ETERNO RETORNO; BEBAMOS O VINHO DO TEMPO DAS CARRUAGENS
Os automóveis de hoje em dia oferecem milhares de avanços tecnológicos, inclusive a possibilidade de correr à velocidade de mais de 200 km/hora.
Mas faz muitos anos em cidades europeias e nesses últimos dias em capitais brasileiras, autoridades do trânsito (lá ontem e cá hoje) têm imposto a velocidade de 20, 30 Km/h em vias centrais.
Novidade, no Brasil, chovem protestos e aceitações resignadas.
Vinte, trinta quilômetros /hora é um limite de velocidade que faz lembrar carruagens, bondes e os primeiros automóveis que circulavam, sob lampiões de gás, numa época em que a população urbana (brasileira) era constituída de centenas de transeuntes sem pressa ... e sem medo de assaltos
Já andei de bonde, 20, 30 Km/hora (se muito!) na Praça Castro Alves em Salvador. Esse transporte coletivo parava num ponto defronte a um abrigo cujo frontispício exibia uma propaganda dos charutos Suerdieck. À noite, o letreiro e o charuto estilizado eram iluminados de neon vermelho que pintava dessa cor (vermelho da paz!) quem esperava com segurança e paciência o querido bonde. Ninguém protestava contra a 'vagareza' do bonde; tanto quanto hoje quem irá protestar contra a baixa velocidade do bondinho de Santa Tereza, no Rio de Janeiro?
Estaremos reaprendendo a nos deliciar e a degustar um novo sabor de um belo velho/novo vinho chamado tempo
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