quinta-feira, 23 de junho de 2011

MÊS MILTON SANTOS ((7)

MÊS MILTON SANTOS ((7)

DEZ ANOS SEM MILTON SANTOS

Nessa primeira parte, é feito um resgate histórico do processo globalizatório divido em: a primeira globalização (iniciada no século XVI a partir das grandes navegações marítimas) e a segunda globalização (intensificada no final do século XX, após o colapso do mundo socialista, a queda das barreiras, o advento da terceira revolução industrial e construção de um espaço “fluido”).
O vídeo exemplifica as desigualdades sociais entre os países e como estas se intensificaram após a consolidação da globalização.
Para Milton Santos, existem três mundos:
O mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula.
O mundo tal como ele é: a globalização como perversidade.
E o mundo tal como ele pode ser: o mundo como possibilidade… “uma OUTRA globalização.
Frase bacana: “o consumismo é o maior dos fundamentalismos” Milton Santos

Parte 2 (Neoliberalismo)
Nessa segunda parte, o vídeo mostra as conseqüências desastrosas do receituário neoliberal do Consenso de Washington para a América Latina. Em Quito (Equador), em Cochabamba e La Paz (Bolívia), em Buenos Aires (Argentina) e no Rio de Janeiro (Brasil) pessoas se revoltam contra a desnacionalização de suas economias e a onda de desemprego e falências.
Para Milton Santos, as empresas transnacionais, consideradas “centros-frouxos”, fogem ao controle dos Estados, desorganizam os territórios e não se comprometem com a realidade social dos países. Essa produção descentralizada (fábrica global) é exemplificada, no vídeo, com o caso da empresa estadunidense Boeing que recebe componentes de seus aviões de mais de 300 fornecedores do mundo inteiro.
Frase bacana: “A ilusão da moeda controlada e do consumo forte anestesiou a população mediante as “privatizações-saques”. (“saques” por minha conta)

Parte 3 (Desemprego, Fome e Água)
Nessa terceira parte, o vídeo denuncia a perversidade da exploração do trabalho no mundo globalizado. Empresas como a Nike, por exemplo, espalham-se mundo a fora em busca de mão-de-obra extremamente barata e custos baixos para a produção e geram, com isso, desemprego em seu país de origem. Com a globalização, o desemprego aumentou assustadoramente, os pobres ficaram ainda mais pobres e a classe média perdeu em qualidade de vida. Hoje, 1,5 bilhão de pessoas vive com menos de US$ 1,00 ao dia.
Para Milton Santos, o planeta consegue produzir uma quantidade suficiente para alimentar todas as pessoas. O problema não é a quantidade de comida, mas como está distribuída. São os mecanismos globais é que decidem quem deve ou não comer.
O vídeo aborda a questão da privatização da água por algumas empresas transnacionais e os movimentos sociais que contestam, afirmando que a água é um bem global.
Frase bacana: “A humanidade se divide em dois grupos: o grupo dos que não comem e o grupo dos que não dormem, com medo da revolta dos que não comem”. Josué de Castro.

Parte 4 (Imigração e o poder da mídia)
A maior contradição da globalização é apresentada nesse vídeo: a livre circulação de mercadorias, informações e capitais contrasta com os sólidos muros da internacional capitalista que impede a circulação dos indivíduos em busca de emprego, comida, água e paz. EUA e Europa travam guerras constantes para evitar a entrada de imigrantes em seus territórios.
Outra abordagem do vídeo é o poder midiático como ideologia sustentadora da globalização-fábula. Seis empresas controlam 90% da mídia mundial. Os acontecimentos noticiados são interpretados de acordo com interesses predeterminados, uma vez que as agências de notícia pertencem às grandes empresas. Esses meios de comunicação erigiram o livre mercado como pensamento único, como motor da globalização econômica e, assim, anunciaram o fim da história.
Para Milton Santos, esses meios de comunicação controlam de maneira extremamente eficaz a interpretação das coisas que se passam no mundo. A repetição servil dos textos e das imagens não nos permite aferir as notícias.
Frase bacana: “A informação é o grande instrumento da grande finança, instrumento do processo de globalitarismo e de formas totalitárias de vida”. Milton Santos


(ÚLTIMA POSTAGEM DA SÉRIE  AMANHÃ, SEXTA-FEIRA - 24/JUNHO - DEZ ANOS DO FALECIMENTO DE MILTON SANTOS)

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