sábado, 17 de agosto de 2013

MERCADO RENASCE DAS CINZAS - PORTO ALEGRE - BRASIL

MERCADO POPULAR DE PORTO ALEGRE
RENASCE DAS CINZAS 

PORTO ALEGRE

RIO GRANDE DO SUL - BRASIL




                                (Blog Vivendo Porto Alegre)


Mercado: Cronologia da reabertura

Prefeitura Municipal de Porto Alegre

13/08/2013 15:55:34

Foto: Ricardo Stricher/PMPA
Equipe do DMLU retira resíduos e realiza limpeza do piso superior
Equipe do DMLU retira resíduos e realiza limpeza do piso superior
Veja aqui a cronologia de ações, desde oincêndio até os dias que antecederam a reabertura do Mercado Público, nesta terça-feira, 13:

06.07
A noite do dia 6 de julho foi consumida pela tristeza diante do incêndio que durante duas horas destruiu parcialmente o Mercado Público dacapital e do Estado. As chamas devastaram também o coração de todos à medida que a notícia se espalhava.
 




Ainda na noite do incêndio, o prefeito garante que não vão faltar recursos para a reconstrução do que foi consumido pelo fogo. Informa que existem R$ 5 milhões disponíveis do Fundo do Mercado Público e que o seguro contra incêndio feito pela Smic prevê uma indenização de mais R$ 1,5 milhão; uma análise preliminar indica que serão necessários três tipos de projetos estruturais de naturezas diferentes: um para o conserto do telhado, outro para refazer a estrutura de alvenaria e cerâmica do andar superior e outro para as redes hidráulica, elétrica e lógica;
 
07.07
O prefeito solicita à presidente da República a inclusão da obra no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, a fim de receber recursos federais. Determina a criação de grupo de trabalho, liderado pelo vice-prefeito Sebastião Melo; equipes da Prefeitura, Bombeiros e Associação dos Permissionários fazem vistoria para avaliar os prejuízos e as proporções do incêndio;
 
08.07
Sob a coordenação do vice-prefeito, é realizada a primeira reunião do Grupo de Trabalho que conta com técnicos da Smov, Smic, SMC e Smurb. Medidas emergenciais foram adotadas: avaliação dos prejuízos, é autorizada a aquisição de cobertura provisória para substituir o telhado e proteger o interior do prédio. O município também poderá arcar com os custos de um gerador de energia; Smov deve agilizar conclusão de laudo técnico sobre os abalos da estrutura;
 
09.07
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, confirmou ao prefeito que as obras de restauração serão incluídas no PAC; Prefeitura disponibiliza aos permissionários linha de financiamento rápido; equipe técnica da seguradora avalia estrutura do prédio e autoriza a limpeza do segundo piso; Prefeitura, permissionários, empregados e Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) debatem a garantia do emprego dos funcionários das bancas e restaurantes;
 
10.07
Equipes do DMLU iniciam a limpeza do piso superior (a área estava isolada para perícia da Polícia Civil); representantes da seguradora realizam avaliação técnica a fim de dimensionar a extensão dos danos; técnicos da Smov avaliam as condições do prédio para instalação de cobertura provisória e recuperação da rede elétrica; Smam realiza o corte e a retirada das estruturas de madeiras danificadas; no térreo, os comerciantes permissionários realizam a limpeza e recuperação de seus espaços;
 
12.07
O vice-prefeito relata para cerca de 100 permissionários as medidas adotadas pelo governo para agilizar a abertura do Mercado; funcionários, juntamente com centenas de cidadãos e admiradores do prédio, abraçaram o Mercado;
 
14.07
O prefeito e o vice confraternizam no Chalé da Praça XV com a equipe do DMLU que realiza a limpeza do Mercado Público;
 
15.07
Mais de 60 funcionários do DMLU terminam a limpeza do piso superior. Após reunião coordenada pelo prefeito, que tratou da recuperação do Mercado, o vice acompanha a conclusão dos trabalhos, com diversos secretários. Com o local limpo, técnicos da SMOV, dão seguimento à inspeção que resultará no laudo estrutural, documento necessário para a reabertura do Mercado.
 
16.07
Representantes da Prefeitura, Corpo de Bombeiros e Ministério Público reúnem-se com o objetivo de construir alternativas para a reabertura do Mercado Público; 15 garis são deslocados para realizar a manutenção até a conclusão da reforma;
 
26.07
Integrantes do Conselho do Patrimônio Histórico Cultural (Compahc) visitam o Mercado Público e debatem alternativas operacionais para a restauração do prédio.
 
