quinta-feira, 30 de junho de 2011

À CIDADE COM CARINHO - RIO - GILBERTO GIL

À CIDADE COM CARINHO - RIO DE JANEIRO 

GILBERTO GIL





AQUELE ABRAÇO

Gilberto Gil


CANTEMOS COM GILBERTO GIL, CLICANDO http://www.youtube.com/watch?v=62lXNYZ57Uw&NR=1


O Rio de Janeiro
Continua lindo
O Rio de Janeiro
Continua sendo
O Rio de Janeiro
Fevereiro e março

Alô, alô, Realengo
Aquele Abraço!
Alô torcida do Flamengo
Aquele abraço

Chacrinha continua
Balançando a pança
E buzinando a moça
E comandando a massa
E continua dando
As ordens no terreiro

Alô, alô, seu Chacrinha
Velho guerreiro
Alô, alô, Terezinha
Rio de Janeiro
Alô, alô, seu Chacrinha
Velho palhaço
Alô, alô, Terezinha
Aquele Abraço!

Alô moça da favela
Aquele Abraço!
Todo mundo da Portela
Aquele Abraço!
Todo mês de fevereiro
Aquele passo!
Alô Banda de Ipanema
Aquele Abraço!

Meu caminho pelo mundo
Eu mesmo traço
A Bahia já me deu
Régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu
Aquele Abraço!
Prá você que me esqueceu
Ruuummm!
Aquele Abraço!
Alô Rio de Janeiro
Aquele Abraço!
Todo o povo brasileiro
Aquele abraço!


E AGORA CANTEMOS "AQUELE ABRAÇO"
COM TIM MAIA, CLICANDO  http://www.youtube.com/watch?v=9UxUm3Ywrbc

PASSEAR NO RIO, DIA OU NOITE, CHUVA OU SOL

PASSEAR NO RIO, DIA OU NOITE, CHUVA OU SOL
COM NEGHARIO

Julho - Agosto – Roteiros Geográficos do Rio – grátis 

Caminhando Entre Luzes no Centro do Rio à Noite

Dia 12 de julho de 2011 – terça-feira – encontro às 20 horas nos degraus da Casa França-Brasil (ao lado do CCBB)
Itinerário: Luminoso Centro Cultural Banco do Brasil – Alfândega/Casa França-Brasil do Rio Joanino –– Igreja Nossa Senhora da Candelária, Fonte de Luz e de Fé – O iluminamento do Centro Cultural dos Correios – Rua Primeiro de Março – O foco de luz distante e permanente do Antigo Senado e da Catedral de Benedito e da Senhora do Rosário – O diálogo do Rio Colonial com a Cidade Maravilhosa – O Varandão do Centro Cultural da Justiça Eleitoral – Rua do Ouvidor, logradouro inicial da iluminação a gás e da energia elétrica no espaço coletivo Carioca, de Machado de Assis e Chiquinha Gonzaga, bem como dos primeiros acordes do Carnaval Carioca, das lutas pelo abolicionismo e a República e das Confeitarias e lojas elegantes – O brilho das estrelas Cármen e Aurora miranda no sobrado da Travessa do Comércio – O iluminamento da antiga Catedral da Sé /Igreja do Carmo – De volta à claridade do Convento dos Carmelitas – Paço Imperial e da Luminar Isabel de Bourbon e Bragança – Os refletores sobre Tiradentes e ALERJ – O brilho e o requinte dos antigos Ministérios da Fazenda, do MEC e a austeridade do Ministério do Trabalho – Luzia dos Santos e Geográficos olhares – A Academia Brasileira de Letras -  As novas Torres da Esplanada do Castelo – O Universo de extrema luminosidade da Cinelândia e seus Majestosos Prédios – A iluminância  do jovem Theatro Municipal e da Biblioteca Nacional, o Boêmio Amarelinho, a Câmara dos Vereadores/Palácio Pedro Ernesto, O Centro Cultural da Justiça Federal, O eterno e resplandescente Cine Odeon – Metrô, uma sentinela luminosa a nos conduzir por lunares e ensolaradas Geografias. http://go2.wordpress.com/?id=725X1342&am%20p;am%20p;am%20p;am%20p;am%20p;site=roteirosgeorio.wordpress.com&ur%20%20l=http%3A%2F%2Fwww.roteiros.ig%20%20eog.uerj.br%2F&s%20%20%20%20ref=http%25%203A%2F%2Froteirosgeorio.wordpress.com%2F
Dia 14 de julho de 2011 – quinta-feira – às 20 horas no adro da Catedral Presbiteriana (Praça Tiradentes com rua da Carioca) (21) 88717238
Roteiro: Iluminados prédios da Catedral Evangélica do Rio de Janeiro e Real Gabinete Português de Leitura  – Centro Cultural Carioca – Igreja Nossa Senhora da Lampadosa – Av. Passos – Território da “Daspu” – Praça Tiradentes dos teatros seculares e dos modernos hotéis – Rua da Constituição – Gomes Freire dos hotéis de alta rotatividade – Lavradio dos antiquários e casas de shows de iluminação mutante – Quarteirão Cultural e do Rio Scenarium – Esplanada de Santo Antônio – Largo Braguinha – Mem de Sá dos sobrados exuberantes,  samba de raiz, marchinhas, mambo, funk, rock, travestis  e mitológica malandragem – Seculares e simbólicos Arcos da Lapa – Rua Joaquim Silva – Escadaria Selaron – Igreja Nossa Senhora do Carmo da Lapa – Sala Cecília Meireles www.roteiros.igeog.uerj.br cel. (21) 88717238

