Um Homem na Cidade |
Repertório |
Letra: José Carlos Ary dos Santos Música: José Luís Tinoco Agarro a madrugada como se fosse uma criança, uma roseira entrelaçada, uma videira de esperança. Tal qual o corpo da cidade que manhã cedo ensaia a dança de quem, por força da vontade, de trabalhar nunca se cansa. Vou pela rua desta lua que no meu Tejo acendo o cio, vou por Lisboa, maré nua que desagua no Rossio. Eu sou um homem na cidade que manhã cedo acorda e canta, e, por amar a liberdade, com a cidade se levanta. Vou pela estrada deslumbrada da lua cheia de Lisboa até que a lua apaixonada cresça na vela da canoa. Sou a gaivota que derrota todo o mau tempo no mar alto. Eu sou o homem que transporta a maré povo em sobressalto. E quando agarro a madrugada, colho a manhã como uma flor à beira mágoa desfolhada, um malmequer azul na cor. O malmequer da liberdade que bem me quer como ninguém, o malmequer desta cidade que me quer bem, que me quer bem. Nas minhas mãos a madrugada abriu a flor de Abril também, a flor sem medo perfumada com o aroma que o mar tem. Flor de Lisboa bem amada que mal me quis, que me quer bem **** Carlos do Carmo canta https://www.youtube.com/watch?v=v7x9LhCYJo4 |
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