População e PIB das cidades médias crescem mais que no resto do Brasil (2 - FINAL)
IPEA
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, Universidade Estadual de Campinas, Brasília.
RELEASE – 17 de JULHO de 2008.
População e PIB das cidades médias crescem mais que no resto do Brasil
Cidades Médias e Rede Urbana do Brasil
As cidades médias desempenham o papel de núcleo estratégico da rede urbana do Brasil, pois constituem elos entre os espaços urbano e regional. As cidades médias podem ser identificadas de três modos:
1 - Podem estar situadas em espaço regional mais amplo, por exemplo, Rio Branco (AC), Imperatriz (MA) Franca e Bauru (ambas em SP).
2 - Podem também integrar um município periférico de uma aglomeração urbana, como Diadema (Região Metropolitana de São Paulo).
3 - Podem constituir um núcleo central, por exemplo, São José do Rio Preto, Araraquara e Guaratinguetá (em SP).
Diana Motta e Daniel da Mata argumentam que “a importância das cidades médias reside no fato de que elas possuem uma dinâmica econômica e demográfica próprias, permitindo atender às expectativas de empreendedores e cidadãos, manifestadas na qualidade de equipamentos urbanos e na prestação de serviços públicos, evitando as deseconomias das grandes cidades e metrópoles. Dessa forma, as cidades médias se revelam como locais privilegiados pela oferta de serviços qualificados e bem-estar”.
No estudo “Rede Urbana do Brasil” (Ipea, IBGE, Nesur-Unicamp, 2002) as cidades médias estão presentes nas categorias de Centros Regionais, Centros Sub-Regionais 1 e Centros Sub-Regionais 2. O que diferencia essas categorias urbanas são:
· A centralidade (área de influência – abrangência regional do fluxo de
bens e serviços que tem origem no centro urbano);
· relações internaciona is (presença de grandes empresas e corporações, redes complexas de serviços modernos que fortalecem o papel de centros decisórios);
· A escala da urbanização (dimensão do processo de urbanização em
relação ao conjunto da rede urbana brasileira);
· A complexidade e diversidade da economia urbana (existência de
setores econômicos diferenciados e nível de articulação setorial);
· A diversificação do setor terciário e funcionalidade (diversificação
das atividades de serviços e funções urbanas específicas).
Para saber mais:
ANDRADE, T., SERRA, R. (2001), “Cidades Médias Brasileiras”, Instituto dePesquisa Econômica Aplicada-IPEA, Rio de Janeiro.
IPEA, IBGE, e UNICAMP (2002), “Configuração Atual e Tendências da Rede Urbana, Serie Configuração Atual e Tendências da Rede Urbana”,
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