A autoria primeira desta frase ´é do general Pompeu. Não é de Luiz de Camões, nem Fernando Pessoa que, aliás, a copiou do poeta italiano Francesco Petrarca (1304-1374). Este poeta tirou-a do livro "A Vida de Pompeu" de autoria de Plutarco (106-48 aC). O general romano Pompeu tentava animar sua tropa dizendo (em latim, claro!): "Navigare necesse; vivere non est necesse".:
Apesar de ter mais de 2.000 anos, esta frase é tão atual quanto ao longo dos séculos tem se prestado a inúmeras interpretações.
Navegar é preciso porque, de um lado, não podemos ficar estagnados física, psiquica, intelectual ou espiritualmente. De outro, consideremos que a precisão fica por conta do seguinte: seja na navegação aérea, seja na navegação marítima, os instrumentos (de navegação) são cada vez mais precisos e sofisticados a fim de proporcionar a combinação rapidez & segurança. À navegação.
E viver ... porque não é preciso? Porque estamos aqui e agora vivendo e, então, não necessitamos mais do que viver/continuar vivendo. Nada mais. Porque, por outro lado, o único momento de precisão (exatidão) da vida é seu último suspiro. É o instante preciso da morte.
Viver não é preciso também porque não é exato, nem perfeito. Cada um de nós escreve com linhas tortas e imprecisas o nosso livro da vida. Talvez essa falta de precisão deva nos alertar para agirmos sem precisar dizer: "Se eu pudesse fazer o tempo voltar atrás ..."
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