MUNDO VASTO MUNDO -
CONCEIÇÃO DO COITÉ - BAHIA - BRASIL
História
História sobre Conceição do Coité
Fonte das fotos : Flickr de Paulo Fragoso
Trabalho elaborado pelo escritor e historiador Orlando Matos Barreto
e distribuído à população Coiteense em 07.07.2006. A história conta
que o Município de Conceição do Coité, assim como, muitos outros
municípios brasileiro, surgiu do desbravamento e da colonização destas
terras em tempos remotos. Coité como é carinhosamente chamado,
constitui-se orgulhosamente como parte integrante da História do Brasil.
e distribuído à população Coiteense em 07.07.2006. A história conta
que o Município de Conceição do Coité, assim como, muitos outros
municípios brasileiro, surgiu do desbravamento e da colonização destas
terras em tempos remotos. Coité como é carinhosamente chamado,
constitui-se orgulhosamente como parte integrante da História do Brasil.
Os Índios
Os índios que aqui viviam eram os Tocós, descendentes das grandes tribos
Pataxós e Paiaiás, habitando às margens dos rios Itapicuru e Jacuipe, nos
riachos dos Tocós e Pau-a-pique e nas poucas fontes de água nativa, que
irrigavam parte dos tabuleiros propícios à agricultura. Nas terras brancas
os indígenas necessitavam para suas práticas agrícolas, quem tinha água
detinha o poder:
A essa terras, situadas entre o Tabuleiro de Quererá e os rios Itapicuru
e Jacuípe, os índios denominaram de Pindá. Em língua Tupi, o
vocabulário Pindá significa anzol. Tal denominação decorre da existência
de várias espécies de arbustos e cactus cobertos de espinhos em
forma de anzol, conhecidos popularmente como calumbi, unha-de-gato e
cabeça de frade. Seria o mesmo que chamá-lo Tabuleiro de Espinhos.
Os Tocós viviam em paz e as poucas lutas que enfrentaram tinha o caráter
específico de defenderem a sua terra e a sua água das tribos invasoras.
Venciam sempre, sempre.
e Jacuípe, os índios denominaram de Pindá. Em língua Tupi, o
vocabulário Pindá significa anzol. Tal denominação decorre da existência
de várias espécies de arbustos e cactus cobertos de espinhos em
forma de anzol, conhecidos popularmente como calumbi, unha-de-gato e
cabeça de frade. Seria o mesmo que chamá-lo Tabuleiro de Espinhos.
Os Tocós viviam em paz e as poucas lutas que enfrentaram tinha o caráter
específico de defenderem a sua terra e a sua água das tribos invasoras.
Venciam sempre, sempre.
Um dia, surgiu um guerreiro diferente, de pele branca, que atirava com
arma de fogo. Certos de que se tratava de vingança, através de espíritos
de guerreiros inimigos, os Tocós organizaram rituais e magias que,
conforme sua crença haveriam de devolvê-los ao outro mundo.
Ao perceberem que lutavam contra um inimigo real e perigoso, não
tiveram mais tempo rara reorganizar sua defesa. Estavam
já dominados e muitos mortos. Aos sobreviventes, humilhados,
restaram apenas duas alternativas: abandonar a terra ou submeter-se
à dominação do rival.
arma de fogo. Certos de que se tratava de vingança, através de espíritos
de guerreiros inimigos, os Tocós organizaram rituais e magias que,
conforme sua crença haveriam de devolvê-los ao outro mundo.
Ao perceberem que lutavam contra um inimigo real e perigoso, não
tiveram mais tempo rara reorganizar sua defesa. Estavam
já dominados e muitos mortos. Aos sobreviventes, humilhados,
restaram apenas duas alternativas: abandonar a terra ou submeter-se
à dominação do rival.
Desbravamento dos Sertões
Este episódio poderá estar relacionado a um confronto entre o
exército criado por Antonio Guedes de Brito, autorizado pelo Governador
Geral, em 1656, e o índios Tocós, habitantes do Pindá.
O exército particular tinha o objetivo de descobrir as terras do sertão.
As descobertas renderam a Guedes de Brito, prestígio e riqueza imensos.
