domingo, 31 de janeiro de 2016

O CHARUTO DE FREUD

O CHARUTO DE FREUD

CONTA-SE QUE, CERTA VEZ, FREUD ESTAVA DANDO AULA, CHARUTO NA MÃO QUANDO OBSERVOU UM CERTO REBOLIÇO ENTRE ALUNOS QUE ESTAVAM A FAZER ANÁLISES E INTERPRETAÇÕES ('SELVAGENS') DO QUE O CHARUTO PODERIA REPRESENTAR .

FREUD ENTÃO OLHOU PARA ELES E DISSE: "MUITAS VEZES, UM CHARUTO É APENAS UM CHARUTO"

CUIDADO COM O POLEGAR APONTADO PARA CIMA ...

CUIDADO COM O POLEGAR APONTADO PARA CIMA ...

... mantendo os demais dedos fechados é uma imagem que tem aparecido, em Salvador, ultimamente, nos 'out doors' da propaganda de uma marca de cerveja.
Peguei-me pensando como este e tantos outros gestos feitos com o(s) dedo(s) têm significados diferentes - e até opostos! - tantas são as culturas que cobrem o nosso planeta

O mencionado gesto ... O POLEGAR APONTADO PARA CIMA ...
... no Brasil, significa que está tudo certo e serve também para pedir carona;na Europa e Estados Unidos quer dizer 'me dê uma carona'
... Turquia. uma cantada para sair com homossexual
... no Japão, significa o número 5
... na Alemanha, significa o número 1
... na Nigéria e Austrália - trata-se de um gesto obsceno.

É preciso ter muito cuidado se você está a visitar alguns dos países do 'Mundo Árabe'. E, sem saber falar sequer "obrigado" no idioma ou sotaque do país, quer agradecer a gentileza de um morador de lá: por exemplo um motorista que parou para você atravessara rua ... etc. Nesse momento, para mostrar que é um brasileiro bem educado, você acha que deve apontar para ele O POLEGAR APONTADO PARA CIMA.

Por Deus, não faça isso!!! Lá esse esse gesto é considerado obsceno e agressivo. O que fazer então?

FECHE TODOS OS DEDOS E DEIXE DE FORA E EM RISTE O DEDO DO MEIO (O MAIOR DE TODOS!) E MOSTRE PARA TAL PESSOA.: "Aqui pra você, ó !"
Essa pessoa vai concluir que você é bastante educado(a)

sábado, 30 de janeiro de 2016

ACORDO DE OBEDIÊNCIA PREMIADA

ACORDO DE OBEDIÊNCIA PREMIADA

Calma, muita calma nessa hora ...

ACORDO DE OBEDIÊNCIA PREMIADA foi o  feito, ‘in illo tempore’ -  entre Deus (ele o propositor) e Adão & Eva. Por esse Acordo, o querido casal    Lhe guardaria obediência e fidelidade; ou seja não comer aquela fruta daquele pomar. Nunca esteve claro está claro se essa proibida e sedutora fruta foi u’a maçã, jaca, jambo ou jaboticaba. Isto é o que menos importa. Mais interessante é reconhecer que a tal fruta nada mais era que ‘ a fruta da linguagem” – aquela que permitiria aos dois desobedientes o poder da linguagem e, marco zero da conquista, isto é, o discernimento entre o Bem e o Mal ... como acontece com qualquer criança quando começa a aprender a falar   ... Lavar as mãozinhas antes de comer é do Bem ... insinua a ‘tia’ da creche.

Especialmente importante é   especular qual teria sido o prêmio ao   casal    pela obediência - e pela sua resistência ao discurso subversivo da serpente – na verdade  Lilith – a primeira mulher do casadoiro Adão.

O prêmio para os dois seria a imortalidade. Nem Adão & Eva nem nós, seus filhos, morreríamos. Seríamos imortais? Sim. Nesses dias sob o sol, no fundo no fundo, por pior que esteja a vida quase todos gostaríamos de ser imortais – mesmo que o amor não fosse imortal “posto que é chama” (Vinicius de Moraes)

Seríamos imortais, porque não falaríamos ... e bicho que não fala não sabe o que é a morte por não saber o que é a vida. Vida e Morte são efeitos de linguagem e  portanto podem ser metaforizadas; “Êta vida besta meu Deus” (Drummond). ”A vida continua”... “Não quero mais saber de você; você morreu pra  mim!”...

