MÊS MILTON SANTOS (8 - FINAL)
HOJE (24/jun/2001-24/jun/2011)
DEZ ANOS SEM MILTON SANTOS
ENCONTRO COM MILTON SANTOS
(FINAL)
Parte 5 (A técnica como plataforma para a liberdade)
Essa parte mostra como novas técnicas contribuem para a emancipação das comunidades indígenas, as comunidades periféricas e os movimentos populares. O acesso aos novos meios de telecomunicação, microeletrônica e informática (telemática) proporcionam a criação de novas formas mobilização na periferia.
Para Milton Santos, podemos ser universais sem perder a nossa cultura, sem deixar de sermos “indígenas”. A possibilidade de acesso aos meios da telemática possibilita à periferia criar novas formas de inventar/reinventar o mundo, formar opinião e debater assuntos centrais.
Parte 6 (A Revanche da Cultura Popular)
Nessa parte, o documentário expõe uma verdadeira rebelião da cultura popular sobre a cultura de massa utilizando instrumentos que, originalmente, foram criados no berço da cultura padronizada.
Para Milton Santos, “o mundo como possibilidade” só poderá ser construído pelos atores de baixo (populações pobres, países pobres e continentes pobres). Combates silenciosos estão sendo travados nos bastidores da geopolítica mundial: o fortalecimento do islã, a revolução educacional da Índia e o sucesso econômico da China, que combina planejamento estatal com mecanismos de mercado.
Parte 7 (Os olhares do sul)
Intelectuais africanos e latino-americanos afirmam que esses dois continentes podem oferecer ao mundo uma possibilidade de coexistência pacífica, de alternativas à sociedade de consumo que alimenta as guerras e dizima populações.
Para Milton Santos, nós devemos pensar esse mundo novo a partir de nós mesmos. Devemos deixar de imitar os europeus e os norte-americanos e construir nossa visão de mundo. Afirma que existe a ética dos poderosos (que não é uma ética), a ética dos que não tem nada e a ética dos desesperados que encontram na violência o caminho para a mudança. A ética dos poderosos encontra respaldo no direito e nas decisões judiciais, porém, a ética dos pobres começa a ganhar voz na sociedade e criar bases históricas para uma mudança eficaz que atenda a maioria.
Parte 8 (Polifonia Política)
Nessa parte, o vídeo apresenta a forma de organização do maior movimento social do Brasil: o MST. Demonstra como o movimento criou novas formas de solidariedade e cidadania através de novos mecanismos de reivindicação. Com o fracasso da democracia, os movimentos populares optaram pela ação direta, pela invasão das ruas, dos prédios públicos e das fazendas improdutivas como forma de protesto.
Para Milton Santos, apesar das formas organizadas e desorganizadas de reivindicação, somente através do Estado é que as mudanças virão. Santos descarta o papel das ONG’s e do terceiro setor, uma vez que estes atendem somente a determinados setores da sociedade. O Estado é que está imbuído de realizar as mudanças socializantes, porque as fontes criadoras de desigualdades sociais foram engendradas por meio deste.
Frases legais:
“Nós, a classe média, não queremos direitos, queremos privilégios”. Milton Santos
“Feita a revolução nas escolas, o povo a fará nas ruas”. Florestan Fernandes
Parte 9 (Por uma outra Globalização)
Para Milton Santos, a globalização é uma forma de totalitarismo, assim como o nazifacismo. A sociedade atual afirma a liberdade e, ao mesmo tempo, a nega. Formas de ação que fogem do padrão são rapidamente censuradas e punidas. A globalização produz esse globalitarismo, que existe para reproduzir a globalização.
Uma outra globalização é possível se nós estivermos dispostos a transgredir os valores da globalização perversa para que possamos construir uma humanidade solidária.
Texto elaborado por Marco Abreu dos Santos
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