César Oliveira
aldeias@uol.com.br
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O ANDAR DE CIMA -
A POLÊMICA
DOS DEZ ANDARES
Caminha para segunda votação na Câmara de Vereadores
um projeto que limita as construções, em Feira, a dez andares.
Seria bom se não fosse trágico.
um projeto que limita as construções, em Feira, a dez andares.
Seria bom se não fosse trágico.
O projeto foi proposto pelo vereador Ronny, embora não agregue
a ele nenhuma avaliação técnica, nenhuma sugestão de zoneamento,
análise econômica, de infraestrutura, ocupação do solo, entre outros
aspectos que deveriam estar demonstrado na composição técnica da
proposta. O número dez, talvez tenha sido escolhido por ser o número
da camisa do Messi e ser uma boa jogada.
a ele nenhuma avaliação técnica, nenhuma sugestão de zoneamento,
análise econômica, de infraestrutura, ocupação do solo, entre outros
aspectos que deveriam estar demonstrado na composição técnica da
proposta. O número dez, talvez tenha sido escolhido por ser o número
da camisa do Messi e ser uma boa jogada.
Então, o projeto do vereador Ronny é ruim. Não. Apenas, é composto
do improviso, da pobreza científica que o tema exige. Então, os defensores
da anulação do projeto têm razão? Sim. Esta anulação que deseja as
construtoras e imobiliárias tem boa intenção? Não. A lógica deste
segmento segue a defesa do seu mercado o que é- esclareço- legítimo.
do improviso, da pobreza científica que o tema exige. Então, os defensores
da anulação do projeto têm razão? Sim. Esta anulação que deseja as
construtoras e imobiliárias tem boa intenção? Não. A lógica deste
segmento segue a defesa do seu mercado o que é- esclareço- legítimo.
Caso alguém deseje se informar melhor é bom consultar a literatura de
publicações a respeito, como Carta de Atenas, cidade Mediterrânea de
Rueda, ou de estudiosos como Salingaros (“ a cidade não é uma árvore”).
Há revistas especializadas e gente que sabe infinitamente mais que eu, e
que sinalizam informações ao menos para fundamentar o debate.
publicações a respeito, como Carta de Atenas, cidade Mediterrânea de
Rueda, ou de estudiosos como Salingaros (“ a cidade não é uma árvore”).
Há revistas especializadas e gente que sabe infinitamente mais que eu, e
que sinalizam informações ao menos para fundamentar o debate.
O poder público falha nesta questão? Sim. Porque Feira, como toda cidade,
precisa definir urbanisticamente qual seu modelo de ocupação do solo. Há
tendências diferentes. A Prefeitura precisa reunir urbanistas, zonear a cidade,
definir os limites de ocupação do solo, a forma. Os limites não podem ficar
para serem definidos pelas construtoras porque elas pouco tão se importando
com o impacto que causam e sim com os negócios que fazem. É do capitalismo.
Cabe à Sociedade e ao poder público limitar sua insaciedade, para que não
aconteça o que o ex-prefeito de Salvador fez com a liberação do gabarito da
orla. Ou, aqui em Feira, onde empreendimentos imobiliários
insistem, arrogantemente, em invadir lagoas.
precisa definir urbanisticamente qual seu modelo de ocupação do solo. Há
tendências diferentes. A Prefeitura precisa reunir urbanistas, zonear a cidade,
definir os limites de ocupação do solo, a forma. Os limites não podem ficar
para serem definidos pelas construtoras porque elas pouco tão se importando
com o impacto que causam e sim com os negócios que fazem. É do capitalismo.
Cabe à Sociedade e ao poder público limitar sua insaciedade, para que não
aconteça o que o ex-prefeito de Salvador fez com a liberação do gabarito da
orla. Ou, aqui em Feira, onde empreendimentos imobiliários
insistem, arrogantemente, em invadir lagoas.
Ao analisarmos a moradia ela inclui entender a moradia propriamente
dita; a infra-estrutura, serviços e equipamentos urbanos; o entorno ou
paisagem. A verticalização altera a paisagem do bairro, reduz a intensidade
da exposição solar, gera sombreamento, reduz o grau de privacidade, aumenta a temperatura, a densidade populacional, ruído, a demanda por serviços e
infraestrutura, o fluxo de veículos, transporte coletivo, o esgotamento sanitário,
entre outros. Esta mesma verticalização, no entanto, tem aspectos positivos
porque reduz os custos públicos de coleta de lixo, segurança, esgotamento
sanitário, oferta de serviços, o custo imobiliário, entre outros, além de, dizem
os técnicos, haver a necessidade que 70\% do solo do município não sofra impermeabilização para manter o meio ambiente saudável.
dita; a infra-estrutura, serviços e equipamentos urbanos; o entorno ou
paisagem. A verticalização altera a paisagem do bairro, reduz a intensidade
da exposição solar, gera sombreamento, reduz o grau de privacidade, aumenta a temperatura, a densidade populacional, ruído, a demanda por serviços e
infraestrutura, o fluxo de veículos, transporte coletivo, o esgotamento sanitário,
entre outros. Esta mesma verticalização, no entanto, tem aspectos positivos
porque reduz os custos públicos de coleta de lixo, segurança, esgotamento
sanitário, oferta de serviços, o custo imobiliário, entre outros, além de, dizem
os técnicos, haver a necessidade que 70\% do solo do município não sofra impermeabilização para manter o meio ambiente saudável.
As empresas construtoras deveriam ter se mobilizado com seu poderio
econômico para trazer a Feira técnicos que elaborassem um parecer que
fundamentasse a defesa de seus pontos, mas não o fizeram. Preferiram,
como foi dito na imprensa, de modo até inadequado, confiar no lobby junto
ao prefeito para vetar o projeto, se aprovado, como se fossem senhores
da razão. A Câmara, por seu lado, diante de projeto de tamanho impacto,
poderia ter feito o mesmo, ao invés de gastar dinheiro mandando vereador a
Congressos de fantasia, e tentar fundamentar a bancada para votar após
ouvir especialistas.
econômico para trazer a Feira técnicos que elaborassem um parecer que
fundamentasse a defesa de seus pontos, mas não o fizeram. Preferiram,
como foi dito na imprensa, de modo até inadequado, confiar no lobby junto
ao prefeito para vetar o projeto, se aprovado, como se fossem senhores
da razão. A Câmara, por seu lado, diante de projeto de tamanho impacto,
poderia ter feito o mesmo, ao invés de gastar dinheiro mandando vereador a
Congressos de fantasia, e tentar fundamentar a bancada para votar após
ouvir especialistas.
Enfim, iremos para uma votação que define o futuro da cidade com o mesmo
embasamento de alguém que orienta seu dia pelo horóscopo. Não podemos
ter o céu como limite como querem as construtoras, nem aprovar um projeto
em que o acaso escolheu o andar de cima
embasamento de alguém que orienta seu dia pelo horóscopo. Não podemos
ter o céu como limite como querem as construtoras, nem aprovar um projeto
em que o acaso escolheu o andar de cima
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