sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

RIO 450 ANOS EM MARÇO (1) - TEMPOS IMPERIAIS

02/01/2015 05h53 - Atualizado em 02/01/2015 05h54


No aniversário de 450 anos do Rio,

 reviva a cidade nos tempos do Império

Ilha Fiscal, Quinta da Boa Vista e Paço Imperial são alguns dos destinos.
Galeria de imagens mostra a beleza dos monumentos do período real.

Cristiane Cardoso
Do G1 Rio
D. João VI criou o Jardim Botânico, então chamado de Jardim da Aclimação, em 1808 (Foto: Alexandre Macieira / Riotur)D. João VI criou o Jardim Botânico, então chamado de Jardim da Aclimação, em 1808 (Foto: Alexandre Macieira / Riotur)

Rio de Janeiro, que completa 450 anos em primeiro de março de 2015, era uma pequena cidade quando Dom João VI desembarcou com sua corte, em 7 de março de 1808, para a tornar capital do Império Português. Para celebrar o aniversário da capital fluminense, o G1 traçou um roteiro histórico que percorre os caminhos de D. João VI, D. Pedro I, D. Pedro II e outras personalidades da época.
Locais como a Quinta da Boa Vista, o Museu Nacional de Belas Artes, o Jardim Botânico, a Ilha Fiscal e o Paço Imperial foram cenários de acontecimentos que marcaram a história do Brasil. E após mais de 100 anos da instauração da República, a cidade ainda oferece uma série de lugares onde o visitante pode reviver os tempos imperiais.
O parque da Quinta da Boa Vista, localizado em São Cristóvão, é a antiga residência da realeza.  (Foto: G1/Alexandre Durão)
O parque da Quinta da Boa Vista, localizado em
São Cristóvão, é a antiga residência da realeza
(Foto: G1/Alexandre Durão)

Quinta da Boa Vista


O cartão postal do bairro de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, é a antiga residência da realeza e de imperadores do Brasil, de 1822 a 1889, quando foi proclamada a República. O parque projetado pelo paisagista francês Auguste Glaziou tem área de 155 mil m² e hoje abriga o Museu Nacional. Os jardins se tornaram um dos destinos mais procurados nos dias de sol para piqueniques e passeios em família. No lago, pedalinhos e caiaques são opções de passeios. As cavernas do local também atraem frequentadores.
Endereço: Avenida Pedro II - s/n, São Cristóvão.

Telefone: (21) 2234-1181.
Horário de Funcionamento: Todos os dias: de 07h às 18h.
Entrada: Gratuita.

Criado por D. João VI, em 1818, o Museu Nacional é situado no palácio onde vivia a Família Imperial do Brasil. (Foto: G1/Alexandre Durão)
Criado por D. João VI, em 1818, o Museu Nacional
é situado no palácio onde vivia a Família Imperial
do Brasil (Foto: G1/Alexandre Durão)

Museu Nacional


O Museu Nacional, que pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi criado por D. João VI em 1818. Fica situado no palácio onde vivia a Família Imperial do Brasil, na Quinta da Boa Vista.
É a instituição cientifica mais antiga do país e uma das principais de história natural e antropológica da América Latina. A antiga residência real, onde nasceu D. Pedro II, expõe uma coleção de peças da época do descobrimento do Brasil, em 1500, até a Proclamação da República, em 1889. Entre elas, o Canhão do Meio Dia, de 1858, usado por D. Pedro I e Theresa Christina Maria, e o Relógio do Sol. No museu, é possível conhecer também a sala particular do casal na época, a Sala do Trono e peças utilizadas por D. Pedro II e Theresa Christina em suas pesquisas, como uma múmia que ficava no escritório do imperador.
Endereço: Quinta da Boa Vista - São Cristóvão.

Horário de Funcionamento: De 3ªfeira a domingo das 10h às 17h (incluindo feriados); 2ª feira das 12 às 17 horas.
Telefone: (21) 3938-6900.

