quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM NOSSAS CIDADES? (7)

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM NOSSAS CIDADES? (7)

Pathosurbi

Esta é a penúltima postagem da série O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM NOSSAS CIDADES? e pensamos que vale à pena retomar a questão do crescimento negativo de muitas cidades em todo Mundo, neste final de década (a primeira) do século XXI; até mesmo pelo inusitado do problema, na medida em que dificilmente alguém, há 15/20 anos atrás, apostaria num tempo em que as cidades 'encolheriam' demograficamente - ou que tivesssem crescimento pouco expressivo, ainda que já estivessem bastante amplos (como aliás já estavam, então) os horizontes do controle/planejamento da natalidade

Vejamos alguns exemplos: Praga (capital da República Tcheca)  viu sua população diminuída em 0,07%; Querétaro, cidade em que a população mais cresceu no México, a taxa populacional entre 2005 e 2010 foi de apenas 2,5%.

Nos últimos cinco anos, em  Florianópolis, cidade em que a população mais cresceu no Brasil, a taxa não ultrapassou 4%; Rio de Janeiro cidade em que, nesse mesmo período,  a população menos cresceu no Brasil a taxa foi de 1,19%.

Há que se considerar, porém, que o fato de uma população 'encolher' ou crescer em números pouco expressivos, não significa desaceração ou retração do crescimento físico da reespectiva cidade. Mas isso traz problemas:

a)  a criação de vazios urbanos 'preenchidos' por áreas  fisica e, ato continuo, socialmente degradadas;

b) o avanço vertiginoso de condomínios (horizontais e verticais) às custas da destruição das poucas áreas de matas existentes na cidade;

c) a expansão física,  através de condomínios horizontais e verticais, e também através do processo de favelização amplifica as distâncias entre áreas centrais e áreas periféricas ricas, médias ou da classe pobre. Tal ampliação causa constrangimento à mobilidade (ônibus coletivo, automóveis particulares ...) agravando o quadro geral do transporte urbano e exigindo uma superdisponibilização de serviços (água potável, energia elétrica, saneamento básico em geral, coleta de lixo, assistência à saúde e à educação, lazer, etc.) quem nem sempre a cidade tem condições de se reorganizar e  oferecer, de imediato; também nem sempre a cidade pode  satisfazer,  a curto e médio prazos, demandas tão imprevistas quanto vigorosas.

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