CAOS URBANO:
PRA ONDE LEVAMOS NOSSAS CIDADES?(3)
Vivemos, nas cidades, dominados pelo vício da pressa ... de domingo a domingo. Sim, via de regra não damos chance nem respeitamos o domingo ou o sábado. A exceção talvez fique para religiosos do judaismo, adventistas do sétimo dia e outros fiéis de outras religiões que guardam o domingo, o sábado. Católicos e evangélicos por exemplo podem até ir, respectivamente, à missa, ao culto no domingo. Sim, mas ao chegar em casa encontram o fantasma da pressa a espreitar-lhes os movimentos.
Domingo é o dia em que mais se vendem jornais e revistas, mas os lemos não com a calma e o foco (sem falar na reflexão) que esse tipo de leitura requer mesmo que nos interesse apenas os cadernos e notícias do esporte.
Lemos jornais e (eventualmente) livros com pressa; sobre papéis, fotos e textos ... passamos uma 'vista d'olhos' como se dizia outrora.
Em Paris, aos domingos não funcionam shoppings ou supermercados e nem mesmo lojas ... A cidade espera que dediquemos esse dia à calma, à leitura, aos passeios ... na busca proustiana do tempo perdido. Perdido, ousamos dizer, para a pressa.
Lemos jornais e (eventualmente) livros com pressa; sobre papéis, fotos e textos ... passamos uma 'vista d'olhos' como se dizia outrora.
Em Paris, aos domingos não funcionam shoppings ou supermercados e nem mesmo lojas ... A cidade espera que dediquemos esse dia à calma, à leitura, aos passeios ... na busca proustiana do tempo perdido. Perdido, ousamos dizer, para a pressa.
Se (também aos domingos) vamos ao restaurante, ao cinema, aos parques, dirigimos e andamos com a pressa esperada para e por uma típica segunda-feira quando buzinamos agressivamente para o motorista à nossa frente porque ele demora alguns segundos antes de engatar a primeira marcha, diante o farol que acaba de ficar verde (ele não sabe dirigir!)
Imaginem se tivéssemos na nossa frente o motorista personagem de "Ensaio sobre a Cegueira", do escritor português José Saramago, que fica repentinamente cego justamente quando o farol fica verde?
Na nossa pressa e na nossa recusa - ou medo? -de andar a pé não mais bebemos do que nos oferecem a rua e a praça
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