(Re)conhecendo o Centro do Rio a Pé

Dia 17 de julho de 2011, domingo,  às 9 horas e 55 minutos no alto do pátio do Mosteiro de São Bento (rua Dom Gerardo, 40  5º andar)
Itinerário: Mosteiro de São Bento (assiste-se a cinco minutos da missa com cantos gregorianos), Vista Panorâmica da Praça Mauá, Área Portuária e Baía de Guanabara, Av. Rio Branco, Largo de Santa Rita/Largo da Sardinha, Rua Teófilo Otoni (e de Lamartine Babo), Av, Presidente Vargas, Igreja Nossa Senhora da Candelária (visita), Centro Cultural Banco do Brasil (intervalo de 15 minutos), Centro Histórico Beira-Mar, Rua Buenos Aires, Beco das Cancelas, Rua do Ouvidor, Travessa do Comércio/ sobrado de Aurora e Cármen Miranda, Praça XV, Paço Imperial e de Isabel de Orleans e Bragança (somente maquete do Centro do Rio e janela da anunciação da assinatura da Lei Áurea), Palácio Tiradentes, Rua São José, Largo da Carioca      www.roteiros.igeog.uerj.br    Twitter: @roteirosgeorio         

Descortinando as Geografias do Catete, Flamengo e Glória

Dia 6 de agosto de 2011  (sábado) encontro: no alto do Outeiro da Glória – às 10 horas da manhã  http://go2.wordpress.com/?id=725X1342&site=roteirosgeorio.wordpress.com&ur%20%20l=http%3A%2F%2Fwww.roteiros.ig%20%20eog.uerj.br%2F&s%20%20%20%20ref=http%25%203A%2F%2Froteirosgeorio.wordpress.com%2F    Twitter: @roteirosgeorio (21)88717238        
Itinerário: Igreja da Glória (visita) – Plano Inclinado – Praça do Russel  – Flamengo (Uruçumirim dos indígenas e  Henryville da França Antártica)  – Castelinho (visita) – Rua  Dois de Dezembro, Travessa Pinheiro, Rua Machado de Assis, Galeria do Cinema São Luis – Largo do Machado, Rua Bento Lisboa  – Rua Artur Bernardes -  Rua do Catete – Museu da República (antigo Palácio do Governo Federal).

As Catedrais de São Sebastião do Rio de Janeiro

Dia 8 de agosto de 2011 (segunda-feira) – encontro: Igreja de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário – Rua Uruguaiana – às 9 horas e 30 minutos
Itinerário: Igreja das Irmandades Negras de Rosário e Benedito  (abrigou a Catedral de São Sebastião entre 1737 e 1808), templo no qual a Corte Portuguesa agradeceu a viagem bem sucedida em março de 1808 e, mais tarde, tornou-se sede da Câmara – Rua da Vala/Rua Uruguaiana (metrô do Rio de Janeiro) – Rua do Rosário – Igreja de Santa Cruz dos Militares (abrigou a Catedral de São Sebastião de 1734 a 1737) – Rua 1º de Março – Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé e do batizado de Isabel de Bourbon e Bragança (abrigou a Catedral de São Sebastião de 1808 a 1976) – Rua Sete de Setembro (antiga Rua do Cano) – a requalificação da Rua da Quitanda – Rua São José – Largo da Carioca – Esplanada de Santo Antônio – Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro (sagrada ao final dos anos setenta)  http://go2.wordpress.com/?id=725X1342&am%20p;am%20p;am%20p;am%20p;am%20p;site=roteirosgeorio.wordpress.com&ur%20%20l=http%3A%2F%2Fwww.roteiros.ig%20%20eog.uerj.br%2F&s%20%20%20%20ref=http%25%203A%2F%2Froteirosgeorio.wordpress.com%2F (21) 88717238

(Re)conhecendo e descortinando símbolos da Rua do Mercado, Praça XV e arredores

Dia 13 de agosto de 2011 (sábado) – encontro: junto à Igreja do Carmo (esquina de Rua Sete de Setembro com Praça Quinze) – às 16 horas
Itinerário: Igreja de Nossa Senhora do Carmo, antiga Catedral, de reais e imperiais batismos, casamentos e sagrações, Convento do Carmo e de D. Maria I, a Louca; Palácio Tiradentes (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro – ALERJ) - rua D. Manuel e os prédios do Museu Naval e da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro/ domínios da Justiça, Paço Imperial e de Isabel de Orleans e Bragança; Chafariz do Mestre Valentim; Praça XV da chegada da Família Real e das comemorações da Abolição da Escravidão; Arco do Telles do antigo Senado da Câmara; Travessa do Comércio/ sobrado de Aurora e Carmen Miranda; Rua do Ouvidor, logradouro inicial da iluminação a gás e da energia elétrica no espaço coletivo carioca, de Machado de Assis e Chiquinha Gonzaga, bem como dos primeiros acordes do carnaval carioca, das lutas pelo abolicionismo e a República e das Confeitarias e lojas elegantes; Rua dos Mercadores; Rua do Rosário;  Rua do Mercado;  Beco da Cultura; Casa França-Brasil (visita) – Centro Cultural Banco do Brasil (visita)   http://go2.wordpress.com/?id=725X1342&am%20p;am%20p;am%20p;am%20p;am%20p;site=roteirosgeorio.wordpress.com&ur%20%20l=http%3A%2F%2Fwww.roteiros.ig%20%20eog.uerj.br%2F&s%20%20%20%20ref=http%25%203A%2F%2Froteirosgeorio.wordpress.com%2F   (21) 88717238    roteirosgeorio@uol.com.br
Dia 18 de agosto de 2011 – quinta-feira – às 20 horas no adro da Catedral Presbiteriana (Praça Tiradentes com rua da Carioca)
Roteiro: Iluminados prédios da Catedral Evangélica do Rio de Janeiro e Real Gabinete Português de Leitura  – Centro Cultural Carioca – Igreja Nossa Senhora da Lampadosa – Av. Passos – Território da “Daspu” – Praça Tiradentes dos teatros seculares e dos modernos hotéis – Rua da Constituição – Lavradio dos antiquários e casas de shows de iluminação mutante – Quarteirão Cultural e do Rio Scenarium – Esplanada de Santo Antônio – Largo Braguinha – Mem de Sá dos sobrados exuberantes,  samba de raiz, marchinhas, mambo, funk, rock, travestis  e mitológica malandragem – Seculares e simbólicos Arcos da Lapa – Rua Joaquim Silva – Escadaria Selaron – Igreja Nossa Senhora do Carmo da Lapa – Sala Cecília Meireles

