AS CIDADES QUE TEMOS E AS CIDADES QUE QUEREMOS (3)
As cidades cuja população mais pobre enfrentou, presentemente, as dificuldades resultantes das greves de policiais militares e de motoristas de ônibus (trens, metrôs ...) deve ter comparado as feridas e dissabores que enfrentou numa e noutra greve.
Os policiais são responsáveis pela manutenção e gestão prática da segurança pública. Os motoristas profissionais de ônibus (metrôs, trens ...) são os esteios da mobilidade urbana com peso de alguma forma maior que os motoristas chamados amadores (veículos particulares). Quando os primeiros cruzam os braços, a cidade e sua população ficam entregues a situações de insegurança maiores e mais graves que as habituais, cotidianas. Mas, ainda que não existam policiais e viaturas nas praças, ruas e esquinas, nenhum morador/trabalhador pode alegar que, por falta de policiais e viaturas, não saiu de casa para o cumprimento de seus deveres, responsabilidades e compromissos. Os ônibus (trens, metrôs ...) estavam aí ... circulando com as deficiências de sempre e de todos os dias ... mas estavam aí ... nos pontos, pistas e terminais.os citados
Porém, quando motoristas não comparecem às garagens para retirrar os veículos coletivos, dirigir e servir à população, esta sofre, tragicamente, a ausência desses serviços. E não podem seuqre sair às ruas para se expor à maior ou à ,menor segurança que lá existe.
Motoristas não são mais importantes, para as cidadãos que policiais, porém nas cidades que queremos, estamos sempre a aguardar que governos e patrões negociem, discutam questões salariais e de condições de trabalho antes da instalação do caos. De um caos que, por mais que vitime toda a população de uma cidade, fere profundamente os mais pobres, os trabalhadores.
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