HOJE, 50 ANOS
SEM ARY BARROSO
SEM ARY BARROSO
http://www.youtube.com/watch?v=6oMSjG9kYvE
AQUARELA DO BRASIL
http://arybarroso.com.br/
http://arybarroso.com.br/
Brasil, meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos
meus versos
O Brasil, samba
que dá
Bamboleio, que faz
gingar
O Brasil, do meu
amor
Terra de Nosso
Senhor
Brasil!
Pra mim! Pra mim, pra mim
Ah!
abre a cortina do passado
Tira
a mãe preta do cerrado
Bota
o rei congo no congado
Brasil!
Pra mim!
Deixa
cantar de novo o trovador
A
merencória luz da lua
Toda
canção do meu amor
Quero
ver a sá dona caminhando
Pelos
salões arrastando
O
seu vestido rendado
Brasil!
Pra mim, pra mim, pra mim!
Brasil!
Terra boa e gostosa
Terra boa e gostosa
Brasil!
Terra boa e gostosa
Terra boa e gostosa
Da
morena sestrosa
De
olhar indiscreto
O
Brasil, samba que dá
bamboleio
que faz gingar
O
Brasil, do meu amor
Terra
de Nosso Senhor
Brasil!
Pra mim, pra mim, pra mim
Oh
esse coqueiro que dá coco
Onde
eu amarro a minha rede
Nas
noites claras de luar
Brasil!
Pra mim
Ah!
ouve estas fontes murmurantes
Aonde
eu mato a minha sede
E
onde a lua vem brincar
Ah!
esse Brasil lindo e trigueiro
É
o meu Brasil brasileiro
Terra
de samba e pandeiro
Brasil!
Pra mim, pra mim! Brasil!
Brasil! Pra mim, pra
mim! Brasil!, Brasil!
NA BAIXA DO
SAPATEIRO
Na Baixa do
Sapateiro eu encontreI um dia
A morena mais frajola da Bahia
Pedi-lhe um beijo, não deu
Um abraço, sorriu
Pedi-lhe a mão, não quis dar, fugiu
Bahia, terra da felicidade
Morena, eu ando louco de saudade
Meu Senhor do Bonfim
Arranje outra morena igualzinha pra mim
Oh! amor, ai
Amor bobagem que a gente não explica, ai, ai
Prova um bocadinho, ô
Fica envenenado, ô
E pro resto da vida é um tal de sofrer
Ôlará, ôleré
Ô Bahia
Bahia que não me sai do pensamento
Faço o meu lamento, ô
Na desesperança, ô
De encontrar nesse mundo
Um amor que eu perdi na Bahia, vou contar
A morena mais frajola da Bahia
Pedi-lhe um beijo, não deu
Um abraço, sorriu
Pedi-lhe a mão, não quis dar, fugiu
Bahia, terra da felicidade
Morena, eu ando louco de saudade
Meu Senhor do Bonfim
Arranje outra morena igualzinha pra mim
Oh! amor, ai
Amor bobagem que a gente não explica, ai, ai
Prova um bocadinho, ô
Fica envenenado, ô
E pro resto da vida é um tal de sofrer
Ôlará, ôleré
Ô Bahia
Bahia que não me sai do pensamento
Faço o meu lamento, ô
Na desesperança, ô
De encontrar nesse mundo
Um amor que eu perdi na Bahia, vou contar
Ô Bahia
Bahia que não me sai do pensamento...
Bahia que não me sai do pensamento...
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VOCÊ JÁ FOI À BAHIA
Você já foi à Bahia?
Não?
Então vá!
Quem vai ao
"Bonfim", minha nêga,
Nunca mais quer
voltar.
Muita sorte teve,
Muita sorte tem,
Muita sorte terá
Você já foi à Bahia,
nêga?
Não?
Então vá!
Lá tem vatapá
Então vá!
Lá tem caruru,
Então vá!
Lá tem munguzá,
Então vá!
Se "quiser
sambar"
Então
vá!
Nas sacadas dos
sobrados
Da velha São
Salvador
Há lembranças de
donzelas,
Do tempo do
Imperador.
Tudo, tudo na Bahia
Faz a gente querer
bem
A Bahia tem um
jeito,
Que
nenhuma terra tem!
Lá tem vatapá,
Então vá!
Lá tem caruru,
Então vá!
Lá tem munguzá,
Então vá!
Se "quiser
sambar"
Então
vá!
Então vá...!
Biografia
fonte Wikipédia
Filho do deputado
estadual e promotor público João Evangelista Barroso e Angelina de Resende. Aos oito anos, órfão de pai e mãe, Ary foi
adotado pela avó materna, Gabriela Augusta de Resende.
Realizou estudos
curriculares na Escola Pública Guido Solero, Externato Mineiro do prof. Cícero
Galindo, Ginásios: São José, Rio Branco, de Viçosa, de Leopoldina e de
Cataguases.
