MUNDO VASTO MUNDO
CASCAVEL - PARANÁ - BRASIL
TUDO COMEÇOU EM 1694 ...
Em 25 de fevereiro de 1694,
DOMINGOS PAES BOTÃO e seu cunhado, JOÃO DA FONSECA FERREIRA, adquiriram uma
DATA DE SESMARIA que denominaram SÍTIO CASCAVEL. A data de sesmaria era um
pedaço de terra, às vezes de grande extensão, que o cidadão requeria ao Governo
para plantar e criar. Botão e Ferreira habitavam o médio Jaguaribe, e
perseguido pelos índios resolveram mudar-se para o litoral, onde não havia
conflito entre os habitantes nativos (índios) e o colonizador português.
Foram estes dois homens -
Domingos Paes Botão e João da Fonseca Ferreira, acompanhados de pequeno grupo
de outros bravos pioneiros, os responsáveis pela primeira e real investida de
colonização portuguesa das terras cascavelenses, por assentamento.
É verdade que outros
aventureiros já haviam andado por aqui, mas não fizeram morada. Passaram
realizando apenas o reconhecimento das terras, procurando saber se tinham boas
condições de aproveitamento, se serviam para plantar e criar. Estes
exploradores não se instalaram com suas famílias.
Com Domingos Paes Botão e
João da Fonseca Ferreira, porém, foi diferente. Eles aqui fixaram residência e
permaneceram por algum tempo, até que transferiram suas terras para os parentes
MANOEL RODRIGUES DA COSTA e sua mulher, FRANCISCA FERREIRA PESSOA, irmã de João
da Fonseca Ferreira, construtores, em 1710, da Capela de Nossa Senhora do Ó.
Assim foi iniciada a
colonização das terras de Cascavel. Mas, por que este nome? Por que CASCAVEL?
Certamente você vai gostar
de saber como e por que os primeiros colonizadores puseram este nome, não? Logo
o nome de uma cobra venenosa!
Por esta razão quiseram substituí-lo! Primeiro insistiram em São Bento, o santo protetor contra as picadas do perigoso ofídio. Não deu certo e, a não ser popularmente, jamais teve esta denominação, embora sua feira semanal, por alguns, ainda seja chamada de Feira de São Bento.
Por esta razão quiseram substituí-lo! Primeiro insistiram em São Bento, o santo protetor contra as picadas do perigoso ofídio. Não deu certo e, a não ser popularmente, jamais teve esta denominação, embora sua feira semanal, por alguns, ainda seja chamada de Feira de São Bento.
Também propuseram a mudança
para Visconde do Rio Branco, Paranaguaçu e Piranji.
Como topônimo, isto é, como
nome de lugar, Cascavel surgiu, oficialmente, pela primeira vez no Ceará, na
sesmaria do citado Domingos Paes Botão e seu cunhado, João da Fonseca Ferreira.
Segundo seus mais antigos e
idosos moradores, o nome teria surgido de viajantes e comboieiros, em suas
travessias do Porto do Aracati para Fortaleza, ou vice-versa, que se
arranchavam sob a copa de frondosos cajueiros existentes no meio da caminhada.
Foi nesse local, antes mesmo da chegada de Domingos Paes Botão e João da
Fonseca Ferreira, que algumas pessoas teriam encontrado um ninho de cobras
cascavéis, ficando como ponto de referência para encontros, com a expressão
"LÁ NA PARAGEM DA CASCAVEL" ou "LÁ NO NINHO DA CASCAVEL".
Este fato teria levado os fundadores a adotar o nome de Sítio Cascavel para as
suas terras.
Há quem afirme, porém, que
o nome teria surgido por causa de uma cascavel que dava entrada à sesmaria de
Manuel Rodrigues Bulhões e que seria ponto de encontro de comboieiros (hipótese
mais provável). A cascavel é uma porteira de sítio, formada por dois mourões
(estaca de madeira) perfurados, fincados no chão, distantes três ou quatro
metros um do outro, com paus na horizontal, atravessando os furos dos dois
lados, fechando a passagem
.
Evolução Política
Quase Século e meio
decorrido sem que se alterasse o primitivo conceito de povoado, surgiu a
Resolução do Conselho de Província, instrumento segundo o qual se deu sua
elevação à categoria de Distrito (06/05/1833), constando sua instalação de 17
de outubro do mesmo ano. Sua elevação à categoria de Município ocorreu segundo
Lei n° 2.039, de 2 de novembro de 1883.
O município de Cascavel
localiza-se no litoral leste do Estado do Ceará, na Região Metropolitana de
Fortaleza (desde 2009), constituída por 15 municípios.
Regionalização
Região Administrativa: 9
Microrregião de Planejamento: Litoral Leste/Jaguaribe
Mesorregião: Norte Cearense
Microrregião: Cascavel
Área - Cascavel ocupa uma extensão territorial de 837,421 km² (IBGE).
