TEMPOESIA NAS CIDADES
POSTAGENS DE POESIAS QUE EXIBAM ALGUM DESTAQUE À CIDADE
A REINVENÇÃO DA CIDADE
A REINVENÇÃO DA CIDADE
Diniz Antonio Gonçalves Junior
Olho vagando pelos meândricos labirintos urbanos .
Cidade -vitrine revelada em inúmeros passageiros
ilusionistas . Figuras mnemônicas , arquétipos
ancestrais expostos na maquinaria contemporânea .
Mosaico miriadoscópico registrando a teia-tela
multicultural . Pandora pós-moderna sugando
referencias da memória , tempo . Nos muros , vestígios
sinalizam o que está por vir . Construção e
desconstrução dialogam num jogo de espelhos . Mero
acaso , odisséia homérica num lance de dados. Ao
emaranhar-se na poliédrica escritura clariceana , o
passageiro desvenda o sentido do ser-no-mundo .
Cidade -vitrine revelada em inúmeros passageiros
ilusionistas . Figuras mnemônicas , arquétipos
ancestrais expostos na maquinaria contemporânea .
Mosaico miriadoscópico registrando a teia-tela
multicultural . Pandora pós-moderna sugando
referencias da memória , tempo . Nos muros , vestígios
sinalizam o que está por vir . Construção e
desconstrução dialogam num jogo de espelhos . Mero
acaso , odisséia homérica num lance de dados. Ao
emaranhar-se na poliédrica escritura clariceana , o
passageiro desvenda o sentido do ser-no-mundo .
ENIGMA DA CIDADE
Jurema Barreto de Souza
Primeiro passo: minha rua
Santo André ainda existe
fora de mim, irreal
A imagem da cidade
materializa-se letárgica
Jardins, rumos conhecidos
prédios inesperados surgem
séqüitos de palmeiras
Paisagem mutante
alimentando a surpresa
Vestidos de tintas e idéias
muros brincam cirandas
diante dos olhos espantados
da cidade que amanhece
A chuva cessa um minuto
para ver nascer o sol
Traços amarelos, cor de rosa
riscam o céu sobre o viaduto
a sustentar o azul
O tempo indeciso vaga
entre o cheiro de terra molhada
e a grama refletindo a manhã
A cidade se apossa de mim:
no encontro com as pessoas
no vento pela janela do ônibus
no Verão interminável
Ouço uma flauta impossível
uma menina carrega sua boneca
cheiro de cajus e café expresso
folhetos de cartomante
dançam na calçada
Gente de todas as cores e formas
compõem o cenário do dia
O tempo se apressa, a cidade
estende-se para além de meus olhos
Avenidas noivando luzes
bocas de lobo beijando asfalto
os pássaros se reúnem
nas árvores da Praça do Carmo
Santo André se acalma e passa
devagar pelos nossos olhos
sorrindo acena um boa noite
Nessa hora penso
esse querer estar aqui
mais do que em qualquer outro lugar
E o enigma encontra sua resposta
quando ao fechar os olhos
encontro a cidade que edifico a cada dia
guardada e protegida em mim.
Santo André ainda existe
fora de mim, irreal
A imagem da cidade
materializa-se letárgica
Jardins, rumos conhecidos
prédios inesperados surgem
séqüitos de palmeiras
Paisagem mutante
alimentando a surpresa
Vestidos de tintas e idéias
muros brincam cirandas
diante dos olhos espantados
da cidade que amanhece
A chuva cessa um minuto
para ver nascer o sol
Traços amarelos, cor de rosa
riscam o céu sobre o viaduto
a sustentar o azul
O tempo indeciso vaga
entre o cheiro de terra molhada
e a grama refletindo a manhã
A cidade se apossa de mim:
no encontro com as pessoas
no vento pela janela do ônibus
no Verão interminável
Ouço uma flauta impossível
uma menina carrega sua boneca
cheiro de cajus e café expresso
folhetos de cartomante
dançam na calçada
Gente de todas as cores e formas
compõem o cenário do dia
O tempo se apressa, a cidade
estende-se para além de meus olhos
Avenidas noivando luzes
bocas de lobo beijando asfalto
os pássaros se reúnem
nas árvores da Praça do Carmo
Santo André se acalma e passa
devagar pelos nossos olhos
sorrindo acena um boa noite
Nessa hora penso
esse querer estar aqui
mais do que em qualquer outro lugar
E o enigma encontra sua resposta
quando ao fechar os olhos
encontro a cidade que edifico a cada dia
guardada e protegida em mim.
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