HERIVELTO MARTINS, 100 ANOS
O RIO DE HERIVELTO (2)
PRAÇA ONZE
J. Meirelles e Orquestra:
http://www.youtube.com/watch?v=neUAeGw88l8
Herivelto Martins
Vão acabar com a Praça Onze
(Praça Onze, primeira metade do século XX, antes do 'fim'.)
"Na parede da memória/ essa lembrança é o quadro de dói mais" (Belchior - "Como nossos pais")
PRAÇA ONZE
J. Meirelles e Orquestra:
http://www.youtube.com/watch?v=neUAeGw88l8
Herivelto Martins
Vão acabar com a Praça Onze
Não vai haver mais Escola de Samba, não vai
Chora o tamborim
Chora o morro inteiro
Favela, Salgueiro
Mangueira, Estação Primeira
Guardai os vossos pandeiros, guardai
Porque a Escola de Samba não sai
Chora o tamborim
Chora o morro inteiro
Favela, Salgueiro
Mangueira, Estação Primeira
Guardai os vossos pandeiros, guardai
Porque a Escola de Samba não sai
Adeus, minha Praça Onze, adeus
Já sabemos que vais desaparecer
Leva contigo a nossa recordação
Mas ficarás eternamente em nosso coração
E algum dia nova praça nós teremos
E o teu passado cantaremos
Já sabemos que vais desaparecer
Leva contigo a nossa recordação
Mas ficarás eternamente em nosso coração
E algum dia nova praça nós teremos
E o teu passado cantaremos
(Praça Onze, primeira metade do século XX, antes do 'fim'.)
"Na parede da memória/ essa lembrança é o quadro de dói mais" (Belchior - "Como nossos pais")
Vicente Moreira
Ainda "Ave Maria no Morro":
Ainda "Ave Maria no Morro":
No morro, "barracão é bangalô" ... sem dúvida uma verdade emblemática; fico a pensar em (apenas) um dos inúmeros significados e recursos interpretativos desta frase. Penso que, para moradores de rua (sujeito ao frio, ao calor, às doenças, ao desprezo e à violência), morar em um barraco do morro talvez seja uma melhoria das condições gerais de vida e, em particular, de habitação e alguma elevação da dignidade ... em que pese as condições de pobreza e de violência nas favelas.
Ante a felicidade mundana e e a vaidade dos arranha céus, essas verdadeiras Torres de Babel, o morro responde no fim do dia com uma prece à Ave Maria ... pertinho do céu sim, mas sem a heresia de querer se comparar a Deus e Sua obra.
Mas, vamos ao assunto heriveltiano de hoje: a Praça Onze, berço do samba do Rio de Janeiro, cujas transformações nelas operadas pelo poder público - "vão acabar" ... - para a abertura de novas vias urbanas, vieram a alterar, significativamente, seus traçado primitivo. Lamento e luto de todos os atores (individuais e coletivos) que, como filhos, dela beberam o alimento provedor e a fonte da vida e da alegria: sambistas e escolas de samba.
Só para ajudar o restabelecimento da combalida memória cultural brasileira - sobretudo a carnavalesca, nesses dias fevereiros e (pré)carnavalescos, "Praça Onze" foi vencedora. campeã, do concurso de músicas carnavalescas no Rio de Janeiro - então capital do Brasil. Este mais que justo prêmio aconteceu há exatos 72 anos (1942).
"Praça Onze" concorreu com nada menos que "Ai que saudade da Amélia", "Lero lero" e "Nega do cabelo Duro".
***************
De amanhã até sexta, postaremos o trabalho O Saara e a Praça Onze, no centro do Rio de Janeiro de autoria da Professora Paula Ribeiro (então doutoranda em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), apresentado ao XII Encontro Regional de História da Associação Nacional de Professores Universitários de História (Anphu), realizado no Rio de |Janeiro (Brasil), em 2006.
Ante a felicidade mundana e e a vaidade dos arranha céus, essas verdadeiras Torres de Babel, o morro responde no fim do dia com uma prece à Ave Maria ... pertinho do céu sim, mas sem a heresia de querer se comparar a Deus e Sua obra.
Mas, vamos ao assunto heriveltiano de hoje: a Praça Onze, berço do samba do Rio de Janeiro, cujas transformações nelas operadas pelo poder público - "vão acabar" ... - para a abertura de novas vias urbanas, vieram a alterar, significativamente, seus traçado primitivo. Lamento e luto de todos os atores (individuais e coletivos) que, como filhos, dela beberam o alimento provedor e a fonte da vida e da alegria: sambistas e escolas de samba.
Só para ajudar o restabelecimento da combalida memória cultural brasileira - sobretudo a carnavalesca, nesses dias fevereiros e (pré)carnavalescos, "Praça Onze" foi vencedora. campeã, do concurso de músicas carnavalescas no Rio de Janeiro - então capital do Brasil. Este mais que justo prêmio aconteceu há exatos 72 anos (1942).
"Praça Onze" concorreu com nada menos que "Ai que saudade da Amélia", "Lero lero" e "Nega do cabelo Duro".
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De amanhã até sexta, postaremos o trabalho O Saara e a Praça Onze, no centro do Rio de Janeiro de autoria da Professora Paula Ribeiro (então doutoranda em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), apresentado ao XII Encontro Regional de História da Associação Nacional de Professores Universitários de História (Anphu), realizado no Rio de |Janeiro (Brasil), em 2006.
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