Posição geográfica
Latitude: 4° 07' 59" sul. São 459,3 km para o equador terrestre.
Longitude: 38° 14' 31" oeste.
Altitude
33,70m (nível do mar).
Ponto culminante: Serra do Brito – 246m.
Região Administrativa: 9
Microrregião de Planejamento: Litoral Leste/Jaguaribe
Mesorregião: Norte Cearense
Microrregião: Cascavel
Área - Cascavel ocupa uma extensão territorial de 837,421 km² (IBGE).
Posição geográfica
Latitude: 4° 07' 59" sul. São 459,3 km para o equador terrestre.
Longitude: 38° 14' 31" oeste.
Altitude
33,70m (nível do mar).
Ponto culminante: Serra do Brito – 246m.
Limites
Ao norte: Oceano Atlântico, Pindoretama e Aquiraz;
Ao sul: Beberibe e Ocara;
A leste: Beberibe;
A oeste: Pacajus, Horizonte e Chorozinho.
Ao norte: Oceano Atlântico, Pindoretama e Aquiraz;
Ao sul: Beberibe e Ocara;
A leste: Beberibe;
A oeste: Pacajus, Horizonte e Chorozinho.
Distância da capital: 60 km
pela CE-040 e 50 km em linha reta.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH – 2000): 0,673.
Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM – 2008): 34,94.
PIB per capta: R$ 5.537,00 (IBGE/IPECE 2008).
PIB anual: R$ 370.996.000,00(IBGE/IPECE 2008).
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH – 2000): 0,673.
Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM – 2008): 34,94.
PIB per capta: R$ 5.537,00 (IBGE/IPECE 2008).
PIB anual: R$ 370.996.000,00(IBGE/IPECE 2008).
População
De acordo com o senso
demográfico de 2010 (IBGE), a população do município é de 66.142 habitantes,
com uma densidade demográfica de 79 hab/km². Com situação domiciliar urbana
56.157 habitantes (84,90%), e rural 9.985 (15,10%). Sendo 32.887 habitantes homens
(49,72%) e 33.255 mulheres (50,28%). Taxa de crescimento populacional
2000-2010: 1,48%. É o 19º município cearense mais populoso.
Gentílico: cascavelense
Eleitores
No município de Cascavel
estão cadastrados 51.476 eleitores distribuídos em 165 seções eleitorais
(TRE/CE, 2012).
Distritos
Quando o Município de
Cascavel foi criado, em 1833, era constituído por quatro distritos: Cascavel,
Lucas (hoje Beberibe), Sucatinga e Pedro de Sousa. Depois foram criados outros
distritos: Pitombeiras (1876), Guanacés (1890), Baixinha, depois Pindoretama
(1894) e Jacarecoara (1910).
De lá para cá sofreu várias
alterações. Atualmente, tem a seguinte composição: Cascavel (sede), Cristais,
Guanacés, Jacarecoara, Caponga e Pitombeiras.
CRISTAIS
Localiza-se no extremo sul
do município, a 78 km da sede e à margem esquerda do rio Pirangi. É cortado
pela BR-116. Por abundância de minerais (cristais) que afloram no solo, os
moradores batizaram o lugar com esse nome. É o mais jovem distrito de Cascavel.
Foi desmembrado do distrito de Pitombeiras em 20 de maio de 1993.
GUANACÉS
Localizado a oeste do
município, a 11 km da sede, foi criado em 20 de outubro de 1890. O lugar
Bananeiras, em 1943, recebeu novo nome em homenagem aos índios Anacés, Guanacé
e Wanacé que habitaram o vale do rio Choró e o litoral cearense. Por duas
vezes, em 1963 e 2009, a população mobilizou-se, sem sucesso, no processo de
autonomia municipal. A CE-253 corta a sede do distrito. A indústria JBS –
Couros está instalada entre este distrito e o município de Pacajus.
JACARECOARA
Localiza-se a leste à
margem esquerda do rio Choró, a 9 km da sede. Significa jacaré exposto (quarando) ao sol,
alusão que os antigos moradores faziam aos jacarés que predominavam na foz do
rio Choró. Foi criado em 25 de janeiro de 1910. Na praia da Barra Nova, no
século XIX funcionou o Porto Cozinha ou Porto Pilão.
CAPONGA
Localiza-se ao norte, no
litoral a 14 km da sede. Origem do Tupi Ka' á põga – pequeno lago de água doce
formado no solo arenoso do litoral; ou linha de pescar com a bola na ponta, em
vez de anzol (cf. : HOUAISS). O distrito de Caponga foi criado em 22 de
novembro de 1951. Em 2009, a população mobilizou-se, sem sucesso, num processo
de autonomia administrativa
.
PITOMBEIRAS
PITOMBEIRAS
Localiza-se no sul do município a 82 km da
sede. No povoamento da região fazia-se referência a um "pé de pitombeira",
lugar onde se arranchavam comboieiros e outros viajantes a caminho do sertão ao
litoral. Foi criado em 25 de agosto de 1876 (Fonte: Cascavel Didático).
