QUE ESTÁ ACONTECENDO COM NOSSAS CIDADES? (6)
Pathosurbi
Penso que transformamos nossas cidades em um laboratório onde conseguimos fabricar, como no romance de Mary Shelley, nosso Frankstein. Isto é, construímos uma criatura medonha que se voltou contra nós e nos ameaçou a integridade e a vida. Esse 'Frankstein' se chama automóvel e a ele estamos subordinados.
Não queremos falar, agora, sobre engarrafamentos/congestionamentos, dificuldade de estacionar, poluição auditiva e ambiental ou sobre o sistema de rodízio de placas veiculares. Interessa-nos, de pronto, falar sobre as lombadas (ou, com alguns chamam 'quebra-molas') que fazem os veículos reduzirem a velocidade ... mas agravam a poluição nos grandes centros urbanos.
Lombadas físicas (não eletrônicas)contribuem para a duplicação da emissão de CO2. Afinal, a cada lombada o motorista - salvo se estiver desatento - terá que reduzir para a segunda marcha ... e isto aumentará o quantitativo de Gás Carbônico (CO2) circulando pelo ambiente urbano.
Se, de um lado, as lombadas ajudam a reduzir a velocidade dos veículos e assim evitar ou diminuir os atropelamentos de crianças e adultos, de outro dobra a emissão de CO2. Ao tentar reduzir a velocidade, através de obstáculos físicos mantemos a ênfase do automóvel e a nossa submissão a ele, ainda que tais obstáculos sejam construídos próximo a escolas ou em vias públicas que atravessam bairros residenciais.
Especialmente grave é quando as lombadas são construídas por livre vontade de moradores e não pelo órgão de trânsito que é a quem, legalmente, cabe fazê-lo e assim mesmo dentro das normas técnicas: menos de 10 centímetros de altura, menos de 1,5 metros de comprimento, em pistas com velocidade máxima acima de 30 Km e em rua que passem ônibus em subida ou em curvas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário