MOBILIDADE URBANA NO CAIRO (EGITO): PROBLEMAS E SOLUÇÕES ATUAIS
Vicente Deocleciano Moreira
Não precisa ser antropólogo - e muito menos ser especialista em questões de Antropolpogia do Urbano - para, caminhando e atravessando ruas centrais da cidade do Cairo (capital do Egito, cerca de 18 milhôes de habitantes), para concluir (até com simplicidade de raciocínio) como a cultura influencia o panorama e os problemas de mobilidade urbana. Sem maior esforço de raciocínio, chegamos a essa mesma conclusão andando e observando pelas ruas das principais cidades da Índia.
Nem precisava, necessariamente, ter atravessado mares e continentes para alcançar tal conclusão. Há quarenta anos (1971) quando estive, pela primeira vez, em Asunção fiquei impressionado de como a circulação de veículos e a movimentação de transeuntes funcionavam guia adiante o motorista que buzinasse primeiro. E, pelas conversas que tive com moradores, os índices de acidentes no trânsito eram baixíssimos. Em São Paulo, a maior da América Latina e do Brasil, estes acidentes já preocupavam ... apesar dos semáforos, controle de trânsito, etc.
Problemas
Mas, vamos logo VER os problemas de mobilidade urbana no Cairo. Problemas que fazem derivar tantos outros: ambientais, a exemplo de 'poluição sonora', vale dizer, veículos buzinando EM EXCESSO até para padrões culturais brasileiros. Problemas de segurança do transeunte: disputa com veículos em velocidade pela 'posse' das vias. Ausência de sinalização (pisca-alerta) nos veículos - dentre outros que poderemos detectar nos vídeos a seguir:
http://www.youtube.com/watch?v=R4duuBCVQoI
http://www.youtube.com/watch?v=R4duuBCVQoI
Soluções
Como se obedecesse a um estranho "atavismo" histórico, mais uma vez o rio Nilo corre em socorro do Egito; autoridades, por sua vez, correm em direção aos velhos ônibus-fluviais do não menos velho Nilo. E levam nas mãos projetos de aumentar a frota desses ônibus e de incentivar motoristas a deixarem os automóveis particulares na garagem; navegar pelo Nilo é preciso para ir ao trabalho, escola, às compras. Navegar é preciso porque é preciso viver bem.
Fica uma pergunta: navegar pelo rio ou pela mar é solução viável para os crescentes problemas de mobilidade urbana em cidades cortadas por rios ou banhadas pelo mar?
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Pensemos nisto amanhã, quinta-feira.
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