O Paço Imperial foi a primeira residência da Família Imperial do Brasil, de 1808 a 1822. (Foto: G1/Alexandre Durão)
O Paço Imperial foi a primeira residência da Família
Imperial do Brasil, de 1808 a 1822
(Foto: G1/Alexandre Durão)

Paço Imperial


O Paço Imperial – chamado na época do Império de Paço Real – foi a primeira residência da Família Imperial do Brasil, entre 1808 a 1822. Os cômodos voltados para o mar e para a praça constituíam a parte nobre do prédio, como a Sala do Trono, onde aconteciam as audiências reais. Na parte da frente e no centro da fachada voltada para a praça, alojavam-se os membros da Família Real. O Paço Imperial foi palco de grandes acontecimentos, como o Dia do Fico, em 9 de janeiro de 1822, a coroação de D. João VI, em 1818, e a chegada de D. Leopoldina para o casamento com D. Pedro, em 1817. Segundo historiadores, apesar das reformas, o palácio ainda era considerado desconfortável para a Família Real, que se transferiu para a Quinta da Boa Vista, em 1822. Em 1985, o Paço Imperial transformou-se em um centro cultural e hoje tem exposições, peças teatrais, concertos, seminários e conferências.
Endereço: Praça XV de Novembro, 48 – Centro.

Telefone: (21) 2215-3622.
Horário de Funcionamento: de terça a domingo, de 12h às 18h.
Entrada: Gratuita.

A Capela do Senhor dos Passos - ou Capela Imperial - foi cenário das cerimônicas de sagração dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II. (Foto: G1/Alexandre Durão)
A Capela do Senhor dos Passos - ou Capela
Imperial - foi cenário das cerimônicas de sagração
dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II
(Foto: G1/Alexandre Durão)

Igreja da Ordem Terceira do Carmo (Antiga Sé)


As cerimônias pela chegada da Família Real ao Brasil foram realizadas na Sé, que era, então, a Igreja do Rosário. Pouco depois, D. João determinou que a Igreja do Carmo, situada mais perto do Paço, fosse elevada à Capela Real. Esta mudança também foi motivada pela beleza da Igreja do Carmo, que em 1785 teve seu interior decorado pelo entalhador Inácio Ferreira Pinto. A Capela Imperial sediou as cerimônias de sagração dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II. No local, também foi realizado o casamento da Princesa Isabel com Louis Phillippe Gaston d’ Orléans, em 1864.
Endereço: Rua do Carmo, 46 / Rua Primeiro de Março, s/nº – Centro

Telefone: (21) 2242-7766 / 2242-4828.

Horário de Funcionamento: De seg a sex 08h às 16h. Sáb: 08h às 11h.
Missas regulares de segundaa a sexta-feira às 08h, e aos domingos às 11h.
Entrada: Gratuita.

O Real Gabinete Português de Leitura reúne o mais valioso acervo de autores lusitanos fora de Portugal. São cerca de 400 mil títulos, dentre eles as obras raras: a edição de "princeps de "Os Lusíadas", de 1572. (Foto: G1/Alexandre Durão)
O Real Gabinete Português de Leitura reúne o mais
valioso acervo de autores lusitanos fora de Portugal
(Foto: G1/Alexandre Durão)

Real Gabinete Português de Leitura


O Real Gabinete Português de Leitura reúne o mais valioso acervo de autores lusitanos fora de Portugal. São cerca de 400 mil títulos. Dentre eles, as obras raras: a primeira edição de "Os Lusíadas", de 1572, e "Ordenações de D. Manuel", por Jacob Cromberger, editada em 1521.  O Real Gabinete foi criado em 14 de maio de 1837, quando na casa do advogado português Antônio José Coelho Louzada, portugueses residentes no Brasil se reuniram com o objetivo de valorizar e divulgar a cultura portuguesa.
Endereço: Luís de Camões, 30 – Centro.

Telefone: (21) 2221-3138.
Horário de Funcionamento: De seg a sex de 9h à 18h.
Entrada: Gratuita.

O museu tem em seu acervo um conjunto de obras de arte trazido por D. João VI de Portugal, em 1808. (Foto: G1/Alexandre Durão)
O museu tem em seu acervo um conjunto de obras
de arte trazido por D. João VI de Portugal, em 1808
(Foto: G1/Alexandre Durão)

Museu Nacional de Belas Artes


Criado oficialmente em 1937, o museu tem em seu acervo peças da coleção pessoal de Dom João VI, trazidas por ele em 1808. Entre as telas do século XIX que se destacam estão o Retrato de Dom João VI (1817) de Debret; Batalha dos Guararapes (1875/1879) e a Primeira Missa no Brasil (1860) de Victor Meirelles. No Museu, também é possível apreciar a Batalha do Avaí (1877/1879) de Pedro Américo (1843 - 1905); Caipiras Negaceando (1888) de Almeida Júnior (1850 - 1899). Com uma coleção de cerca de 15 mil peças, o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) apresenta-se como o principal museu de arte brasileira no que diz respeito à produção do século 19.
Endereço: Av. Rio Branco, 199 - Centro (Cinelândia).

