Vicente Deocleciano Moreira
Talvez, o melhor título desta postagem pudesse ter sido: MOBILIDADE URBANA ... AINDA. Talvez. A dúvida é porque, nos últimos cinco ou seis meses, a Imprensa (jornais, TV, Rádio ...) não tem demonstrado cansaço em noticiar, quase diariamente, sobre mobilidadade urbana ... e ainda sequer sonhamos com o dia de enfrentar, efetivamente, outros (e igualmente graves) problemas urbanos como saneamento básico, violência, enchentes ...
Em Salvador, o governo estadual decidiu-se pelo metrô, para fazer a ligação Aeroporto - Rótula do Abacaxi via Avenida Paralela e não pelo sistema BRT, embora este último encontre decididos defensores. O Rio de Janeiro lamenta o acidente, com vítimas, com o bonde (de manutenção precária) que percorre o morro Santa Tereza e os arcos da Lapa
Não tiro a razão de algum leitor avaliar que, em vésperas de eleições para prefeito municipal, no Brasil, não se dá a merecida atenção a problemas cujas soluções "passam por debaixo da terra e por longe dos olhos do eleitor" como é o caso do saneamento urbano; tubulações de água e esgoto (doméstico, inudustrial) correm sob o solo e, portanto, invisíveis aos olhos do eleitorado. Já os problemas e soluções próprios da mobilidade urbana, estes transitam sobre o solo, à luz do sol e às vistas dos eleitores.
Outro talvez. Talvez o conteúdo da postagem de hoje devesse ter aberto a série. Talvez. Reflexões conceituais não precisam, necessaria e linearmente, abrir as demais e seguintes discussões.
Mas não vou cansar-lhes a paciência com elaborações conceituais enfadonhas e complicadas. Ao contrário, vou ser breve. Mobilidade é a condição ou qualidade de tudo o que se move, se movimenta: pessoas, veículos (automóveis, ônibus, metrô, trem, bonde, motos, bicicleta, cadeiras de roda, etc.)
O ser humano é a maior medida da mobilidade urbana; veículos têm que (ou deveriam) se adapatar aos interesses coletivos e aos direitos sociais dos humanos.
Todas as calçadas de uma cidade deveriam com rampas e acessos confortáveis e pistas tácteis estar adaptadas aos cadeirantes e aos 'deficientes visuais'.
Calçadas de terminais e pontos deveriam ser construídas no nível do degrau do ônibus para tornar mais cômodo o acesso ao interior dos veículos para cadeirantes e idosos dependentes de andadeiras. Ônibus deveriam oferecer a estes usuários (idosos ou com dificuldades de lomoção) degráus que pudessem chegar a tais calçadas
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prossegue amanhã, terça-feira
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