O rei de Portugal doou-lhe grandes áreas de terra, em regime de sesmarias,
transformando-o no maior latifundiário do Brasil, concorrendo apenas com
Francisco Garcia D’Ávila, que possuía quinhentas léguas de terras, da Bahia ao Piauí.
Dentre as sesmarias de Antonio Guedes de Brito, estavam
160 léguas que iam do Morro dos Chapéus à nascente do Rio das
Velhas, terras de Itapicuru, Itiúba e da Jacobina do Rio São Francisco.
160 léguas que iam do Morro dos Chapéus à nascente do Rio das
Velhas, terras de Itapicuru, Itiúba e da Jacobina do Rio São Francisco.
Mas em especial estavam as terras do Pindá, registradas em 1676,
como terras dos Tocós. Por este documento, e muito mais pela força
que pela lei, o homem nativo foi dominado, humilhado e vale ressaltar
o seguinte: por mais que tenha sido subjugado e escravizado o indígena
coiteense, seus brados ecoam ao longo do tempo em étimos e
costumes que enriquecem a nossa linguagem e a nossa cultura.
como terras dos Tocós. Por este documento, e muito mais pela força
que pela lei, o homem nativo foi dominado, humilhado e vale ressaltar
o seguinte: por mais que tenha sido subjugado e escravizado o indígena
coiteense, seus brados ecoam ao longo do tempo em étimos e
costumes que enriquecem a nossa linguagem e a nossa cultura.
A Colonização
Em 1720, o rei de Portugal contratou a abertura de uma
estrada, ligando a cidade de Salvador ao Rio São Francisco.
O relatório do construtor Pedro Barbosa Leal, definindo o rumo
da estrada, cita as fazendas Tambuatá (hoje Serrinha), Campinas,
Cuyaté (Coité) e Tanque de Papagaio, de onde seguindo em frente,
acharia a Tiúba e, tomando “o rumo esquerdo vai para Jacobina”.
É, portanto, a partir de 1720 que aparece a denominação
Cuyaté, palavra de origem tupi com significado de “cuia” ou “coité”.
Por esta estrada, mais tarde chamada Estrada Real,
transitaram os prepostos dos Guedes de Brito, funcionários do
Governo, visitantes e aventureiros diversos. Nasce então a fazenda Coité.
A partir do ano 1750, portugueses e mestiços elegeram-na berço de seus
descendentes, fixando residência com uma proposta sólida de trabalho e
progresso. E, sobre os pilares da paz, da ordem e do respeito ao próximo,
edificaram a primeira capela de palha, dando origem à povoação que
se transformou nesta cidade hospitaleira.
A Povoação e os Escravos
A certeza da existência da capela aparece em documentos da
freguesia de Água Fria, em 1763. Iniciada a povoação, o progresso não
poderia mais ser detido. A ordem era avançar. E avançou. Em 1855, a
antiga capela foi reconhecida pela Igreja e transformada em freguesia
(paróquia), tendo o seu primeiro vigário Padre Manuel dos Santos Vieira.
freguesia de Água Fria, em 1763. Iniciada a povoação, o progresso não
poderia mais ser detido. A ordem era avançar. E avançou. Em 1855, a
antiga capela foi reconhecida pela Igreja e transformada em freguesia
(paróquia), tendo o seu primeiro vigário Padre Manuel dos Santos Vieira.
Por volta de 1860, o processo de povoamento estava bem definido na jurisdição
da freguesia, que se iniciava da fazenda Getirana, passando por Alma até o Rio
Jacuípe; do Morro do Lopes até o Poço Grande e de lá, até a atual divisa com
Serrinha e Ichú.
da freguesia, que se iniciava da fazenda Getirana, passando por Alma até o Rio
Jacuípe; do Morro do Lopes até o Poço Grande e de lá, até a atual divisa com
Serrinha e Ichú.
