TRÂNSITO DE SALVADOR (BAHIA – BRASIL)
VIVER AS CIDADES (1)
CRÔNICAS DAS CIDADES DO MUNDO
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Têm chegado a este Blogue notícias sobre o atual estado de coisas do caótico trânsito de Salvador; na verdade, o pior trânsito das capitais brasileiras; pior e ... pelo que o dia-a-dia sugere... insolúvel; e a culpa tem sido atribuída (!) aos imperativos e comandos da FIFA (Federação Internacional de Futebol) / Copa da Confedetraçõe/Copa do Mundo/ Futebol, sobre o tecido urbano dali ... a verdade é que não se piora o que já é pior.
Este Blogue não se cansa de repetir que Salvador é uma quase-São-Luiz (capital do igualmente nordestino estado do Maranhão) de tão quasilha (quase ilha) que é. Salvador é quase totalmente cercada pelo mar. Se, de um lado, este ‘acidente’ geográfico oferece beleza à capital baiana ... de outro ajuda a dificultas as soluções políticas e técnicas para resulver problema, mais e mais graves, de sua mobilidade urbana.
A única e principal via de fuga são, AINDA e há mais de trinta anos, os 16 quilômetros da Avenida Paralela - que liga as regiões do Iguatemi (principal centro financeiro) e da única estação rodoviária (a qual é – a um só tempo e espaço - municipal, estadual, nacional e internacional) à zona aeroportuária. Há mais de três décadas não se construiu qualquer outra via de fuga para o previsivelmente caótico e insolúvel trânsito da capital da Bahia; edificaram-se, sim, quatro shopping centers de grande porte: Iguatemi, Salvador Shopping, Shopping Paralela e Salvador Norte Shopping; edificaram-se, sim, ao longo da paralela revenda de veículos e multiplicaram-se os condomínios verticais que disputam, ombro a ombro, quem consegue ver o asfalto e o moovimento de veículos.
A península da Itapagipe - uma sempre bela e ainda ilustre desconhecida para a maioria dos moradores de Salvador – abriga, como se fora um museu urbano a céu aberto, o primeiro edifício de dez andares. Construído na década de 50/século XX), o Edifício Colon atraía então moradores dos diversos bairros da Cidade Alta e de seus vizinhos da Cidade Baixa para ver, com espanto, aquela citação ousada demais para a época. Desde sua construção/inauguração, prestes a completar um século, este prédio é a única verticalidade – além das torres das igrejas dos Mares de do Senhor do Bomfim – que se destaca aos olhos que veem de longe aquela península – este primeiro povoamento suburbano e a primeira área de veraneio de Salvador não tem recebido investimentos planejados pelas esferas privadas e públicas - as quais a esqueceram.
Talvez por sua comodidade e/ou proximidade geoadimistrativa com a capital baiana, Salvador-Lauro de Freitas foi a única conurbação praticada; nem mesmo a conurbação Salvador-Simões Filho mereceu tal dávida do fazer urbano espontaneísta. Hoje (junho/2013), a conurbação Salvador-Simões Filho ainda vive as dores desse espontaneísmo; isto porque somente hoje é que se aponta, tímida, morosa e medrosamente, o dedo para a BR 324 como possível ponto de fuga para a problemática mobilidade soteropolitana; e tal olhar para a BR 324, (a primeira rodovia federal privatizada do Brasil) longe de ter sido proativo é por demais tardio isto porque não se adota nem se ingere, da noite pro dia, e em qualquer cidade do Mundo. a cultura-classe-média do morar, do estudar e do trabalhar à beira de uma estrada.
Baianos e turistas, autoridades e empresários ... visitem mais a península de Itapagipe; a ação urbana (pública e privada) sobre ela ajudará a substituir a cultura do longe/perto e do gozo da retenção de veículos pela cultura do viável/livre/rápido. Esta estratégica mas esquecida península se ligada ao subúrbio ferroviário (Plataforma e adjacências) e este ligado – sem espontaneismos mas com obras concretas e duplicações seguras e efetivas – à BR 324 e esta QUADRIPLICADA conduzindo a Feira de Santana e à Rótula do Abacaxi e à região do Iguatemi, aos bairros Pituba e Itaigara e à Orla ... pode dar bons frutos ... e amplos horizontes.
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