Estudou teoria, solfejo e piano com
a tia Ritinha. Com doze anos já trabalhava como pianista auxiliar no Cinema
Ideal, em Ubá. Aos treze anos trabalhou como caixeiro da loja "A
Brasileira" e com quinze anos fez a primeira composição, um cateretê "De longe".
Em 1920,
com o falecimento do tio Sabino Barroso, ex-ministro da Fazenda, recebeu uma herança de
40 contos (milhões de reis). Então, aos 17 anos veio ao Rio de Janeiro estudar
Direito, ali permanecendo sob a tutela do Dr. Carlos Peixoto.
Aprovado no vestibular, ingressa em 1921 na
então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de
Direitoda Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A Faculdade seria importante na consolidação da veia artística, esportiva e
política. Quando calouro, foram colegas de Faculdade mais chegados: Luís Galotti (jurista, dirigente esportivo e
posteriormente ministro do STF), João Lira Filho(jurista
e professor), Gastão Soares de Moura Filho (dirigente esportivo), João Martins de
Oliveira, Nonato Cruz, Odilon de
Azevedo (ator), Taques Horta, Anésio Frota
Aguiar (jurista, político e escritor).
Adepto da boemia, é
reprovado na Faculdade, abandonando os estudos no segundo ano. Suas economias
exauriram o que o fez empregar-se como pianista no Cinema Íris,
no Largo da Carioca e,
mais tarde, na sala de espera do Teatro Carlos Gomes com
a orquestra do maestroSebastião Cirino.
Tocou ainda em muitas outra orquestras.
Em 1926 retoma
os estudos de Direito, sem deixar a atividade de pianista. Dois anos depois é
contratado pela orquestra do maestro Spina,
de São Paulo, para uma temporada em Santos e Poços de Caldas. Nessa época, Ary resolve dedicar-se à
composição. Compõe "Amor de mulato", "Cachorro quente" e
"Oh! Nina", em parceria com Lamartine Babo, seu contemporâneo na Faculdade de Direito.
Em 1929 obtém,
finalmente, o bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais. Seu colega de
Faculdade e grande incentivador, Mário Reis, grava "Vou a Penha" e "Vamos deixar
de intimidades", que se tornou o primeiro sucesso popular.
Nos anos 1930,
escreveu as primeiras composições para o teatro musicado carioca. Aquarela do Brasil teve
a primeira audição na voz de Aracy Cortes e regravada diversas vezes no Brasil e no
exterior. Recebeu o diploma da Academia de
Ciências e Arte Cinematográfica de Hollywood pela trilha sonora do longa-metragem Você já foi à Bahia? (1944),
de Walt Disney.
A partir de 1943,
manteve durante vários anos o programa A hora do calouro, na Rádio Cruzeiro
do Sul do Rio de Janeiro, no qual revelou e incentivou novos talentos
musicais. Também trabalhou como locutor esportivo (proporcionado momentos inusitados ao
sair para comemorar os gols do seu time o CR Flamengo). Autor de centenas de composições em estilos
variados, como choro,xote, marcha, foxtrote e samba.
Entre outras canções, compôs Tabuleiro da baiana (1937)
e Os Quindins de
Yayá (1941), Boneca de piche, etc.
Durante os a década de 1940 e a década de 1950 compôs vários dos sucessos consagrados
por Carmen Miranda no cinema.
Ao compor Aquarela do Brasil inaugurou o gênero samba-exaltação.
No centenário do
compositor Ary Barroso (2003), a Rede STV SESC SENAC foi a única a produzir um
documentário especial de 60 minutos sobre a vida deste brasileiro único,
intitulado "O Brasil Brasileiro de Ary Barroso", com depoimentos de
Sérgio Cabral (Biógrafo), Dalila Luciano, Carminha Mascarenhas, Carmélia Alves,
Roberto Luna, e a filha de Ary Barroso, Mariúza . A direção foi de Dimas
Oliveira Junior e produção de WeDo Comunicação.
Ary Barroso também
era locutor esportivo. Torcedor confesso do Flamengo,
torcia descaradamente a favor do rubro-negro nas transmissões que eram feitas
pelo rádio. Quando o Flamengo era atacado, ele dizia mensagens do tipo:"Ih,
lá vem os inimigos. Eu não quero nem olhar.", se recusando claramente a
narrar o gol do adversário. Quando o embate era realizado entre equipes que não
fossem o Flamengo, sempre que saía um gol, primeiro ele narrava, e depois
tocava uma gaita.
Morreu no Rio de
Janeiro, em 1964, de cirrose hepática decorrente
de alcoolismo, e está enterrado no Cemitério de São
João Batista.
Dentre as homenagens
póstumas ao compositor de Aquarela do Brasil estão
o monumento, no Rio de Janeiro, fica no Leme, Zona Sul da cidade. A estátua, em
homenagem a Ary Barroso, junto de
uma mesa de bar e dois bancos, foi feita por Leo Santana, mesmo artista que
esculpiu o monumento em homenagem a Carlos Drummond de Andrade.
Referências
CABRAL, Sérgio - No tempo de Ari Barroso. Rio
de Janeiro: Lumiar Editora, s/d.
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