quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MOBILIDADE URBANA ... (18)

MOBILIDADE URBANA: PROBLEMA ANTIGO, NOVOS DESAFIOS (18)

Vicente Deocleciano Moreira


No final da postagem de ontem, quarta, ficou uma questão:


Navegar pelo rio ou pela mar é solução viável  para os crescentes problemas de mobilidade urbana em cidades cortadas por rios ou banhadas pelo mar?

Mesmo para uma cidade como  Salvador (Bahia - Brasil), uma quase ilha de tão cercada de mar que é - e mesmo para uma cidade cortada por algum rio (ainda) navegável que não tenha tido  a 'sorte' de ser uma Cairo e seu Nilo - a navegação não é das melhores saídas como transporte de massa  para os problemas de mobilidade urbana. Imaginem o Rio Tietê em São Paulo (Brasil)  sendo pensado como  o Nilo para Cairo. Nem a mais tresloucada cabeça pensaria rio para São Paulo e mar para Salvador como  leitos para transporte de massa.

Mesmo que o paulistano tenha feito, nessas últimas horas, a pior avaliação do Metrô, desde 1997 (menos da metade de aprovação) este sistema (salvo se o futuro nos trouxer coisa melhor, o futuro - bem entendido!) ainda é o que temos de melhor. Mirem-se no exemplo de cidades que esperam - há décadas e com ansiedade - a conclusão de seu Metrô .

No ano passado, neste mesmo Blogue, disse - econtinuo repetindo - que enxergo o futuro quando vejo uma foto, uma gravura, do início do século XX exibindo bondes a circular pelas cidades.

Salvo se o futuro ou, no presente,  alguma outra avaliação me surpreender, não vejo o ônibus (seja o quanto for moderno seu sistema) como 'ator' principal no cenário da mobilidade urbana - e sim como coadjuvante. O 'ator' principal prossegue sendo o Metrô, o trem ... o qualqiuer coisa que corra sobre trilhos. Ônibus tradicionais estão cada dia mais lentos  ... e, cada dia mais devagar em cidades onde eles nunca foram exatamente velozes. Ônibus, a curto prazo, continuarão sendo excelentes auxiliares  para levar gente ao Metrô e trazer gente do Metrô.

Transportar pessoas através de ferries, catamarãs , saveiros etc. "só" para serviços turísticos ou mobilidade definida 'ponto a ponto', como por exemplo da ilha para o continente (e vice-versa).

As inviabilidades do rio ou  do mar (salvo raras exceções) como leitos para trasporte de massa são inúmeras; vejamos apenas  três:

1 - o custo ambiental (poluição, agressões físicas)  da construção de piers não compensa os discutíveis benefícios;

2 - o custo ambiental da circulação de embarcações (óleo derramado, detritos ...) condenaria o sistema;

3 - os custos econômicos dessa cosntrução e da implantação/implementação dos veículos (pequenos navios, barcos) não encontrariam compensação na reduzida massa populacional de passageiros a ser transportada diariamente.

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Pela superfície ou pelo subsolo, ainda sou mais Metrô ou Trem.



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