31.07
O secretário da Smov, Mauro Zacher e engenheiros do Grupo de Trabalho apresentam resultados da inspeção que resultou na definição do número de bancas liberadas para a reabertura;
 
02.08
O vice-prefeito, secretários, e o comandante interino do Corpo de Bombeiros, major Riomar dos Santos, reúnem-se com o promotor de Justiça Fábio Sbardelotto para tratar da reabertura do Mercado Público. Debatem a elaboração de um Termo de Ajustamento de Conduta, para garantir as condições de segurança para liberação do prédio;
 
05.08
O prefeito obteve a garantia da liberação de R$ 19,5 milhões do PAC Cidades Históricas para o projeto de revitalização do Mercado Público; Prefeitura, Ministério Público e Corpo de Bombeiros assinam o TAC que estabelece exigências e garante a reabertura do Mercado. O documento prevê que, após a conclusão de alguns pontos fundamentais para a prevenção de incêndios, o prédio estará apto a voltar a funcionar normalmente. Entre as exigências estão a implantação de alarme antifogo, placas sinalizadoras luminosas e treinamento de comerciantes para situações de risco. O prefeito em exercício Sebastião Melo visitou as obras de recuperação do Mercado, conversou com permissionários e vistoriou os serviços prestados pelas empresas contratadas.
 
07.08
Foi concluída a instalação da nova rede de energia elétrica. O prefeito e o vice acompanharam o momento em que a subestação foi religada e as luzes do corredor com face para a Avenida Borges de Medeiros foram acesas.
 
08.08
CEEE faz revisão de todas as bancas para reativar a energia. Fortunati afirma que a Prefeitura está tentando compatibilizar os cronogramas de projetos, contratação e execução das obras para que sejam concluídas rapidamente.
 
09.08
Após vistoria que confirma a adequação da estrutura às exigências de segurança para acesso do público, técnicos do Corpo de Bombeiros autorizaram a reabertura do Mercado Público. Inicialmente serão reabertos 73 estabelecimentos. Os oito restaurantes do andar superior e 29 lojas do quadrante voltado para a Júlio de Castilhos, com as estruturas afetadas pelo incêndio, permanecem fechados para as obras de recuperação. Prefeito anuncia a reabertura para terça-feira, 13 de agosto;
 
11.08
Na cerimônia de inauguração do Aeromóvel a presidente Dilma Rousseff reafirma o aporte de R$ 19,5 milhões para a recuperação do Mercado Público. 




Edição de: Manuel Petrik

MERCADO POPULAR DO CENTRO DE PORTO ALEGRE: VERDADES E MITOS


Caroline Zanini, Design de Moda, Centro Universitário Metodista IPA
Sabrina Borges, Design de Moda, Centro Universitário Metodista IPA
Orientador (a): Me. Maria Luisa Dios, Centro Universitário Metodista IPA

O varejo popular é um tema que desperta interesse tanto pelo crescimento da capacidade de consumo das classes de baixa renda quanto pela escassez de material atual sobre esse mercado. Analisando textos, em particular de escritores americanos, vemos que há julgamento de valor e certo preconceito nas análises, quando o varejo popular é relacionado a lojas sujas (Gardber e Siomkos, 1985), ao mau atendimento e a vendedores não prestativos (Berman e Evans, 1989).

É importante ressaltar o porquê das mudanças estruturais no modo de consumo das classes menos abastadas. O governo Lula lançou o Projeto de Aceleração do Crescimento, com iniciativas que aumentaram a possibilidade de consumo das classes denominadas de populares. A classe C (famílias que ganham entre dois e cinco salários mínimos) pela primeira vez na história do país se viu capaz de consumir bens básicos, dados retirados de pesquisa da Fundação Getúlio Vargas que aponta que o segmento detém 46% dos rendimentos de pessoa física contra os 44% das classes A e B. Não há como determinar exatamente a renda das classes menos favorecidas, pois a renda formal é complementada com a renda obtida de modo informal, como “bicos”, pensão alimentícia, e também através do compartilhamento de cartões de crédito de outros membros da família. 

A pesquisa de campo seguiu as técnicas chamadas “cliente oculto” e observação participante, que consiste na análise da loja sem que os observadores sejam notados como tais. Assim, se buscou conhecer o varejo popular como um próprio cliente do segmento, através da experimentação do espaço da loja e da análise das sensações que estas provocaram nos demais clientes. O presente trabalho foi feito uma pesquisa de campo em lojas do centro da cidade de Porto Alegre, na Avenida Voluntários da Pátria, e tambémno mercado de boutiques de classe média, na Rua Padre Chagas, para elucidar com mais clareza a diferença entre os dois segmentos.

Para correta análise dos fatores diferenciadores entre tais lojas, buscou-se realizar uma tabela respondendo aos itens: externos (fachada e vitrine), ambientais (música, iluminação, odor e conforto térmico), fatores de projeto

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