ARISTÓFANES, O VENCEDOR DO SIMPÓSIO SOBRE O AMOR
O Simpósio ou O Banquete escrito por Platão no ano 380 antes de Cristo é uma espécie de crônica sobre um evento festivo, vinhos e comidas com fatura, em que parte da intelligentsia de então se reuniu para discutir sobre o amor, em caráter competitivo. Presentes, dentre outros, o poeta Agatão, anfitrião, Pausânias, Fedro, o médico Eriximaco, Sócrates, o comediógrafo Aristófanes e a sacerdotisa Diotima.
Entre canecas de vinho e bocados de comida levados à boca discutiram, debateram sobre o amor. Aristófanes foi o autor da tese vencedora que assim resumimos:
Um ser não apenas divino mas também perfeito. De tão perfeito e auto suficiente, reunia num só corpo, no seu próprio corpo, os atributos genitais masculinos e femininos. Resolveu gerar uma criatura à sua imagem e semelhança que, evidentemente, apresentava genitálias masculinas e femininas. A criatura empoderou-se a tal ponto que começou a despertar o ciúme e, logo, a ira do seu criador.
Impiedoso, o ser divino cortou a criatura ao meio e separou as duas genitálias até então indivisível no corpo de seu descendente. Separou e distanciou cada uma das partes em lugares remotos e inacessíveis a ponto de uma delas jamais poder encontrar a outra. Cada um dos segmentos, dominado pelo desespero e pela profunda falta do outro, passou a manter relações sexuais com o solo ... porém jamais voltariam a se encontrar, a se reunir num só corpo;
O amor seria essa impossibilidade de cada um de nós encontrar a outra parte perdida para sempre, a cara metade. Ninguém completa ninguém; há sempre algo que falta no(a) outro(a). Por mais perfeito ou outro do nosso amor, um defeito não mais o torna tão perfeito assim. Fulano é um marido perfeito, mas ...
Finalizaríamos com Djavan ("Faltando um pedaço"): "No coração de quem ama fica faltando um pedaço!
E Caetano Veloso ("O Quereres"):
"Onde queres revólver sou coqueiro
Onde queres dinheiro sou paixão
(...)
E onde pisas no chão, minha alma salta
(...)
E onde queres romântico, burguês
(...)
Onde queres Leblon sou Pernambuco
(...)
E onde queres cowboy, eu sou chinês ...
O Simpósio ou O Banquete escrito por Platão no ano 380 antes de Cristo é uma espécie de crônica sobre um evento festivo, vinhos e comidas com fatura, em que parte da intelligentsia de então se reuniu para discutir sobre o amor, em caráter competitivo. Presentes, dentre outros, o poeta Agatão, anfitrião, Pausânias, Fedro, o médico Eriximaco, Sócrates, o comediógrafo Aristófanes e a sacerdotisa Diotima.
Entre canecas de vinho e bocados de comida levados à boca discutiram, debateram sobre o amor. Aristófanes foi o autor da tese vencedora que assim resumimos:
Um ser não apenas divino mas também perfeito. De tão perfeito e auto suficiente, reunia num só corpo, no seu próprio corpo, os atributos genitais masculinos e femininos. Resolveu gerar uma criatura à sua imagem e semelhança que, evidentemente, apresentava genitálias masculinas e femininas. A criatura empoderou-se a tal ponto que começou a despertar o ciúme e, logo, a ira do seu criador.
Impiedoso, o ser divino cortou a criatura ao meio e separou as duas genitálias até então indivisível no corpo de seu descendente. Separou e distanciou cada uma das partes em lugares remotos e inacessíveis a ponto de uma delas jamais poder encontrar a outra. Cada um dos segmentos, dominado pelo desespero e pela profunda falta do outro, passou a manter relações sexuais com o solo ... porém jamais voltariam a se encontrar, a se reunir num só corpo;
O amor seria essa impossibilidade de cada um de nós encontrar a outra parte perdida para sempre, a cara metade. Ninguém completa ninguém; há sempre algo que falta no(a) outro(a). Por mais perfeito ou outro do nosso amor, um defeito não mais o torna tão perfeito assim. Fulano é um marido perfeito, mas ...
Finalizaríamos com Djavan ("Faltando um pedaço"): "No coração de quem ama fica faltando um pedaço!
E Caetano Veloso ("O Quereres"):
"Onde queres revólver sou coqueiro
Onde queres dinheiro sou paixão
(...)
E onde pisas no chão, minha alma salta
(...)
E onde queres romântico, burguês
(...)
Onde queres Leblon sou Pernambuco
(...)
E onde queres cowboy, eu sou chinês ...
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