(Re)conhecendo o Centro do Rio a Pé

Dia 21 de agosto  de 2011, domingo,  às 9 horas e 55 minutos no alto do pátio do Mosteiro de São Bento (rua Dom Gerardo, 40  5º andar)
Itinerário: Mosteiro de São Bento (assiste-se a cinco minutos da missa com cantos gregorianos), Vista Panorâmica da Praça Mauá, Área Portuária e Baía de Guanabara, Av. Rio Branco, Largo de Santa Rita/Largo da Sardinha, Rua Teófilo Otoni (e de Lamartine Babo), Av, Presidente Vargas, Igreja Nossa Senhora da Candelária (visita), Centro Cultural Banco do Brasil (intervalo de vinte minutos), Centro Histórico Beira-Mar, Rua Buenos Aires, Beco das Cancelas, Rua do Ouvidor, Travessa do Comércio/ sobrado de Aurora e Carmen Miranda, Praça XV, Paço Imperial e de Isabel de Orleans e Bragança (somente maquete do Centro do Rio e janela da anunciação da assinatura da Lei Áurea), Palácio Tiradentes, Rua São José, Largo da Carioca – o diálogo do Rio Colonial com a Cidade Maravilhosa

Caminhando Entre Luzes no Centro do Rio à Noite

Dia 31 de agosto de 2011 – quarta-feira – encontro às 20 horas nos degraus da Casa França-Brasil (ao lado do CCBB)
Itinerário: Luminoso Centro Cultural Banco do Brasil – Alfândega/Casa França-Brasil do Rio Joanino –– Igreja Nossa Senhora da Candelária, Fonte de Luz e de Fé – O iluminamento do Centro Cultural dos Correios – Rua Primeiro de Março – O foco de luz distante e permanente do Antigo Senado e da Catedral de Benedito e da Senhora do Rosário – O diálogo do Rio Colonial com a Cidade Maravilhosa – O Varandão do Centro Cultural da Justiça Eleitoral – Rua do Ouvidor, logradouro inicial da iluminação a gás e da energia elétrica no espaço coletivo Carioca, de Machado de Assis e Chiquinha Gonzaga, bem como dos primeiros acordes do Carnaval Carioca, das lutas pelo abolicionismo e a República e das Confeitarias e lojas elegantes – O brilho das estrelas Cármen e Aurora miranda no sobrado da Travessa do Comércio – O iluminamento da antiga Catedral da Sé /Igreja do Carmo – De volta à claridade do Convento dos Carmelitas – Paço Imperial e da Luminar Isabel de Bourbon e Bragança – Os refletores sobre Tiradentes e ALERJ – O brilho e o requinte dos antigos Ministérios da Fazenda, do MEC e a austeridade do Ministério do Trabalho – o muro de contenção no estacionamento subterrâneo da Esplanada do Castelo - Luzia dos Santos e Geográficos olhares – A Academia Brasileira de Letras -  As novas Torres da Esplanada do Castelo – O Universo de extrema luminosidade da Cinelândia e seus Majestosos Prédios – A iluminância  do jovem Theatro Municipal e da Biblioteca Nacional, O eterno e resplandescente Cine Odeon, Centro Cultural da Justiça Federal (antigo Supremo Tribunal), o Boêmio Amarelinho, a Câmara dos Vereadores/Palácio Pedro Ernesto, Metrô, uma sentinela luminosa a nos conduzir por lunares e ensolaradas Geografias. http://go2.wordpress.com/?id=725X1342&am%20p;am%20p;am%20p;am%20p;am%20p;site=roteirosgeorio.wordpress.com&ur%20%20l=http%3A%2F%2Fwww.roteiros.ig%20%20eog.uerj.br%2F&s%20%20%20%20ref=http%25%203A%2F%2Froteirosgeorio.wordpress.com%2F   (21) 88717238    roteirosgeorio@uol.com.br
Coordenação:   Prof.  Dr.  João Baptista  Ferreira  de Mello
Bolsistas:  Ruan  Rocha,   Ricardo  Brenelli  e  Alex Oliveira
Mestrandos Colaboradores:  Profs. Ivo Venerotti;    Melissa Anjos  e  Olga  Maíra  Figueiredo
Projeto de Extensão do
NeghaRIO – Núcleo de Estudos sobre Geografia Humanística, Artes e Cidade do Rio de Janeiro
UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Apoio institucional: Secretaria Municipal de Cultura
Roteiros a pé e grátis com tempo chuvoso, roteiros cancelados
 Projeto Roteiros Geográficos do Rio  
Menção Honrosa na categoria Educação e Cultura
Prêmio de Mobilidade Urbana da FETRANSPOR
empenhado em reverenciar  a nossa
OLÍMPICA E MARAVILHOSA CIDADE DE  SÃO  SEBASTIÃO  DO  RIO  DE JANEIRO E DE SÃO JORGE GUERREIRO
Cel. (21) 8871 7238            roteirosgeorio@uol.com.br         
Twitter: @roteirosgeorio          www.roteiros.igeog.uerj.br

J

quarta-feira, 29 de junho de 2011

MOURA CASTRO - NO REINO DOS COLIFORMES


[revista Veja.São Paulo n(SP - Brasil), Editora Abril, edição 2223, ano 44, nº 26, 29 de junho de 2011, p.24}

terça-feira, 28 de junho de 2011

MARCELO COELHO - filme "MEIA NOITE EM PARIS"

{jornal Folha de São Paulo, São Paulo (SP - Brasil), 22 de junho de 2011, p,E10] 

MEIA NOITE EM PARIS
MARCELO COELHO



GIL PENDER é um boboca de Pasadena, Califórnia, nos Estados Unidos, prestes a casar com uma patricinha autoritária. Os dois estão em Paris. A patricinha faz compras. Ele passeia pelas ruas da cidade; adora Paris quando chove e sonha com a época de ouro da cidade.



Novo filme de Woody Allen nos faz concluir que não se fazem mais homens como antigamente



A saber, os anos 20, quando escritores e artistas como Ernest Hemingway, Scott Fitzgerald, Pablo Picasso e Salvador Dalí se entregavam ao jazz, ao inconsciente, à bebida e às trepidações da modernidade.

Gil Pender escreve roteiros para Hollywood, ganha um bom dinheiro, mas sua fantasia é ser romancista. Ou melhor, ter sido romancista, em Paris, naquela época.



Magicamente, numa noite de bebedeira, seu desejo se realiza. Uma limusine amarela aparece, e o tímido Gil, um verdadeiro prodígio de falta de assunto, é convidado a entrar. Zelda e Scott Fitzgerald estão no carro. Ele está nos anos 20.


Esse é o ponto de partida do último filme de Woody Allen, "Meia-Noite em Paris", que entrou em cartaz na semana passada.


Como quase sempre, Woody Allen inventa uma história de amor muito delicada, em que muitas possibilidades de desenvolvimento e de desfecho se abrem como um leque para o espectador.


Tudo pode acontecer, desde que dentro de um jogo no qual o resultado, em última análise, seja civilizado e feliz.


Mas "civilizado" e "feliz" não são adjetivos que possam ser aplicados facilmente ao estilo de vida daqueles americanos durante as "années folles" de 1920.


Oficiante máximo do culto ao machismo, à coragem e às touradas, Hemingway hoje pode ser legitimamente qualificado como "figura do século passado". Em Paris, Scott e Zelda Fitzgerald foram colhidos num tsunami de álcool, paranoia e possessividade.


Talvez esteja aí o fundo melancólico, e também crítico, do filme de Woody Allen. Mais uma vez, Gil Pender (Owen Wilson, uma espécie de Robert Redford com baixo teor de sódio e gordura trans) encarna a personagem do sujeitinho hesitante e submisso, às voltas com rivais mais fálicos do que ele
.

Ao contrário do que acontece em muitos outros filmes de Woody Allen, Gil Pender não tem nem sequer a qualidade de ser neurótico. É apenas um garotão saudável do século 21, incapaz de se impor sobre as vontades da noiva; mesmo suas discussões com o sogro direitista estão dentro dos parâmetros recomendáveis da associação psiquiátrica americana.


A nostalgia do personagem pela cultura dos anos 20 tem, assim, um lado menos refinado do que se poderia pensar à primeira vista.


É que, parece dizer Woody Allen, não se fazem mais homens (nem neuróticos) como antigamente. Pelo menos, é a conclusão que se tira do encontro entre Gil e Hemingway. Na verdade, o autor de "Adeus às Armas" é menos o próprio Hemingway do que a projeção daquilo que Gil Pender sabe sobre ele. Cada personalidade famosa do filme aparece com as ideias e as atitudes que o espectador informado esperaria que tivessem.


Desse modo, Hemingway dá conselhos "durões" para o aspirante a romancista.


É preciso perder o medo da morte; só a paixão total por uma mulher pode nos ensinar esse segredo. Escrever é sangrar, viver é entregar-se às balas do inimigo, e matá-lo sem culpa.

Existe um sentimentalismo desse tipo de bravura, assim como existe, hoje em dia, o sentimentalismo das boas causas e da ecologia. Sem um pouco de ironia, estamos sempre condenados a cair num ou noutro tipo de esparrela.


Ironia é justamente o forte de Woody Allen -o que não exclui seus bons sentimentos.
Numa daquelas festas do passado, Gil encontra Luís Buñuel -e resolve meter sua colher na obra futura do cineasta. Diz ter uma excelente ideia para um filme: imagine-se que um grupo de pessoas, numa reunião elegante, repentinamente se torna incapaz de sair da sala. E passará vários dias nessa prisão imaginária e inexplicável.


Quarenta anos antes de filmar "O Anjo Exterminador", Buñuel não entende, ainda, o que há de interessante nessa ideia.


"Meia-Noite em Paris" parece brincar com um tema parecido. Não estamos incapacitados de sair de uma sala por nenhum feitiço. Mas, se o espaço não nos aprisiona, estamos contudo presos ao nosso próprio tempo. Na plenitude da velhice, Woody Allen nos diz que temos só uma vida para viver -a nossa. "Meia-Noite em Paris" ajuda a melhorá-la um pouco.



DISTRITO DE BONFIM DE FEIRA - VÍDEO

DISTRITO DE BONFIM DE FEIRA - VÍDEO

BONFIN DE FEIRA - FEIRA DE SANTANA - BAHIA -  BRASIL

http://tvolhosdagua.uefs.br/

segunda-feira, 27 de junho de 2011

DESCASO COM AMBIENTE VAI DEIXAR CIDADE "INVIÁVEL"

[jornal Folha de São Paulo. São Paulo (SP - Brasil), 26 de junho de 2011, p. C9]

DESCASO COM AMBIENTE VAI DEIXAR CIDADE "INVIÁVEL

Município a 50 km de Brasília não tem saneamento e usa água de poço
Estudo mostra que, em 20 anos, crescimento da população fará cidade colapsar; sistema de água no DF será afetado,


por Rodrigo Vargas, enviado a Águas Lindas de Goiás (GO)
Uma pesquisa da UnB (Universidade de Brasília) em uma pequena cidade goiana de 160 mil habitantes revelou que o descaso com o ambiente poderá torná-la “inviável” em 20 anos e prejudicar o abastecimento de água no Distrito Federal.

Localizada a 50 km de Brasília, Águas Lindas de Goiás é uma cidade pobre que sofre com o crescimento desordenado: em 15 anos, sua população triplicou, sem investimentos em infraestrutura.
Não há rede de esgoto. Quando não correm a céu aberto, dejetos são despejados em fossas improvisadas, com riscos de contaminação do lençol freático “”base da rede de distribuição de água, alimentada por 110 poços.
“O crescimento não foi aliado ao desenvolvimento. A cidade apresenta diversos problemas ambientais”, diz a pesquisadora Camila Guedes Ariza, autora do trabalho.
Além do desmatamento indiscriminado e do assoreamento de áreas de nascentes, o estudo aponta a impermeabilização do solo como fatores de crescente esgotamento das fontes de água.
O sistema de poços, diz a pesquisa, ficará deficitário a partir de 2015.
‘CIDADE-DORMITÓRIO’
Os efeitos da degradação, ainda segundo o estudo, poderão atingir o Distrito Federal. Na região da APA (Área de Preservação Ambiental) do lago Descoberto, que responde por 60% do abastecimento no DF, vivem cerca de 3.000 famílias.
Desde sua fundação, em 1995, Águas Lindas tem se consolidado como “cidade-dormitório”, com moradias mais baratas para quem trabalha no Distrito Federal.
Outro estudo da UnB, feito em 2006, apontou que os “novos candangos” “”migrantes recentes para a região”"são em sua maioria nordestinos de origem (55%).
Também há migração: em Águas Lindas, quase 70% dos migrantes afirmam ser ex-moradores do DF.
DESEMPREGO
Vindo de Barra do Rio Grande (BA), Deílton Teixeira de Morais, 29, chegou há quatro meses. Ocupa um cômodo cedido por amigos.
“Lá não tem emprego. Aqui é mais fácil conseguir alguma coisa”, justifica ele, que declara ter experiência apenas como “ajudante”.
A casa em que vive com mais quatro pessoas fica a 500 metros da faixa de proteção da APA do Descoberto. O lixo é depositado em um buraco coberto com madeira. Um filete de água suja escorre pelo quintal.
Na casa de Marivânia da Silva, 32, a fossa fica na calçada da frente, entreaberta. O quintal dos fundos faz divisa com um terreno baldio que é usado pelo vizinhos como depósito de lixo.
A combinação de inchaço populacional com ausência de investimentos foi mensurado na pesquisa da UnB por meio do indicador P.E.I.R (pressão, estado, impacto e resposta),das Nações Unidas.
Até 2025, Águas Lindas deverá ter 270 mil habitantes, segundo a pesquisa. “Se nada for feito, a cidade terá um quadro de insustentabilidade ambiental [em 2030].”
Problema é a demanda, dizem as saneadoras
Do enviado a Águas Lindas de Goiás (GO)
O diagnóstico da UnB é “fiel à realidade” de Águas Lindas. Mas há perspectiva de “reverter” a degradação ambiental na cidade, diz a Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal).
Em nota, a companhia, que atua por meio de consórcio com a Saneago (Companhia Saneamento de Goiás), diz que haverá investimento em redes de esgoto e reforço no abastecimento de água.
Os problemas identificados na pesquisa, para a Caesb, são resultado de “um processo recorde de crescimento populacional”.
De acordo com a Caesb, as obras da rede de esgoto serão concluídas em dois anos. Sobre a possibilidade de colapso do sistema de poços para abastecimento de água, a companhia diz que o lago Descoberto será utilizado.
Eduardo Afiune, diretor de produção da Saneago, nega que o uso majoritário de fossas sépticas possa comprometer a qualidade da água captada por meio da rede de poços. (RV)

domingo, 26 de junho de 2011

NOSSO BLOGUE VISTO NO BRASIL E NO MUNDO

SEMANA DE 19 DE JUNHO DE J 2011 19:00h  A  26  DE JUNHO DE  2011 18:00h
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EMCONTO COM AS CIDADES - INÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO



EMCONTO COM AS CIDADES - 
POSTAGENS DOMINICAIS DE CONTOS 
QUE EXIBAM ALGUM DESTAQUE  À CIDADE 


INÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO



Ignácio de Loyola Brandão

Ao ouvir seu nome chamado, Cleide dirigiu-se rápida à mesa número 3.452.678 no extenso salão (uma empresa abandonada, falida) que o Órgão Apropriado à Educação, Ensino e Matérias Correlatas havia alugado e no qual estavam sendo iniciadas as triagens. Sentou-se diante do examinador e sorriu. Estava feliz, achava que finalmente poderia realizar seu sonho, o de dar aulas, adorava crianças, pedagogia, sentia-se cheia de criatividade e ideias.
- Pronto! É um teste? Um exame? Como os antigos exames orais?
Estava excitada, a mãe tinha contado sobre os exames orais, em um tempo em que havia reprovações, em que havia segunda época, depois recuperação, em que os professores eram rígidos, severos e disciplinadores, exigiam que se soubesse para seguir adiante. A mãe contava que o oral era chamado de a "hora da verdade". Sabia, sabia. Nota boa. Não sabia, ia embora. Como seria agora? O que perguntariam, em que bairro daria aulas?
Ah! Contou a mãe, como se estivesse narrando uma fábula de Esopo, ou de La Fontaine, naquele época, não tínhamos o medo que vocês têm hoje. Não havia professores agredidos por alunos nas classes. Não havia grafites nem salas sujas, carteiras quebradas, falta de equipamento. Um pai não ousava interpelar um mestre quanto a punição, nota baixa ou repreensão dada ao aluno. Processo na Justiça por reprovação? Imagine! Era ficção, loucura. Ser chamado à diretoria e tomar suspensão era normal, os pais aprovavam, até elogiavam o diretor, o professor ou o inspetor de alunos. Ser suspenso era uma vergonha. A suspensão era complementada em casa por um castigo, corte de mesada, proibição de sair, de ir ao cinema, enfim, alguma coisa que doesse na pele do jovem.
- Nossa, mãe! Não é verdade, nada disso existiu. É conto de fada, invenção maluca, mil e uma noites. Um jovem de 15 ou 16 anos aceitava? Não era um regime totalitário de pais e escolas?
- Que eu saiba, não formou nenhum criminoso, neurótico, paranoico, desajustado social, suicida. Havia uma coisa que se chamava ordem, estudo, trabalho.
- Os tempos mudaram, mãe!
- Para a frente ou para trás? Para melhor ou pior? Em que colocação o Brasil está no mundo em matéria de educação? Já viu o índice?
- Não tenho tido tempo de ler jornais!
- Nem de ler jornais nem de ler nada, vocês não têm tempo, têm uma subvida, subqualidade intelectual. O que é dado a vocês para sair e ensinar? Zero, de zero, de zero, filha!
- E vocês, mãe, ganhavam bem?
- Ganhávamos, tínhamos casa, alguns até compravam carro, num tempo em que não havia fabricação de carros no Brasil. Era comum as pessoas passarem e comentarem, diante de uma casa de primeira: aqui mora o professor Jurandir, de português. Aqui mora a professora Cidinha Valério, de história. Aqui mora o professor Valter Mauro, de geografia.
- Vocês davam aulas num lugar só? Sobreviviam?
- Claro, num lugar só! Como ler, estudar, preparar aulas, fazer reuniões, sem ter tempo, com essa maluquice de hoje? Como pode um professor sair de uma aula, correr para outro colégio, em outro bairro, a quilômetros de distância, pegando ônibus, dar nova aula e voar para outra escola?
- Agora é assim, mãe. Fazer o quê? Não dá para ser saudosista, os tempos mudaram.
- Será que para melhor? O que significa melhor?
- A senhora já disse isso!
- Disse, vou dizer. Vocês é que não dizem, não questionam, não interpelam, não exigem, só obedecem.
- O que podemos fazer?
- Resistir, filha, resistir!
Cleide tinha todas as manhãs a mesma conversa com a mãe. Resistir. O que ela queria dizer? O tempo deixou de existir para os professores públicos, ela pensava. Por que ainda queremos dar aulas? O que nos leva a isso? Que sonho maluco! Ou seria uma maldição? Um carma? Cruz que se leva na vida? Um sonho que bate de encontro a uma pedreira, a um muro de concreto, a uma rocha. Quantas vezes vi meu namorado esta semana? Ele também dá aulas. Quando vai, venho, quando ele vem, vou. Outro dia, nossos ônibus se cruzaram, ele me viu, abanou a mão. Isso foi carinho. Não sei o que fazer sozinha. Um professor ganha menos de um centésimo de um deputado, senador, vereador e eles nem vão às sessões. Uma cambada! É muita política, politicagem misturada, tudo virou politicagem, a gente vive atordoada, eu me sinto usada, manipulada. Mas agora, parece que vai mudar. Este chamado hoje, vai ver decidiram modificar as coisas. Está todo mundo animado, lá fora a fila de professores dá 20 voltas no quarteirão, há tanta esperança. Estudei, li, vim preparada. Que perguntas vão me fazer? Matemática, história, geografia, gramática, filosofia, lógica, informática? O quê? Hoje é o início de renovação, foi dito pelo líder dos sindicatos, da associação de mestres, de todas as organizações.
- Está pronta, senhorita?
- Estou. Pode perguntar.
- Antes de perguntar, vamos até aquele canto comigo.
- Até o canto?
Cleide foi, pensando: o que será? No canto havia uma balança. O interlocutor governamental pediu a ela que subisse. Cleide desentendeu, mas subiu, uma luz vermelha acendeu, uma sirene começou a tocar, ela se assustou, o homem olhou os números.
- Pode descer! Ir embora!
- Como ir embora? Nem fui examinada.
- Foi. E foi desclassificada. Não ouviu o alarme? Olhe seu peso! A senhorita é gorda, é obesa. Veja quantos quilos! Como se atreve? Acha que pode dar aulas? O que pensa que nosso ensino é? Vai aguentar ficar de pé dando aulas? Não vai suar e transpirar? Não vai ter fome no meio da aula? Vai conseguir subir uma escada? E se tiver um ataque cardíaco? Será que não vai se aproveitar da merenda dos meninos e dos jovens? Não vai perder a respiração? Romper um aneurisma, ter uma pancreatite, uma cirrose, um edema?
Intimamente, o examinador pensava, sem poder dizer, porque poderia ser processado: "Baleia, leitoa pururuca, toicinho, banha, sebácea, adiposa, acha que ser professora é o quê?"
Cleide saiu atordoada. Na rua, perdeu a direção, não acreditava. Chorou. Na sala, o examinador chamou: "A próxima". A jovem entrou e foi encaminhada à balança.






TEMPOESIA NAS CIDADES - CAETANO VELOSO


TEMPOESIA NAS CIDADES - POSTAGENS DOMINICAIS DE POESIAS QUE EXIBAM  ALGUM DESTAQUE À CIDADE


TEMPOESIA NAS CIDADES - CAETANO VELOSO / PETER GAST

(Peter Gast - 1854-1918)


PETER GAST

Caetano Veloso

Sou um homem comum
Qualquer um
Enganando entre a dor e o prazer
Hei de viver e morrer
Como um homem comum
Mas o meu coração de poeta
Projeta-me em tal solidão
Que às vezes assisto
A guerras e festas imensas
Sei voar e tenho as fibras tensas
E sou um
Ninguém é comum
E eu sou ninguém
No meio de tanta gente
De repente vem
Mesmo eu no meu automóvel
No trânsito vem
O profundo silêncio
Da música límpida de Peter Gast
Escuto a música silenciosa de Peter Gast
Peter Gast
O hóspede do profeta sem morada
O menino bonito Peter Gast
Rosa do crepúsculo de Veneza
Mesmo aqui no samba-canção
Do meu rock'n'roll
Escuto a música silenciosa de Peter Gast
Sou um homem comum




sábado, 25 de junho de 2011

AQUÍFEROS URBANOS - PARQUE DO INGÁ - MARINGÁ

AQUÍFEROS URBANOS

PARQUE DO INGÁ

MARINGÁ - PARANÁ - BRASIL

  • Nikkeis têm forte ligação com o Parque do Ingá
  • Edmundo Pacheco - ODIÁRIO, Maringá - Paraná - Brasil, 31-05-2011

A história do Parque do Ingá está intimamente ligada à trajetória da comunidade nipo-brasileira em Maringá. Além de ser o mais belo parque da cidade e ponto turístico do município, a reserva foi também palco de uma das mais ilustres visitas que os nikkeis já receberam.



(Jardim Japonês - Parque do Ingá)


Em junho de 1978, o então príncipe Akihito e sua mulher, a princesa Michiko, hoje imperadores do Japão, vieram ao Brasil para uma visita oficial e aproveitaram a oportunidade para conhecer Maringá, onde participaram de duas inaugurações: da futura Associação Cultura e Esportiva de Maringá (Acema) e do jardim japonês do Parque do Ingá, que completa hoje [31/05/2011] 776 dias fechado (*)

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ÚLTIMA NOTÍCIA


AÇÃO SOCIAL


Parque do Ingá abre regularmente a partir desta quarta-feira




A partir desta quarta-feira Parque do Ingá abre regularmente


O Parque do Ingá reabre para visitação pública a partir desta quarta-feira, 8 de junho, depois do sucesso do último domingo quando os portões ficaram abertos em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente e a reserva recebeu mais de 20 mil visitantes. A proposta, enquanto algumas obras estão em andamento e os equipamentos ainda não estão em operação, é abrir o parque de quarta a domingo, das 8 às 17 horas.

O Parque do Ingá tem várias obras em andamento e alguns dos equipamentos necessitam de operação, o que está sendo providenciado pelo município. Segundo a prefeitura a entrada do parque será livre, sem cobrança de ingresso, porém o uso de alguns equipamentos serão cobrados.

Os visitantes podem conhecer as novidades que estão prontas tais como a pista de arvorismo, as tirolesas que atravessam o lago, a pista de aventura, a pista de carrinhos elétricos, o cenário Mata Atlântica, o museu, a Guerra de Água, o Centro de Lazer e a nova gruta de Nossa Senhora Aparecida, entre outras novidades.

Outro alerta aos visitantes é evitar entrar nas áreas onde existem operários trabalhando. As frentes de trabalho estão todas sinalizadas, e as pessoas podem conhecer o que está sendo instalado ou em projeto através de faixas instaladas nessas áreas.


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 Ricardo Lopes

 

Kenji Ueta, que fotografa Maringá desde a
década de 50: "No Parque do Ingá está parte
de nossa história"



Para o primeiro fotógrafo de Maringá, Kenji Ueta, que fez parte da primeira diretoria da Acema e organizou a recepção ao casal real, aquele foi um dos momentos mais importantes para a cidade e marcou a ligação entre Maringá e o Japão. "Os príncipes ficaram encantados com o parque e com a homenagem prestada com a inauguração do jardim", conta.