Tal bicharada não-falante (incluam os humanos fora disso!)  tem ‘apenas’ emoções, inteligência, sentimentos, instintos, libido sob o império do cio ... e a percepção binária da presença ou da ausência do dono, da comida ou bebida, ou de seus pares de espécie. Lá eles, os outros bichos. Os por assim dizer bichos  não conhecem, não têm o poder do Conhecimento;  eles apenas Sabem poiis apenas sabe-oreiam através dos sentidos: visão, tato, olfato ... Em português saber é sinonímia de sabor. Em francês, a grafia de savour (saber) é muito parecida com a de   savoir (saber). Hoje (206) seria um arcaísmo comentar após o almoço: “Gostosa a   comida mas  está sabendo um pouco a alho”. Quer dizer, está com gosto forte de alho.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

CARNAVAL BAIANO 2016 - CARNAVAL DO PÉ QUEBRADO

CARNAVAL BAIANO 2016 - CARNAVAL DO PÉ QUEBRADO

A pista  que passa defronte do Hotel Othon (Ondina) - a pista  direita para quem segue na direção do Rio Vermelho - está mais baixa porque desnivelada em cerca de 10 centímetros em relação ao trecho em sentido contrário. O meio fio da avenida que conduz (sentido Avenida Garibaldi) ao Zoológico está desnivelado em 20 centímetros em relação à pista principal. No Carnaval, com o empurra-empurra, o pega-pega e o pula-pula não haverá pé ou tornozelo que resista a tanta alegria. 

"Tira o pé do  chão galera!!!" "Pra não quebrar o pé  galera!!!"

domingo, 24 de janeiro de 2016

NOSSO BLOGUE VISTO NO BRASIL E NO MUNDO

SEMANA DE 17/01/2016, 16h

 A 24/01/29016, 15h


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Gráfico dos países mais populares entre os visitantes do blogue

Entrada

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Brasil
658
Alemanha
194
Estados Unidos
96
Ucrânia
57
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29
Portugal
10
França
7
Espanha
4
Polônia
3
Venezuela
3

HÁ 39 ANOS, EM SALVADOR, O 1º SEMINÁRIO SOBRE O CENTRO DA CIDADE DO SALVADOR.

EXATAMENTE HOJE, 24 DE JANEIRO, HÁ 39 ANOS, ACONTECEU EM SALVADOR,
O 1º SEMINÁRIO SOBRE O CENTRO DA CIDADE DO SALVADOR. DE 24 (segunda-feira) A 28 (sexta) DE JANEIRO DE 1977

QUEM SE ATIRARÁ, UM ANO ANTES,  À CONSTRUÇÃO DOS  40 ANOS DO SEMINÁRIO EM 2017?

1º SEMINÁRIO SOBRE O CENTRO DA CIDADE DO SALVADOR
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA – FUNDAÇÃO DO PATRIMÕNIO ARTÍSTICO E CULTURAL DA BAHIA (FPACBa)
PREFEITURA MUNICIPAL DO SALVADOR – ÓRGÃO CENTRAL DE PLANEJAMENTO (OCEPLAN)

CONSULTORIA GERAL – UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – CENTRO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES PARA O SETOR PÚBLICO (ISP)

ANAIS (Contribuições)

ABERTURA
Exposição de abertura – Governador Roberto Figueira Santos
Introdução ao Seminário – Sérgio Maurício Brito Gaudenzi
Palestra sobre o centro de Salvador – Prefeito Jorge Hage Sobrinho

ASPECTOS SÓCIO-CULTURAIS
Conferência – Cidade e Cultura – o caso de Salvador – Thales de Azevedo
Painel – Teses ditas do centro da cidade do Salvador – Romélio Aquino
Planejar o núcleo histórico – Maria de Azevedo Brandão

ASPECTOS ECONÔMICOS
Conferência – O valor da cidade p- Ademar Sato
Painel
Uso do solo na zona central – Waldeck Vieira Ornellas
Comércio e serviços – Ronald Arantes Lobato
Atividades informais – Inaiá Carvalho

ASPECTOS DE CIRCULAÇÃO URBANA
Introdução:
Transportes coletivos – Erivaldo da Rocha Gadelha
Conferência – Aspectos da circulação urbana em zonas centrais – Michael Morgridge
Painel – Circulação de pedestres e veículos na zona central – José Antonio Gomes de Pinho

