1994 [ Rapport SCHWARTZ - L’insertion sociale et professionnelle des jeunes \ Opérations anti été-chaud \ Conventions DSQ (jusque 1994)


_ Création du Comité Interministériel des Villes, du Conseil National des Villes et de la Délégation Interministérielle à la Ville\ Contrats Urbains de Cohésion Sociale ] Loi d’orientation pour la ville] Plan de cohésion sociale [ Rapport ANDRE sur l’avenir de la politique de la ville [ Violences urbaines (Clichy-Sous-Bois, puis de nombreuses communes en France) ] Pacte de relance pour la ville ] Loi Solidarité et Renouvellement Urbain \ Contrat de ville \ Grands Projets de Ville




ANNEXE 2 : BIBLIOGRAPHIE


Bibliographie non exhaustive – documents disponibles à l’ORIV
RAPPORTS OFFICIELS
ANDRE Pierre, L’avenir des contrats de ville, Paris, Sénat, juin 2005, 54 p.
BELORGEY Jean-Michel, Evaluer les politiques de la ville, Paris, Conseil National des Villes,
1993, 72 p.
BONNEMAISON Gilbert, Face à la délinquance : prévention, répression, solidarité,
 Commission des maires sur la sécurité, Paris, La documentation Française, 1983, 212 p.
BREVAN Claude, PICARD Paul, Délégation interministérielle à la ville et au développement social urbain, Une nouvelle ambition pour les villes : de nouvelles frontières pour les métiers, Paris, La documentation Française, 2001, 188 p. Coll. Des rapports officiels
Cour des comptes, La politique de la ville : rapport au président de la République suivi des réponses des administrations et des organismes intéressés, Paris, Journaux officiels, février 2002, 221 p. + annexes 332 p.
DELARUE Jean-Marie, Banlieues en difficultés : la relégation, Paris, Syros/Alternatives, 1991, 224 p.
DUBEDOUT Hubert, Ensemble : refaire la ville - Rapport au Premier ministre du Président de la Commission Nationale pour le Développement Social des Quartiers, Paris, La documentation Française, 1983, 112 p., Coll. des rapports officiels
FITOUSSI Jean-Paul, LAURENT Eloi, MAURICE Joël, Ségrégation urbaine et intégration sociale, Paris, La documentation Française, 2003, 137 p.
JAZOULI Adil, Banlieues : les nouvelles frontières intérieures : rapport de synthèse, Programme d’observation et d’évaluation des politiques publiques dans les banlieues, Paris, Banlieuescopies, 1992, 84 p.
SANDRIER Jean-Claude, Associations et politique de la ville, Rapport au Premier ministre, Paris, La documentation Française, 2001, 157 p.- coll. Des rapports officiels
SCHWARTZ Bertrand, L'insertion professionnelle et sociale des jeunes, Rapport au Premier ministre - La documentation française, 1983 – 152 p.- Coll. Des rapports officiels
SUEUR Jean-Pierre, Demain, la ville : rapport présenté au ministre de l’emploi et de la solidarité, Paris, La documentation Française, mars 1998, 2 tomes 230 p. et 391 p.