Telefone: (21) 2219-8474.
Horário de Funcionamento: Ter a sex de 10h às 18h; sáb, dom e feriados de 12h às 17h.
Ingressos: R$ 8,00 e meia: R$ 4,00. Grátis aos domingos. Venda de ingressos e entrada de visitantes até 30 min antes do fechamento do museu.

Em 1808, a Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro ganhou destaque na história do Brasil e do Rio de Janeiro com a chegada da corte portuguesa. (Foto: G1/Alexandre Durão)
Em 1808, a Igreja Nossa Senhora da Glória do
Outeiro ganhou destaque na história do Brasil e do
Rio de Janeiro com a chegada da corte portuguesa
(Foto: G1/Alexandre Durão)

Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro


Em 1808, a Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro ganhou destaque na história do Brasil e do Rio de Janeiro com a chegada da corte portuguesa. A família real tinha especial predileção por ela, segundo historiadores. Localizada no topo do Outeiro da Glória, foi cenário da cerimônia de batizado da princesa Maria da Glória, em 1819, que foi trazida por seu avô D. João VI. A partir de então, todos os membros da família Bragança, nascidos no Brasil, são consagrados na Igreja. Em 27 de dezembro de 1849, D. Pedro II outorgou o título de "Imperial" à Irmandade.
Endereço: Praça Nossa Senhora da Glória, 135/204 Glória

Telefones: (21) 2225-2869 e (21) 2557-4600.
Horário de Funcionamento: Todos os dias de 8h às 12h e de 13h às 17h.
Entrada: Gratuita.
Missas: Domingos às 9h e às 11h (missa da Irmandade). Aulas de crisma, domingos às 9h. Missa Tridentina com padre João Jefferson todo 1º sábado do mês, às 9h.

A Ilha Fiscal ficou famosa por ser o cenário daquele que ficou conhecido como “O último Baile do Império”. (Foto: G1/Alexandre Durão)
A Ilha Fiscal ficou famosa por ser o cenário daquele
que ficou conhecido como “O último Baile do
Império” (Foto: G1/Alexandre Durão)

Ilha Fiscal


A Ilha Fiscal ficou famosa por ser o cenário daquele que ficou conhecido como “O último Baile do Império”, realizado alguns dias antes da Proclamação da República. Décadas se passaram e o castelo, que testemunhou diversos fatos históricos, é hoje uma das principais atrações turísticas do Rio de Janeiro. No local, há três exposições permanentes, uma delas com a história da ilha e sua importância no século 19. O acesso à Ilha Fiscal normalmente é feito por escuna. Quando a escuna está em manutenção ou em caso de mau tempo, o acesso é feito por micro-ônibus.
Endereço: Espaço Cultural da Marinha - Av. Alfredo Agache s/n, próximo à Praça XV, Centro, RJ.

Telefone: (21) 2532-5992 / 2233-9165.
Visitação somente aos Sábados e domingos - Horários: 12h30, 14h e 15h30. A visitação etm duração de 2 horas incluindo o deslocamento.
O acesso se dá por meio de ônibus que saem do Museu Naval para a Ilha Fiscal.

Ingressos: Os ingressos serão vendidos no Museu Naval, local do embarque, localizado à rua Dom Manuel nº 15, Praça XV, RJ, ao lado do prédio anexo da ALERJ, somente no dia da visitação, no período das 11h às 15h25.

Valor dos ingressos: inteira R$ 20; meia-entrada para estudantes, militares e dependentes, maiores de 60 anos, menores de 12 anos, professores e portadores de necessidades especiais: R$ 10. São isentos de pagamento: crianças de até 2 anos e guias de turismo no exercício da atividade.

* Não haverá visitação nos dias: 01 de janeiro (Confraternização Universal), Carnaval, Sexta-feira da Paixão, Finados,  24 e 25 de dezembro (natal) e 31 de dezembro (ano novo).

D. João VI criou o Jardim Botânico em 13 de junho de 1808, chamado na época por ele de Jardim de Aclimação, com o objetivo de aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais.  (Foto: G1/Alexandre Durão)
D. João VI criou o Jardim Botânico em 13 de junho
de 1808, chamado na época por ele de Jardim de
Aclimação, com o objetivo de aclimatar as
especiarias vindas das Índias Orientais
(Foto: G1/Alexandre Durão)

