terça-feira, 10 de dezembro de 2013

MUNDO --- CASCAVEL - PARANÁ - BRASIL

MUNDO VASTO MUNDO

 CASCAVEL - PARANÁ - BRASIL



POR QUE NOSSA CIDADE SE CHAMA CASCAVEL?

TUDO COMEÇOU EM 1694 ...



Em 25 de fevereiro de 1694, DOMINGOS PAES BOTÃO e seu cunhado, JOÃO DA FONSECA FERREIRA, adquiriram uma DATA DE SESMARIA que denominaram SÍTIO CASCAVEL. A data de sesmaria era um pedaço de terra, às vezes de grande extensão, que o cidadão requeria ao Governo para plantar e criar. Botão e Ferreira habitavam o médio Jaguaribe, e perseguido pelos índios resolveram mudar-se para o litoral, onde não havia conflito entre os habitantes nativos (índios) e o colonizador português.

Foram estes dois homens - Domingos Paes Botão e João da Fonseca Ferreira, acompanhados de pequeno grupo de outros bravos pioneiros, os responsáveis pela primeira e real investida de colonização portuguesa das terras cascavelenses, por assentamento.

É verdade que outros aventureiros já haviam andado por aqui, mas não fizeram morada. Passaram realizando apenas o reconhecimento das terras, procurando saber se tinham boas condições de aproveitamento, se serviam para plantar e criar. Estes exploradores não se instalaram com suas famílias.

Com Domingos Paes Botão e João da Fonseca Ferreira, porém, foi diferente. Eles aqui fixaram residência e permaneceram por algum tempo, até que transferiram suas terras para os parentes MANOEL RODRIGUES DA COSTA e sua mulher, FRANCISCA FERREIRA PESSOA, irmã de João da Fonseca Ferreira, construtores, em 1710, da Capela de Nossa Senhora do Ó.

Assim foi iniciada a colonização das terras de Cascavel. Mas, por que este nome? Por que CASCAVEL?

Certamente você vai gostar de saber como e por que os primeiros colonizadores puseram este nome, não? Logo o nome de uma cobra venenosa!
Por esta razão quiseram substituí-lo! Primeiro insistiram em São Bento, o santo protetor contra as picadas do perigoso ofídio. Não deu certo e, a não ser popularmente, jamais teve esta denominação, embora sua feira semanal, por alguns, ainda seja chamada de Feira de São Bento.
Também propuseram a mudança para Visconde do Rio Branco, Paranaguaçu e Piranji.

Como topônimo, isto é, como nome de lugar, Cascavel surgiu, oficialmente, pela primeira vez no Ceará, na sesmaria do citado Domingos Paes Botão e seu cunhado, João da Fonseca Ferreira.

Segundo seus mais antigos e idosos moradores, o nome teria surgido de viajantes e comboieiros, em suas travessias do Porto do Aracati para Fortaleza, ou vice-versa, que se arranchavam sob a copa de frondosos cajueiros existentes no meio da caminhada. Foi nesse local, antes mesmo da chegada de Domingos Paes Botão e João da Fonseca Ferreira, que algumas pessoas teriam encontrado um ninho de cobras cascavéis, ficando como ponto de referência para encontros, com a expressão "LÁ NA PARAGEM DA CASCAVEL" ou "LÁ NO NINHO DA CASCAVEL". Este fato teria levado os fundadores a adotar o nome de Sítio Cascavel para as suas terras.

Há quem afirme, porém, que o nome teria surgido por causa de uma cascavel que dava entrada à sesmaria de Manuel Rodrigues Bulhões e que seria ponto de encontro de comboieiros (hipótese mais provável). A cascavel é uma porteira de sítio, formada por dois mourões (estaca de madeira) perfurados, fincados no chão, distantes três ou quatro metros um do outro, com paus na horizontal, atravessando os furos dos dois lados, fechando a passagem

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Evolução Política


Quase Século e meio decorrido sem que se alterasse o primitivo conceito de povoado, surgiu a Resolução do Conselho de Província, instrumento segundo o qual se deu sua elevação à categoria de Distrito (06/05/1833), constando sua instalação de 17 de outubro do mesmo ano. Sua elevação à categoria de Município ocorreu segundo Lei n° 2.039, de 2 de novembro de 1883.

