NOSSO ANIVERSÁRIO E NOSSO RÉVEILLON

NOSSO ANIVERSÁRIO E NOSSO RÉVEILLON

O que há de comum entre esses dois momentos, um individual, pessoal, outro coletivo

Aniversários, principalmente  de crianças,   são exemplos mais apropriados: Vamos cantar parabéns. Antes apaga-se a luz da sala.

"É big! é big! é big! é big! é big! é big! É hora! é hora! é hora! é hora é hora! ra tchi bum  fulano! fulano! fulano! - o nome do aniversariante.

O pai e a mãe, aflitos, obrigam a criança a soprar a vela do bolo. E apagá-la. Apagada a vela, acende-se a luz. Ufa!

 

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No Réveillon, as pessoas se vestem de branco e na noite de 31 de dezembro para o dia primeiro do ano que virá, soltam foguetes, fogos de artifício bastante coloridos (lembram de Copacabana?)

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Tanto num evento como no outro repetimos a narrativa mitológica da Torá (Judaísmo) da criação do Mundo por D'us.

 

No Cristianismo, o Livro Primeiro, o Gênesis:

 

" - A criação do céu e da terra e de tudo o que neles  se contêm.

1 - NO princípio criou Deus os céus e a terra.

2 - E a terra era sem forma e vazia e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.

3 - E disse Deus: Haja luz. E houve luz

4 - E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas."

 

No aniversário, as "trevas" são a idade anterior. No Réveillon, as "trevas" são o ano velho e seu o último dia (31 de dezembro)..

 

 

 Tanto no aniversário como no Réveillon nos imbuímos do papel de Deus e, repetindo a narrativa mitológica bíblica, destruímos as trevas e criamos a luz.

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Ao apagar a luz da sala, instala-se ali as trevas - a idade 'velha' . Canta-se, alegremente e com palmas,  até a onomatopeia de um foguete: ra (a rajada inicial), tchi (o chiado), bum (o espoucar do foguete nos céus).

 

Impensável soltar foguete na sala que abriga a festa. Se esta é realizada em espaço aberto, canta-se o "ra-tchi-bum" e solta-se o foguete real na direção para o alto e - respeitosamente - para  o Altíssimo.

 

O mundo deve ter sido criado não de modo silencioso, mas bastante barulhento (analogia com a Teoria do big bang!). A criança precisa soprar com força para apagar a vela - o sopro da vida, o atestado de que o aniversariante está vivo - digo, renascido para a nova idade nova. Acende-se a luz. O mundo foi criado. E é recriado a cada aniversário. Parabéns..

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No Réveillon, a maioria das pessoas se veste de branco (e. se possível, roupas novas), ou seja, vestem-se de luz (apesar de branco não ser cor e sim o reflexo de todas as cores) e com a roupa branca  enfrenta-se as trevas - quer dizer mata-se o ano que está em agonia. Com os fogos e todo seu barulho e luzes característicos, estamos recriando o universo. Fazendo a luz. Feliz Ano Novo!

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No aniversário e no Réveillon somos Deus reinventando os universos - o particular (aniversário) e coletivo (o Réveillon).

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Feliz aniversário! Feliz Réveillon!