domingo, 3 de janeiro de 2016

A FLOR É TERNA, MAS NÃO É ETERNA

A FLOR  É TERNA,  MAS NÃO É  ETERNA

Somente depois de três meses de observação é que hoje me concedi tempo para mirar e admirar de perto e quase  tocar duas flores vermelhas que surgiram no jardim. E ao longo desses noventa dias ambas não se haviam deixado levar pela corrupção   (no sentido clássico e matricial do termo corrupção) da vida e  do tempo sobre seu cálice, corola, androceu e gineceu.

Aprendi que a flor assim se divide (cálice, corola, androceu e gineceu) no meu curso Primário ,,, sabe quando fiz tal curso? Numa época em que  - pasmem !!!- já existiam, há alguns anos, flores no planeta Terra. Não sei se a Botânica dos dias de hoje  ainda divide ser tão belo assim. Não sei também o nome (mesmo comum) dessas instigantes,  intrigantes e resistentes flores. Eu mal distingo uma rosa de uma margarida.

A minha aproximação da tal flor me fez constatar duas coisas: 1) as flores são feitas de plástico; 2) alguém, algum(a) vizinho(a) enfiou a planta sobre a grama. Quem terá sido o(a) Falsiane?
Se eu identificar o autor dessa façanha vou chamá-lo  de kitsch, campeão do mau gosto ... e xingamentos impublicáveis ... tudo isso protegido pela covardia, pela cassação do direito de resposta e pela impunidade do falar/xingar  com meus próprios botões.

Quem fez isso, por que o  fez (?). Ele(a) me responderia: "Fi-lo porque qui-lo",  repetindo uma frase/resposta atribuída a Jânio Quadros - não sei se com autoria devidamente comprovada.

Talvez quem "plantou" as duas flores de plástico seja uma pessoa com sede e fome de eternidade.
Bem. Nem as flores de plásticos são eternas. Se nelas está presente o mesmo plástico dos copos (de plásticos) antes de se desintegrarem no meio ambiente  durarão mais 50 anos; se a fabricação usou plástico de garrafas (plásticas) uns 400 anos ... um  'let me try again' do Brasil.

No(a)  "floricultor(a)" e em mim só não cabe mais ingenuidade por falta de espaço.


Nenhum comentário:

Postar um comentário