ASPECTOS FÍSICO-AMBIENTAIS
Conferência – Aspectos Físicos da zona central – Antonio  Heliodório Lima Sampaio
Painel – Cidade Antiga e novas edificações na paisagem urbana – Mário Mendonça de Oliveira
As transformações físico-ambientais do centro histórico de Salvador – Paulo Ormindo D. de Azevedo
Problemática e critérios para a delimitação das áreas de proteção histórica – Américo Simas Filho

ANEXO
Parecer da Coordenação
Carlos Campos e Deloy H. Backer
***
CONVIDADOS

Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Associação Comercial da Bahia, Associação dos Assistentes Sociais, Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (ADEMI), Associação dos Sociólogos do Estado da Bahia (ASEB), BAHIATURSA (Empresa Baiana e Turismo S/A), Centro de Estudos de Arquitetura da Bahia (CEAB) (Faculdade de Arquitetura – UFBa.), Centro de Recursos Humanos – CRH (UFBa.),   Clube de Engenharia da Bahia, Comerciantes do Pelourinho, Companhia de Desenvolvimento da RMS – CONDER, Companhia Docas da Bahia, Conselho de Cultura do Estado da Bahia,  Coordenação de Fomento ao Turismo – CFT (SIC), Departamento de Urbanismo, Edificações e Loteamentos – DUEL (SUOP-PREFEITURA), Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes – GEIPOT, Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo – EMPLASA, Escritório Técnico de Planejamento – PLANAVE, Fundação Cultural do Estado da Bahia, Proprietários do Pelourinho, Instituto de Arquitetura do Brasil – IAB – Departamento da Bahia, Instituto dos Economistas da Bahia – IEBA, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, Instituto Geográfico e Histórico da Bahia – IGHB, Moradores do Pelourinho, Programa de Desenvolvimento Social – PRODESO (Prefeitura), Proprietários de Imóveis do Pelourinho, Secretaria de Administração e Serviços Públicos – SASP (Prefeitura), Secretaria da Educação e Cultura (Prefeitura), Sociedade Amigos da Cidade do Salvador – SACS, Universidade Federal da Bahia – UFBa., Diógenes Rebouças -PROF, Luiz Navarro de Brito – PROF, Rômulo Barretyo de Almeida – PROF e Sérgio Hage Fialho – PRODESO


CARNAVAL NEGÓCIO EM SALVADOR

Era um tempo em que podíamos - à luz da Constituição - ter liberdade de escolha e 

beber a cerveja da marca que gostávamos e da que não gostávamos tanto. Hoje não 

temos escolha nem pra vender ou beber a cerveja que nossa liberdade pode permitir.

Também havia mais romantismo e poesia nas músicas cantadas/tocadas no trio. 

Hoje nossa miséria musical estacionou no Axé. E parece não querer mais se picar.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O VERBO SE FAZ CARNE E HABITA ENTRE NÓS.

O VERBO SE FAZ CARNE E HABITA ENTRE NÓS.   

A carne só se faz verbo na metafísica. E no campo do diálogo privativo, secreto   e íntimo   entre  deuses e orixá, no universo da fé. Quando se ouve, se fala ou se lê que “O verbo divino se fez carne e habitou entre nós” é apenas uma tentativa ilusória e uma fantasia sem consequências   nocivas ao ambiente e à Via Láctea, de que Deus, Tupã, Oxalá   ...  os entes sobre humanos em geral ...  Fantasiamos que Eles possam    descer à vala das imperfeições humanas e da limitação maior da linguagem de não poder dizer tudo de absolutamente de  nada   ou de ninguém ... E falar conosco. E, nesse caso, perder a condição divina e se transformar no mais comum e ordinário dos mortais humanos. 

Os semideuses, os avatares como Jesus Cristo, Buda ... falam com os falantes devido à dupla natureza deles: humana e divina.  Natureza não exclusivamente divina (como os deuses). Mas   também não exclusivamente humana (como nós, humanos)

O VERBO SE FAZ CARNE E HABITA ENTRE NÓS

Toda linguagem é verbal. Não há linguagem (seja ela das gentes, seja ela das coisas que as gentes criam) que não seja verbal.  O verbal da linguagem não se reduz aos sons que depois de   comandados pelo cérebro são soprados pelas vias aéreas friccionam as cordas vocais   e   realizam o fenômeno do entendimento  e compartilhamento (habitação) ao vivo ou ao vídeo. Compartilhamento do que eu estou falando e do que o outro está falando. As expressões dos olhos, dos dedos (polegar e médio – o ‘mostrar o dedo’ dos gestos, (a Libras), a estática e a dinâmica do corpo em geral ...  são   exemplos de linguagens verbais pois verbalizam sentimentos, mensagens ... que se fazem carne e transitam/habitam entre as pessoas. E criam espaço para o diálogo entre elas.