Jardim Botânico


D. João VI criou o Jardim Botânico em 13 de junho de 1808, chamado na época por ele de Jardim de Aclimação, com o objetivo de aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais. Encantado com a natureza do lugar, D. João instalou o Jardim, que em outubro do mesmo ano passou a ser Real Horto. As primeiras plantas que chegaram ao Jardim Botânico vieram das Ilhas Maurício, oferecidas por Luiz de Abreu Vieira e Silva. O local, que recebeu diversos nomes até ser chamado de Jardim Botânico, é aberto ao público desde 1822.
Endereço de acessos ao Jardim Botânico: Rua Jardim Botânico, 1008 (bicicletário e estacionamento exclusivo); Rua Jardim Botânico, 920 (bicicletário); Rua Pacheco Leão, 100 (somente pedestres).
* O Jardim Botânico possui convênio com o Jockey Club, que disponibiliza um total de 400 vagas em seus dois estacionamentos: Rua Jardim Botânico 1003 e Praça Santos Dumont, 31 (em frente à praça).


Telefone: (21) 3874-1808 /(21) 3874-1214 / 2103- 4076.
Entrada: R$ 7,00 - Individual (adulto). Gratuidade para crianças até 7 anos e adultos a partir de 60 anos, residentes no Brasil ou em outros países que fazem parte do Mercosul.
*Museu do Ambiente: de terça a domingo, das 9h às 17h; entrada gratuita. Informações: 2294-6619. Acesso pela Rua Jardim Botânico, 1008.

Após de anos de desmatamento, área começou a ser reflorestada no século XIX, a mando de D. Pedro II, em 1861.  (Foto: G1/Alexandre Durão)
Após de anos de desmatamento, área começou a
ser reflorestada no século XIX, a mando de D. Pedro
II, em 1861 (Foto: G1/Alexandre Durão)

Floresta da Tijuca


Após anos de extração de madeira e de plantações, principalmente de café, a mando de D. Pedro II, a Floresta da Tijuca começou a ser naturalmente reflorestada em 1861, após um processo de desapropriação no século 19. Localizada no Parque Nacional da Tijuca, o local é rico em fontes, fauna e flora. Entre os principais pontos turísticos da Floresta da Tijuca estão a Cascatinha Taunay, a mais alta e mais conhecida cascata do parque, e a Capela Mayrink, construída em 1850 com o nome de Nossa Senhora do Belém.
Endereço: Estrada da Cascatinha, nº 850 - Alto da Boa Vista.

Telefone: (21) 2492-2252 e 2492-2253.
Funcionamento: todos os dias, de 8h às 17h (até 18h no horário de verão).
Entrada: Gratuita.

No acervo "imperial" da Biblioteca Nacional, as cartas de Dom Pedro II para a Condessa de Barral. (Foto: G1/Alexandre Durão)
No acervo "imperial" da Biblioteca Nacional, as
cartas de Dom Pedro II para a Condessa de Barral
 (Foto: G1/Alexandre Durão)

Biblioteca Nacional


Fundada em 1905, antes da sua inauguração no prédio que existe hoje no Centro do Rio, a Biblioteca Nacional teve o seu acervo formado após um incêndio na Real Biblioteca, em Lisboa, em 1755. A partir deste momento, iniciou-se um movimento para a sua recuperação, com isso, o acervo foi trazido ao Brasil em três etapas: a primeira em 1810 e as seguintes em 1811. Do período imperial, é possível encontrar na Biblioteca Nacional, entre outras relíquias, cartas de Dom Pedro II para a Condessa de Barral. Também é possível ver retratos de Dom Pedro II e da esposa Theresa Christina, de 1888. Imagens do Rio da época imperial, que foram registradas no álbum “O Brasil Pitoresco e Monumental”, publicado por E.Rensburg, em 1856, também podem ser encontradas.

Endereço: Avenida Rio Branco, 219 - Centro

Telefone: (21) 3095-3879 / 2220-9484
Horário de Funcionamento: seg a sex de 9h as 20h. Sab de 9h as 15h.
Visita orientada: gratuito. De segunda a sexta-feira, de 10h às 17h, a cada uma hora. Reservas: (21) 2220-9484.


Museu do Primeiro Reinado, localizado na Av. Dom Pedro II, 293, em São Cristovão, Zona Norte do Rio, também é um dos pontos turísticos do "Rio Imperial". Ele foi construído em 1826, por ordem do Imperador D. Pedro I para Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, que ali residiu por dois anos. Em outubro de 2012, o museu encontrava-se fechado para obras.
Endereço: Avenida Dom Pedro II, 293 - São Cristóvão

Telefone: (21) 2332-4513.
Horário de Funcionamento: De ter a sex, de 11h as 17h.
Entrada: Gratuita. * O Museu encontra-se fechado para obras.

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