O município de Cascavel localiza-se no litoral leste do Estado do Ceará, na Região Metropolitana de Fortaleza (desde 2009), constituída por 15 municípios.

Regionalização
Região Administrativa: 9
Microrregião de Planejamento: Litoral Leste/Jaguaribe
Mesorregião: Norte Cearense
Microrregião: Cascavel
Área - Cascavel ocupa uma extensão territorial de 837,421 km² (IBGE).
Posição geográfica
Latitude: 4° 07' 59" sul. São 459,3 km para o equador terrestre.
Longitude: 38° 14' 31" oeste.
Altitude
33,70m (nível do mar).
Ponto culminante: Serra do Brito – 246m.

Limites
Ao norte: Oceano Atlântico, Pindoretama e Aquiraz;
Ao sul: Beberibe e Ocara;
A leste: Beberibe;
A oeste: Pacajus, Horizonte e Chorozinho.

Distância da capital: 60 km pela CE-040 e 50 km em linha reta.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH – 2000): 0,673.
Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM – 2008): 34,94.
PIB per capta: R$ 5.537,00 (IBGE/IPECE 2008).
PIB anual: R$ 370.996.000,00(IBGE/IPECE 2008).

População

De acordo com o senso demográfico de 2010 (IBGE), a população do município é de 66.142 habitantes, com uma densidade demográfica de 79 hab/km². Com situação domiciliar urbana 56.157 habitantes (84,90%), e rural 9.985 (15,10%). Sendo 32.887 habitantes homens (49,72%) e 33.255 mulheres (50,28%). Taxa de crescimento populacional 2000-2010: 1,48%. É o 19º município cearense mais populoso.

Gentílico: cascavelense

Eleitores

No município de Cascavel estão cadastrados 51.476 eleitores distribuídos em 165 seções eleitorais (TRE/CE, 2012).

Distritos

Quando o Município de Cascavel foi criado, em 1833, era constituído por quatro distritos: Cascavel, Lucas (hoje Beberibe), Sucatinga e Pedro de Sousa. Depois foram criados outros distritos: Pitombeiras (1876), Guanacés (1890), Baixinha, depois Pindoretama (1894) e Jacarecoara (1910).

De lá para cá sofreu várias alterações. Atualmente, tem a seguinte composição: Cascavel (sede), Cristais, Guanacés, Jacarecoara, Caponga e Pitombeiras.

CRISTAIS

Localiza-se no extremo sul do município, a 78 km da sede e à margem esquerda do rio Pirangi. É cortado pela BR-116. Por abundância de minerais (cristais) que afloram no solo, os moradores batizaram o lugar com esse nome. É o mais jovem distrito de Cascavel. Foi desmembrado do distrito de Pitombeiras em 20 de maio de 1993.


GUANACÉS
Localizado a oeste do município, a 11 km da sede, foi criado em 20 de outubro de 1890. O lugar Bananeiras, em 1943, recebeu novo nome em homenagem aos índios Anacés, Guanacé e Wanacé que habitaram o vale do rio Choró e o litoral cearense. Por duas vezes, em 1963 e 2009, a população mobilizou-se, sem sucesso, no processo de autonomia municipal. A CE-253 corta a sede do distrito. A indústria JBS – Couros está instalada entre este distrito e o município de Pacajus.

JACARECOARA

Localiza-se a leste à margem esquerda do rio Choró, a 9 km da sede. Significa jacaré exposto (quarando) ao sol, alusão que os antigos moradores faziam aos jacarés que predominavam na foz do rio Choró. Foi criado em 25 de janeiro de 1910. Na praia da Barra Nova, no século XIX funcionou o Porto Cozinha ou Porto Pilão.

CAPONGA

Localiza-se ao norte, no litoral a 14 km da sede. Origem do Tupi Ka' á põga – pequeno lago de água doce formado no solo arenoso do litoral; ou linha de pescar com a bola na ponta, em vez de anzol (cf. : HOUAISS). O distrito de Caponga foi criado em 22 de novembro de 1951. Em 2009, a população mobilizou-se, sem sucesso, num processo de autonomia administrativa
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PITOMBEIRAS

Localiza-se no sul do município a 82 km da sede. No povoamento da região fazia-se referência a um "pé de pitombeira", lugar onde se arranchavam comboieiros e outros viajantes a caminho do sertão ao litoral. Foi criado em 25 de agosto de 1876 (Fonte: Cascavel Didático).