(Parque do Ingá - vista aérea)


"Hoje, a cidade está construindo o Parque do Japão, é importante, um parque lindo, mas nunca será mais importante que o Parque do Ingá", define Ueta, que chegou a Maringá em 1951 e documentou a história da cidade em suas fotografias.

"Era um ponto turístico conhecido não apenas no Brasil, mas do outro lado do mundo. A primeira coisa que parentes e conhecidos que vinham conhecer a cidade pediam era para ir ao parque".


DEPOIMENTO PESSOAL

Em minhas andanças pelo Brasil, morei (1973) quase um ano numa cidade do interior do Paraná entre Campo Mourão e Maringá.

Às quintas, semanal e infalivelmente, viajava (cerca de 100 km) a Maringá onde permanecia manhã e tarde. Flanava pelas ruas e praças já arborizadas - e sem modismos - almoçava no "Napolitano" (ainda existe?)  e em outros restaurantes simpáticos e generosos, ia ao cinema. No inverno, enquanto transeuntes outros disputavam as calçadas ensolaradas, como um quixote solitário eu vagava sem pressa pelas vias e praças sombreadas pelas árvores e pelos edifícios ... o frio seco de Maringá era uma delícia.

Mas obrigação e devoção era a minha permanência no Parque do Ingá, contemplando (andando e sentado) suas árvores, a vegetação ciliar e suas corredeiras divinamente silenciosas,

Alguém, político, técnico, autoridade, instituição, deveria reunir esforços para atrair mais e mais brasileiros ao Paraná, a Maringá e, especialmente, ao seu Parque do Ingá de indescritível beleza.

Brasil, inverno de 2011,

Vicente
 http://www.viverascidades.blogspot.com/
vicentedeocleciano@yahoo.com.br
















sexta-feira, 24 de junho de 2011

MÊS MILTON SANTOS (8 - FINAL)


MÊS MILTON SANTOS (8 - FINAL)


HOJE (24/jun/2001-24/jun/2011)

DEZ ANOS SEM MILTON SANTOS



ENCONTRO COM MILTON SANTOS

(FINAL)

Parte 5 (A técnica como plataforma para a liberdade)
Essa parte mostra como novas técnicas contribuem para a emancipação das comunidades indígenas, as comunidades periféricas e os movimentos populares. O acesso aos novos meios de telecomunicação, microeletrônica e informática (telemática) proporcionam a criação de novas formas mobilização na periferia.
Para Milton Santos, podemos ser universais sem perder a nossa cultura, sem deixar de sermos “indígenas”. A possibilidade de acesso aos meios da telemática possibilita à periferia criar novas formas de inventar/reinventar o mundo, formar opinião e debater assuntos centrais.

Parte 6 (A Revanche da Cultura Popular)
Nessa parte, o documentário expõe uma verdadeira rebelião da cultura popular sobre a cultura de massa utilizando instrumentos que, originalmente, foram criados no berço da cultura padronizada.
Para Milton Santos, “o mundo como possibilidade” só poderá ser construído pelos atores de baixo (populações pobres, países pobres e continentes pobres). Combates silenciosos estão sendo travados nos bastidores da geopolítica mundial: o fortalecimento do islã, a revolução educacional da Índia e o sucesso econômico da China, que combina planejamento estatal com mecanismos de mercado.

Parte 7 (Os olhares do sul)
Intelectuais africanos e latino-americanos afirmam que esses dois continentes podem oferecer ao mundo uma possibilidade de coexistência pacífica, de alternativas à sociedade de consumo que alimenta as guerras e dizima populações.
Para Milton Santos, nós devemos pensar esse mundo novo a partir de nós mesmos. Devemos deixar de imitar os europeus e os norte-americanos e construir nossa visão de mundo. Afirma que existe a ética dos poderosos (que não é uma ética), a ética dos que não tem nada e a ética dos desesperados que encontram na violência o caminho para a mudança. A ética dos poderosos encontra respaldo no direito e nas decisões judiciais, porém, a ética dos pobres começa a ganhar voz na sociedade e criar bases históricas para uma mudança eficaz que atenda a maioria.
Parte 8 (Polifonia Política)
Nessa parte, o vídeo apresenta a forma de organização do maior movimento social do Brasil: o MST. Demonstra como o movimento criou novas formas de solidariedade e cidadania através de novos mecanismos de reivindicação. Com o fracasso da democracia, os movimentos populares optaram pela ação direta, pela invasão das ruas, dos prédios públicos e das fazendas improdutivas como forma de protesto.
Para Milton Santos, apesar das formas organizadas e desorganizadas de reivindicação, somente através do Estado é que as mudanças virão. Santos descarta o papel das ONG’s e do terceiro setor, uma vez que estes atendem somente a determinados setores da sociedade. O Estado é que está imbuído de realizar as mudanças socializantes, porque as fontes criadoras de desigualdades sociais foram engendradas por meio deste.
Frases legais:
Nós, a classe média, não queremos direitos, queremos privilégios”. Milton Santos
Feita a revolução nas escolas, o povo a fará nas ruas”. Florestan Fernandes

Parte 9 (Por uma outra Globalização)
Para Milton Santos, a globalização é uma forma de totalitarismo, assim como o nazifacismo. A sociedade atual afirma a liberdade e, ao mesmo tempo, a nega. Formas de ação que fogem do padrão são rapidamente censuradas e punidas. A globalização produz esse globalitarismo, que existe para reproduzir a globalização.
Uma outra globalização é possível se nós estivermos dispostos a transgredir os valores da globalização perversa para que possamos construir uma humanidade solidária.

Texto elaborado por Marco Abreu dos Santos