OUVRAGES - PERIODIQUES


AMRANI Younes, BEAUD Stéphane, "Pays de malheur !" Un jeune de cité écrit à un sociologue, 2004, La Découverte, 234 p., Coll. Cahiers libres
ANDERSON Antoine, Politiques de la ville - De la zone au territoire, Paris, Syros, octobre 1998, 288 p.
AUTHIER Jean-Yves, BACQUE Marie-Hélène, GUERIN-PACE France dir., Le quartier : Enjeux scientifiques, actions politiques et pratiques sociales, Paris, La Découverte, 2007, 293 p. Coll. Recherches,
AVENEL Cyprien, Sociologie des "quartiers sensibles", Paris, Armand Colin, 2004, 128 p.
BACHMANN Christian, LEGUENNEC Nicole, Violences urbaines. Ascension et chute des
classes moyennes à travers cinquante ans de politique de la ville, Paris, Éditions Albin Michel, 1996, 557 p. Coll. Pluriel
BAILLEAU Francis, GORGEON Catherine dir., Prévention et sécurité : vers un nouvel ordre social ? Paris, DIV, 2000, 197 p. Coll. Etudes et recherches La politique de la ville en France : fondements, évolutions et enjeux Dossier ressources ORIV- août 2009 27
BODY-GENDROT Sophie, LUSSAULT Michel, PAQUOT Thierry, La ville et l'urbain. L'état des savoirs, 2000, La Découverte, 441 p
CHEVALIER Gérard, Auteur, De l'utopie à la compassion : Sociologie critique de la politique de la ville, 2004, Paris, Publibook, 214 p., Coll. Droit et Sciences Politiques Collectif, Où va la ville ? in Pour, décembre 2005, n°188, 205 p.
Collectif, La ville à trois vitesses : gentrification, relégation, périurbanisation, in Esprit, mars-avril 2004, n° 303, 345 p.
Collectif, La politique de la ville, in Regards sur l’actualité, décembre 2003, n°296, 102 p.
DAMON Julien, Quartiers sensibles et cohésion sociale, in Problèmes politiques et sociaux, novembre 2004, n° 906, 119 p.
DAMON Julien, La politique de la ville, in Problèmes politiques et sociaux, mai 1997, n°784, 82 p.
DONZELOT Jacques, Quand la ville se défait : Quelle politique face à la crise des banlieues ? Paris, Seuil, mars 2006, 185 p. Coll. La couleur des idées
DONZELOT Jacques, Faire société : la politique de la ville aux États-Unis et en France, Paris, Le Seuil, 2003, 362 p.
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ESTEBE P., L’usage des quartiers, Action publique et géographie dans la politique de la ville (1982- 1999), L’Harmattan, 2004
FITOUSSI Jean-Paul, LAURENT Éloi, MAURICE Jöél, Ségrégation urbaine et intégration sociale, Paris, La documentation Française, 2003, 137 p.
LAPEYRONNIE Didier, Ghetto urbain, ségrégation, violence, pauvreté en France aujourd’hui, Paris, Robert Laffont, 2008, 625p.
MASCLET Olivier, La gauche et les cités. Enquête sur un rendez-vous manqué, Paris, La Dispute, 2003, 316 p.
MAURIN Éric, Le ghetto français. Enquête sur le séparatisme social, Paris, Seuil et La République des idées, 2004, 96 p.
MONCOMBLE Françoise, La déliaison - La politique de la ville en question ? L’Harmattan, 2001, 178 p. Coll. Logiques sociales
Observatoire Régional de l’Intégration et de la Ville (ORIV), Immigration, intégration, discriminations… de quoi parle-t-on ? Quelques éléments de compréhension, Strasbourg, ORIV, avril 2008, 30 p. – Téléchargeable sur : www.oriv-alsace.org
ORIV, Les jeunes et les violences urbaines dans les quartiers alsaciens – Etude exploratoire, Strasbourg, ORIV, juin 1996, 109 p. Coll. Les Cahiers de l’Observatoire n° 18
PAQUOT, Thierry, LUSSAULT, Michel, BODY-GENDROT, Sophie, La ville et l'urbain. L'état des  savoirs, Paris, La Découverte, 2000, 441 p.
REY Henry, La peur des banlieues, Paris, Presses de sciences politiques, 1996, 157 p.
TISSOT Sylvie, L'Etat et les quartiers, Paris, Seuil, 2007, 300 p.
VIEILLARD-BARON Hervé, Les banlieues, Paris, Flammarion, 1997, 127 p., Coll. Dominos
VILLECHAISE-DUPONT Agnès, Amère banlieue, les gens des grands ensembles, Paris, Grasset, 2000, 329p

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