Evidentemente que  ‘carne’ aí é numa metáfora para tudo que é concreto ou mesmo abstrato, na medida em que a abstração é uma forma de concretude. Já que a concretude – vinda de um signo concreto (um envelope, um elefante, etc, etc, etc ...)  ou   de um signo abstrato (a felicidade, a paz,  a  paixão, a fé , etc, etc, etc ...) tudo termina numa estação chamada cérebro.

Se A diz para B: “Estou sentindo uma coisa me apertando por dentro ...”. “Que coisa é? Pergunta B. A responde: “Não sei”. Por mais abstrata e intangível que possa ser essa   ‘coisa’ ela tem concretude. E por mais que essa ‘coisa’ seja indizível/intraduzível por A e, do outro lado, seja incompreensível para B, este último entende ... Dispensados, aqui,   os habituais  ‘diagnósticos’ da ‘coisa’ como sendo angústia, ansiedade, preguiça mental ... e outros vindos deles os  médicos e de, nós, os   loucos.

Eu não preciso mostrar um elefante ao meu interlocutor quando falo de elefantes; até porque nem sempre, nem mesmo estando na Índia agora,  eu disponho desse animal para exibir ou de uma figura, desenho para mostrar. E   mesmo que os tivesse, agora, já,  eu estaria dispensado de mostrá-lo `à pessoa com quem estou a dialogar

BABEL

Examinemos a narrativa mitológica   da Torre de Babel.  Deus  castiga os humanos que estavam a construir uma torre que os levaria até o céu e assim desafiar com atrevimento o próprio Deus. Eis o castigo: Ele coloca uma linguagem diferente na boca (e no cérebro) de cada um dos construtores da torre, essa diferença   atinge os eventuais construtores em todas as suas formas de verbalização: fala, gestos com as mãos e com as demais partes do corpo. 

A linguagem é a certidão de nascimento do sujeito   do consciente (do social) & do inconsciente. Do ser humano enfim. Ela é a base da cultura. 

DANDO LÍNGUA PARA A SUA MAJESTADE A RAINHA DA INGLATERRA

Quando a Rainha da Inglaterra visitou os Maoris (Nova Zelândia), estes devidamente pintados e paramentados  para o importante momento, receberam a majestade britânica dando-lhe   língua. A rainha ficou ruborizada e constrangida mas, membros da sua comitiva se apressaram a lhe explicar que aqueles povos só davam língua a celebridades, para agradar e mostrar respeito a   pessoas extremamente importantes que lhes visitassem.

No Ocidente em geral, os significados do expor a língua ao outro vão desde uma infantilidade  a uma provocação de cunho erótico.

domingo, 17 de janeiro de 2016

MOISÉS, MARX, FREUD E A QUESTÃO DO FETICHE.

.
No léxico comum, fetiche é um “objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual se atribui poder sobrenatural e se presta culto” (Holanda, A B Minidicionário da Língua Portuguesa Aurélio 1993)

Tanto Karl Marx (1818-1883) como Sigmund Freud (1856-1939) para alimentar e construir seus respectivos conceitos de fetiche/fetichismo, de uma certa forma buscaram inspiração no expressivo episódio mosaico narrado pela Torá (livro sagrado dos Judeus)

Moisés ('in illo tempore') se afasta fisicamente (mas não espiritualmente)  de seu povo e vai ao Monte Sinai onde, durante algum tempo (dias? meses?), se dedica à meditação. Seus liderados se valem desta ausência para se organizarem politica e espiritualmente. Até que se abrem os céus para o tão esperado sinal: as Tábuas da Salvação, onde estavam inscritos  os “Dez Mandamentos”. 

