sexta-feira, 27 de junho de 2014

CIDADE - PALCO DOS CONFLITOS SOCIAIS (3)

CIDADE - PALCO  DOS CONFLITOS SOCIAIS (3)


No processo evolutivo cidade/campo, este último por assim dizer 'invade' a primeira seja através das festas de celebração da colheita abundante, bem sucedida de grãos - um episódio alegre e colorido que estimula o amor, o noivado, o casamento e a fertilidade (grãos, sementes masculinas e femininas). Um dos mais repetidos exemplos dessa 'invasão' celebrativa é, ao menos no Brasil, os festejos juninos, o São João, no Nordeste. As cidades abrigam as danças, comidas e o espírito desse evento tipicamente rural. Em algumas cidades nordestinas, pessoas animadas dançam ao de som do trio elétrico que toca músicas   de forró com as mesmas guitarras elétricas usadas para tocar axé, frevo ... no carnaval, micareta ...


Na cultura musical brasileira, há poucos ícones tão urbanos  como os trios elétricos.


Outro exemplo de conflito campo/cidade são as feiras livres. Via de regra, a cidade não produz  e comercializa bens alimentícios como frutas,  verduras, legumes, grãos ... ela compra e consome esses bens que, na maior parte dos casos, são produzidos pelo campo. Camponeses, por assim dizer, vendem seus produtos nas feiras que ocupam espaços nas cidades; ocupação esta que, não raras vezes, provocam conflitos com os interesses de pessoas, políticos, poderes e autoridades do mundo urbano. Comerciantes alegam que pagam impostos e, também por isso, sentem-se prejudicados  com a concorrência espacial e econômica dos feirantes que não pagam impostos e vendem bem mais barato que aqueles.


Há feiras que ocupam trilhos, os quais cortam o centro da cidade. Quando feirantes e compradores (fregueses) avistam, ao longe,  o trem ... todos correm e desocupam os trilhos rapida e alegremnte.

Em Salvador (capital da Bahia - Brasil), mais precisamente  num bairro periférico chamado Pernambués uma  pequena e recente feira livre está ocupando um espaço que foi destinado, pelo poder municipal, para ser uma ciclovia.

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