quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

GENTILEZA URBANA ... ANTIPALMATÓRIA DO TRÂNSITO

GENTILEZA URBANA ... ANTIPALMATÓRIA DO TRÂNSITO



Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

(...)

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

(...)



Arre, estou farto de semideuses!

Onde é que há gente no mundo?

(...)

(Fernando Pessoa/ Álvaro de Campos - 'Poema em linha reta')



No Brasil, costuma-se denominar, criticamente, alguém que tudo critica e tudo quer resolver a seu modo como 'palmatória do mundo'.

Se levarmos esse hábito para o dia-adia nervoso do trânsito principalmente das grandes cidades, poderíamos dizer que há motoristas que agem como se fossem 'palmatórias do trânsito'. Criticam e condenam, não raras vezes aos gritos, a motoristas (mulheres ou homens) que cometem - a seu ver erros ou fazem - na sua opinião - bobagens ... ou dirigem muito devagar quando à sua frente não há veículos ou transeuntes.

A gentileza urbana, nesse caso, seria ter toda a compreensão e paciência do mundo com aqueles que julgamos não dirigir tão bem quanto nós; não correm tanto (e com a 'máxima segurança'), que não e tão perfeito quanto nos outros.

A gentileza urbana, nesse caso, é ser a antipalmatória do trânsito. Mas é difícil encontrar motorista que nunca tenha errado ou cometido bobagens no trânsito.

Arre, estou farto de semideuses no trânsito:




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