Economia

O município era essencialmente agrícola até bem pouco tempo, situação que mudou com a implantação da Companhia Industrial de Produtos Alimentícios – Cipa e da Cascavel Castanha de Caju – Cascaju, empresa de beneficiamento da castanha de caju (importante item de exportação do Ceará), implantada pelo cascavelense Edson Queiroz e inaugurada em 1969.

Outras indústrias – setor secundário – de grande porte instalaram-se no município para o beneficiamento do couro: Bermas (1999-2007), Bracol (2007-2010), Eagle Ottawa (2007) e JBS – Cascavel Couros Ltda. (2011). Há também microempresários na confecção de roupas, que abastecem o mercado local, sul do país e até o mercado internacional. Há um gande incremento no setor terciário da nossa economia: comércio, bancos, escolas, administração, saúde. Lojas de eletrodomésticos, roupas e supermercados vêm incrementando o comércio no município.

Na fruticultura o município produz: abacaxi, abacate, acerola, ata, banana, cajá, caju, cana-de-açúcar, ciriguela, coco, goiaba, graviola, limão, mamã, manga, mangaba, maracujá, melancia, murici, pitomba, sapoti, tamarindo, entre outras.
O município produz ainda: milho, batata-doce, cera da palha da carnaúba, feijão, jerimum, macaxeira, mamona, mandioca e tem um representativo rebanho de bovinos, equinos, asininos, muares, suínos, caprinos, ovinos além da produção de leite, aves domésticas, frangos e ovos de granjas que abastecem outros mercados.

As praias, com hábeis jangadeiros, são abundantes em peixes de grande variedade, lagostas (segundo item de exportação do Ceará) e mariscos dos mangues.
Para o aproveitamento de alguns produtos, existem pequenas fábricas de aguardente, de farinha de mandioca e de rapadura. Os principais recursos minerais são o diatomito (fabricação de tijolo branco, tijolo industrializado com furos e telhas), o berilo o caulim (CASCAVEL DIDÁTICO, 2012).

Artesanato e cultura

Visitando Cascavel não deixe de conhecer a Feira Livre de São Bento, segunda maior do Brasil, perdendo apenas para a de Caruaru no Pernambuco. Mais de 800 feirantes reúnem-se todos os sábados de manhã no centro da cidade. Lá você encontrará de tudo: do hortifrutigranjeiro a rapadura, da confecção a galinha viva, do eletrodoméstico ao artesanato local. Atualmente a prefeitura, em parceria com o BNB, está modernizando e padronizando as barracas da área destinada ao artesanato, mas com o tempo essa melhoria irá se estender a toda a feira.

O artesanato é um forte destaque de Cascavel. Na cidade, mais de 200 pessoas vivem da produção do artesanato de barro. No Sítio Boa Fé, distrito de Moita Redonda, 15 famílias produzem as mais variadas peças de cerâmica em uma técnica passada de pai para filho. As peças são vendidas em todo o Brasil e em países como Itália e Portugal.

A família Muniz é uma das mais conhecidas, principalmente depois que passou a incrustar desenhos de renda nas peças. O barro utilizado como matéria-prima provém do rio Choró. O diferencial de qualidade nas peças produzidas em Moita Redonda, segundo contam, é o alisamento com a semente da Mucunã praticado pelos artesãos locais. Um dos frutos do artesanato da comunidade é a Orquestra de Barro, grupo musical formado só com instrumentos feitos do material.

Já na comunidade da Bica, a arte é a confecção de móveis e objetos de decoração com o cipó-de-fogo. As peças são produzidas em sua maioria pelos homens, e o destaque na localidade é a família Silva. A atividade nasceu da produção de móveis e caçuás para os próprios moradores, e é hoje procurado por turistas brasileiros e estrangeiros. A produção inclui ainda jarros, objetos natalinos, porta-retratos, potes, luminárias, entre outros. O Polo de Artesanato de Cascavel está localizado no trevo da CE 040.


O casario colonial da cidade, datado do início do século passado, conta um pouco da história do próprio Ceará.

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