Economia
O município era
essencialmente agrícola até bem pouco tempo, situação que mudou com a
implantação da Companhia Industrial de Produtos Alimentícios – Cipa e da
Cascavel Castanha de Caju – Cascaju, empresa de beneficiamento da castanha de
caju (importante item de exportação do Ceará), implantada pelo cascavelense
Edson Queiroz e inaugurada em 1969.
Outras indústrias – setor
secundário – de grande porte instalaram-se no município para o beneficiamento
do couro: Bermas (1999-2007), Bracol (2007-2010), Eagle Ottawa (2007) e JBS –
Cascavel Couros Ltda. (2011). Há também microempresários na confecção de
roupas, que abastecem o mercado local, sul do país e até o mercado
internacional. Há um gande incremento no setor terciário da nossa economia:
comércio, bancos, escolas, administração, saúde. Lojas de eletrodomésticos,
roupas e supermercados vêm incrementando o comércio no município.
Na fruticultura o município
produz: abacaxi, abacate, acerola, ata, banana, cajá, caju, cana-de-açúcar,
ciriguela, coco, goiaba, graviola, limão, mamã, manga, mangaba, maracujá,
melancia, murici, pitomba, sapoti, tamarindo, entre outras.
O município produz ainda: milho, batata-doce, cera da palha da carnaúba, feijão, jerimum, macaxeira, mamona, mandioca e tem um representativo rebanho de bovinos, equinos, asininos, muares, suínos, caprinos, ovinos além da produção de leite, aves domésticas, frangos e ovos de granjas que abastecem outros mercados.
O município produz ainda: milho, batata-doce, cera da palha da carnaúba, feijão, jerimum, macaxeira, mamona, mandioca e tem um representativo rebanho de bovinos, equinos, asininos, muares, suínos, caprinos, ovinos além da produção de leite, aves domésticas, frangos e ovos de granjas que abastecem outros mercados.
As praias, com hábeis
jangadeiros, são abundantes em peixes de grande variedade, lagostas (segundo
item de exportação do Ceará) e mariscos dos mangues.
Para o aproveitamento de alguns produtos, existem pequenas fábricas de aguardente, de farinha de mandioca e de rapadura. Os principais recursos minerais são o diatomito (fabricação de tijolo branco, tijolo industrializado com furos e telhas), o berilo o caulim (CASCAVEL DIDÁTICO, 2012).
Para o aproveitamento de alguns produtos, existem pequenas fábricas de aguardente, de farinha de mandioca e de rapadura. Os principais recursos minerais são o diatomito (fabricação de tijolo branco, tijolo industrializado com furos e telhas), o berilo o caulim (CASCAVEL DIDÁTICO, 2012).
Artesanato e cultura
Visitando Cascavel não
deixe de conhecer a Feira Livre de São Bento, segunda maior do Brasil, perdendo
apenas para a de Caruaru no Pernambuco. Mais de 800 feirantes reúnem-se todos
os sábados de manhã no centro da cidade. Lá você encontrará de tudo: do hortifrutigranjeiro
a rapadura, da confecção a galinha viva, do eletrodoméstico ao artesanato
local. Atualmente a prefeitura, em parceria com o BNB, está modernizando e
padronizando as barracas da área destinada ao artesanato, mas com o tempo essa
melhoria irá se estender a toda a feira.
O artesanato é um forte
destaque de Cascavel. Na cidade, mais de 200 pessoas vivem da produção do
artesanato de barro. No Sítio Boa Fé, distrito de Moita Redonda, 15 famílias
produzem as mais variadas peças de cerâmica em uma técnica passada de pai para
filho. As peças são vendidas em todo o Brasil e em países como Itália e
Portugal.
A família Muniz é uma das
mais conhecidas, principalmente depois que passou a incrustar desenhos de renda
nas peças. O barro utilizado como matéria-prima provém do rio Choró. O
diferencial de qualidade nas peças produzidas em Moita Redonda, segundo contam,
é o alisamento com a semente da Mucunã praticado pelos artesãos locais. Um dos
frutos do artesanato da comunidade é a Orquestra de Barro, grupo musical
formado só com instrumentos feitos do material.
Já na comunidade da Bica, a
arte é a confecção de móveis e objetos de decoração com o cipó-de-fogo. As
peças são produzidas em sua maioria pelos homens, e o destaque na localidade é
a família Silva. A atividade nasceu da produção de móveis e caçuás para os
próprios moradores, e é hoje procurado por turistas brasileiros e estrangeiros.
A produção inclui ainda jarros, objetos natalinos, porta-retratos, potes,
luminárias, entre outros. O Polo de Artesanato de Cascavel está localizado no
trevo da CE 040.
O casario colonial da
cidade, datado do início do século passado, conta um pouco da história do
próprio Ceará.
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