quinta-feira, 8 de agosto de 2013

UMA DIMENSÃO ESQUECIDA DA MOBILIDADE URBANA -(1)

UMA DIMENSÃO ESQUECIDA 
DA MOBILIDADE URBANA (1)  

por Vicente D Moreira  - especial para o Blogue CIDADE











A lógica do automóvel (e dos veículos motorizados - todos eles, individuais ou coletivos!) parece funcionar - aos olhos dos estudiosos contemporâneos e coetâneos de mobilidade urbana - como uma árvore que impede a visão das demais árvores da floresta. E olhem que muitos desses estudos e estudiosos são vorazes em condenar o transporte motorizado individual à fogueira onde são queimadas in discrinadamente todas as 'pragas' e 'pestes' urbanas. E em aplaudir, pés e mãos, coisas como a política do rodízio de AUTOMÓVEIS.

Quando tínhamos a  transitar pelas então incipientes urbes apenas pedestres e carruagens e demais  veículos de tração animal tínhamos sim problemas de mobilidade urbana; não necessariamente problemas como  lentidão, congestionamentos, engarrafamentos e  todo os 'males' que eles pdoem causar à nossa saúde individual e à saúde das cidades; não necessariamente até porque tais problemas que atingem a pele no cotidiano urbano e nos cegam os olhos para a visão de outros horizontes.

O problema esquecido da mobilidade urbana são as precárias condições do asfalto e do calçamento em gerais que colocam num mesmo saco de problemas cidades diferentes, cidades ricas e cidades pobres ... Não apenas porque essa precariedade piora os já insuportáveis e estressantes congestionamentos danifica veículos, causa acidentes ao trânsito e  à pessoas. Mas também porque uma rua esburacada reduz o valor econômico do solo, das habitações e do comércio e serviços que margeiam tais ruas.

Vamos acordar para ao menos sacolejar nos nossos automóveis, ônibus e carroças inclusive aquelas de tração animal ... que ainda circulam em mil e uma cidades brasileiras.

Turistas vindos da Alemanha a (e de outras partes da Europa) acharam estranho o conselho que lhes deram, durante a Copa das Confederações de futebol, para que não andassem de carro nas cidades sede por causa dos infinitos, largos e profundos buracos no asfalto.  

Buracos em ruas asfaltadas? Como é que é que é isso? Lá na nossa terra não tem disso não! ... espantaram-se os turistas.

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