A força-motriz da riqueza da região estava no trabalho escravo. Sobre estes,
muitas histórias são ainda contadas. Haviam os bons senhores que tratavam
seus escravos como filhos, mas tinham outros que os marcava com ponta de
faca na orelha, na testa, no nariz e no queixo, deixando-lhes um sinal de
propriedade; haviam senhores que engravidavam suas escravas e vendiam
seus próprios filhos para serem escravizados. Mas houve uma escrava que,
tendo se casado com um fazendeiro, comprou os seus irmãos e os premiou
com a liberdade.
muitas histórias são ainda contadas. Haviam os bons senhores que tratavam
seus escravos como filhos, mas tinham outros que os marcava com ponta de
faca na orelha, na testa, no nariz e no queixo, deixando-lhes um sinal de
propriedade; haviam senhores que engravidavam suas escravas e vendiam
seus próprios filhos para serem escravizados. Mas houve uma escrava que,
tendo se casado com um fazendeiro, comprou os seus irmãos e os premiou
com a liberdade.
O arraial do Coité passou a ser ponto de vendas de escravos
e, para este comércio, foi criada a primeira feira livre, num dia
de sexta-feira, em função do comércio de Feira de Santana,
cuja feira-livre acontecia na segunda-feira. Assim, as mercadorias
restantes do comércio de Coité eram transportadas para Feira de Santana.
O vilarejo de Coité ganha o seu primeiro Cartório em 1869, cujo escrivão,
Raimundo Nonato do Couto procedeu registro de compra e venda terras,
de escravos e outros bens.
Emancipação
Há quem diga que as terras de Coité pertenceram ao município de
Jacobina, mas, até o momento, não há qualquer documento comprobatório
desta dependência, da mesma forma que não pertenceu, administrativamente,
ao município de Serrinha. O que consta é que de 1500 a 1698 este território
esteve subordinado a Salvador; de 1698 a 1727, ao município de Água Fria.
Tendo Água Fria perdido o seu poder, o território ficou incorporado ao município
de Irará até 1826, quando passou ao domínio de Feira de Santana.
A 1ª de Agosto de 1878, com a emancipação de Riachão de
Jacuípe, na categoria de Vila Imperial, as terras de Conceição
do Coité pertenceram aquele município até sua emancipação, em
18 de Dezembro de 1890.
Uma vez independente Coité jamais perdeu a sua autonomia
como acontecera a outros municípios da região. A cidade, por
decreto do Interventor Federal na Bahia, Artur Neiva, em 1931,
teve o seu nome alterado para município de Jacuípe, de cujo
território passou a fazer parte também o município de Riachão de Jacuípe.
A sede do município do Jacuípe era em Conceição do Coité e pelo mesmo
decreto foi criada a subprefeitura na extinta cidade de Riachão.
como acontecera a outros municípios da região. A cidade, por
decreto do Interventor Federal na Bahia, Artur Neiva, em 1931,
teve o seu nome alterado para município de Jacuípe, de cujo
território passou a fazer parte também o município de Riachão de Jacuípe.
A sede do município do Jacuípe era em Conceição do Coité e pelo mesmo
decreto foi criada a subprefeitura na extinta cidade de Riachão.
Não tardou muito para que os homens de bem de Coité se
mobilizassem para restabelecer o nome anterior.
EM 07 DE JULHO DE 1933, pelo decreto 7479, assinado pelo
então interventor Juracy Magalhães, o município voltou a se chamar
CONCEIÇÃO DO COITÉ consolidando-se definitivamente como
município independente, motivo pelo qual, esta é considerada por
todos, como a sua data de emancipação política. Independente,
motivo pelo qual, esta é considerada por todos, como a sua data
de emancipação política. Porém, muitos preferem considerar a
primeira, 18 de dezembro de l890. nesta segunda opção Coité estaria
fazendo 116 anos. #
_____
extraído de CULTURA MANIA
mobilizassem para restabelecer o nome anterior.
EM 07 DE JULHO DE 1933, pelo decreto 7479, assinado pelo
então interventor Juracy Magalhães, o município voltou a se chamar
CONCEIÇÃO DO COITÉ consolidando-se definitivamente como
município independente, motivo pelo qual, esta é considerada por
todos, como a sua data de emancipação política. Independente,
motivo pelo qual, esta é considerada por todos, como a sua data
de emancipação política. Porém, muitos preferem considerar a
primeira, 18 de dezembro de l890. nesta segunda opção Coité estaria
fazendo 116 anos. #
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extraído de CULTURA MANIA
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