domingo, 31 de julho de 2011

EMCONTO COM AS CIDADES - ALPHA E PAULA E THOMAS

EMCONTO COM AS CIDADES - 
POSTAGENS DOMINICAIS DE CONTOS 
QUE EXIBAM ALGUM DESTAQUE `CIDADE


CONTOS  ESQUECIDOS I

 Alpha e Paula e Tomas

Tomás havia acabado de se mudar e não havia conhecido ninguém ainda. Gastava boa parte de seu tempo jogando video game e por vezes lendo, poucas vezes na verdade. Sua mãe passava muito tempo em casa também. Isso fazia ela se irritar com a situação do filho. Ele sempre fora um garoto muito ativo, mas desde a mudança o rapazinho não colocara o nariz para fora de casa.

As coisas seguiram seu rumo até que a mulher se irritou com o filho e o mandou para a rua. Tinha ordem expressa para só retornar quando fizesse um amigo. A medida era extremada, mas a mãe esperava que gerasse algum resultado. Ao menos seu menino perderia aquela cor pálida de ficar sem pegar sol.

Tomás saiu e foi andar por aí. Deu voltas e voltas, conhecendo a vizinhança. Não parecia estar mais prócimo de fazer algum amigo do que quando saiu de casa, mas estava confiante. O bairro era legal, não tinha encontrado muitas pessoas pelas ruas, mas gostava do que via.

Encontrou uma praça e parou. Estava um pouco cansado após a caminhada e resolveu se sentar em um banco. O dia estava bom, azul e com ventos. Era bom sair de casa, mas meio tedioso ficar sozinho.

O garoto relaxou e não percebeu o outro rapaz se aproximando. Assim que Tomás o viu ele falou:

- Saia do meu banco!

A voz não foi tão alta assim, mas era firme. Ao menos tão firme quanto uma criança consegue ser. O menino não entendeu o que o outro poderia estar pensando exatamente. Seria aquele um novo meio de se fazer amizade?

- Mas tem tantos bancos em volta.

A resposta não foi bem recebida e logos depois que terminou de falar ele se viu puxado para fora do banco.

- Esse é o meu banco.

- Desculpe. Você podia ter me avisado.

Ele gostaria de tentar fazer amizade para poder voltar para casa, mas o garoto não colaborava muito. Aparentemente ainda estava irritado e para demonstrar isso empurrou Tomás, que era bem menor. Ele por sua vez se limitou a cair no chão.

Como que atraído pela confusão surgiu um garoto e se colocou entre Tomás e seu agressor.

- Alphonse.
Falou  o valentão. Pelo tom de voz os dois não pareciam se dar muito bem. Tomás não gostou muito como o nome de seu salvador soava, mas pelo que pode perceber ele também não, pois empurrou o irritadinho que tropeçou em alguma coisa e caiu para trás. Uma garota estava abaixada atrás dele, já com a intenção de derrubá-lo, um velho truque. Ela se levantou e o chutou que percebendo que estava sozinho contra três saiu correndo.

Alphonse se virou e deu a mão à Tomás.

- Ele é chato assim mesmo. Você é novo aqui?

- Sou sim. Estou procurando amigos.

- Acho que acabou de encontrar.

Falou a menina com um sorriso.

- Você vem com agente?

- Eu vou estar logo atrás de vocês.

E desde então os três estiveram juntos sempre que possível.

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