domingo, 13 de maio de 2012

AS CIDADES QUE TEMOS E AS CIDADES QUE QUEREMOS (1)

AS CIDADES QUE TEMOS 
E AS CIDADES QUE QUEREMOS  (1)


O sujeito lírico de uma letra de MPB de décadas atrás dizia querer uma floresta no lugar da cidade. Claro que ali já se desenhavam preocupações iniciais com o ambiente. Mas, a rigor, uma floresta substituiria e até cobriria cidades inteiras no caso trágico de o ser humano ter desaparecido, depois de várias décadas do planeta Terra. Sem podas e sem cuidados, árvores e vegetações se agigantariam a ponto de 'sepultar' prédios, pontes e calçadas.

De todo o modo, desde então e desde sempre, sentimo-nos alertados para a necessidade de mais verde para as ruas e praças das nossas  cidades.

Mas isto não autoriza que gestores públicos plantem árvores, flores e arbustos sempre os mesmos, da mesma espécie, e em qualquer lugar da cidade, desordenadamente. Observamos que os poderes públicos de algumas cidades plantam, de modo monótono, as mesmas árvores ... sem observar critérios de biodiversidade. Plantam  aquelas que crescem depressa, favorecendo suas pretensões eleitoreiras.

Há cidades arborizadas, com maior ou menor volume. com maior ou menor racionalidade, que concentram o verde apenas na zona central e nos bairros ricos e elegantes. Enquanto isso, os bairros populares estão desprovidos de árvores nas vias públicas  O pouco verde existente nesses bairros se deve a ações individuais limitadas aos jardins e janelas das casas.

Queremos cidades contempladas pela biodiversidade em que o verde não seja privilégio de ruas e praças centrais ou de bairros nobres. Que moradores de  bairros populares também possam ser beneficiados com o verde.

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