Moisés,  desce do Sinai e ao lhes apresentar esta Boa Nova constata que seus liderados , durante sua ausência e influenciado pelas novas lideranças (políticas e espirituais),  haviam fundido todo o ouro e jóias que puderam acumular e construíram a imagem de um novo deus: um bezerro de ouro -  o qual passou a ser servido como objeto de adoração e glorificação. Esse novo deus era chamado de Fetiche.

Marx (em “O Capital”) afirma que a mercadoria (manufatura) depois de finalizada perdia seu valor real de venda – valor este determinado pela quantidade de trabalho humano materializado para construí-la. Essa perda implicava numa valoração de venda irreal pois não resultava da mensuração do fruto do trabalho para produzir a  mercadoria. E, portanto, ela perdia sua relação com o trabalho e ganhava autonomia e vida próprias. Transformava-se no “Fetiche da Mercadoria”. “O Capitalismo transforma tudo em mercadoria”, costuma-se denunciar.

O interesse de Freud pelo Fetichismo se presentifica em sua obra, desde "Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade" (1905), até "A Divisão do Ego nos Processos de Defesa" e "Esboço de Psicanálise", ambos de 1938, distribuindo-se em inúmeras abordagens que, direta ou indiretamente, são contribuintes ao estudo do tema.

Freud (“Três Ensaios sobre   Teoria da  Sexualidade”) identifica situações de  fetichismo quando o objeto sexual normal (a mulher, o homem e seus respectivos corpos e erotiicidades) “é substituído por outro que conserva alguma relação com ele, mas é inteiramente inadequado para servir ao objetivo sexual normal". Tal objeto (calcinha, sapatos, brincos, etc.) que objetiva ‘substituir” o objeto sexual normal (a pessoa amada em toda sua completude e inteireza físico-erótica) tem o nome de Fetiche. No Fetichismo o objeto sexual normal é descartado e substituído pelo Fetiche.

No entanto, para o próprio Freud ... "Certo grau de fetichismo, portanto, está habitualmente presente no amor normal, especialmente naqueles seus estágios em que o objetivo sexual normal parece inatingível ou sua consumação é impedida". ("Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade")

sábado, 16 de janeiro de 2016

É PRECISO OUVIR OS SINAIS DA NATUREZA COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ. PODE SER QUE NÃO HAJA MESMO AMANHÃ NO PLANETA TERRA.

É PRECISO OUVIR OS SINAIS DA NATUREZA 
COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ. 

PODE SER QUE NÃO HAJA MESMO AMANHÃ NO PLANETA TERRA.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

ÉRAMOS NÓS BOÊMIOS NOCTÍVAGOS, ALEGRES, INGÊNUOS, IRRESPONSÁVEIS? ERA SALVADOR UMA CIDADE HUMANA E SEGURA?

ÉRAMOS NÓS BOÊMIOS NOCTÍVAGOS, ALEGRES, INGÊNUOS, IRRESPONSÁVEIS?
ERA SALVADOR UMA CIDADE HUMANA E SEGURA?

Estamos meus amigos e eu, nos anos 70, nas noites de Salvador (Bahia). Altas, altíssimas horas da noite.

Começamos a beber e comer (comidas inspiradas nas culinárias africanas) na noite do Zanzibar (Garcia). De repente entra Caetano Veloso com várias pessoas ... e sentam a uma mesa próxima à nossa.

Do Zanzibar, sempre a pé, cantando, gargalhando, lá vamos nós para o Bar Quintal do Raso da Catarina (Campo Grande) . Encontramos e conversamos com Quitério. Entrando no Passeio Público, adentramos o Kiri Murê (debruçado sobre a Baia de Todos os Santos). Descendo a Rua Carlos Gomes, comemos uma carne bem assada no Brazeiro. E lá vamos nós pro Varandar beber ainda mais. Sandoval presente sempre.

Na nossa peregrinação etílica e gastronômica, descíamos para a Cidade Baixa pela Ladeira da Montanha e na parte baixa do Elevador Lacerda, vamos nos energizar com o mocotó de Tia Angélica. O famoso e fortíssimo mocotó. Por nenhum dinheiro ela repetia esse prato duas vezes para uma mesma pessoa. Dizia-nos sempre que certa vez, um freguês insistiu tanto que depois de repetir o prato caiu no chão, chamaram uma ambulância que o levou ao hospital. Ao redor do tabuleiro de Tia Angélica, as meninas (que os conservadores e a imprensa  chamavam de 'mulheres de vida airada') com quem jogávamos conversa fora. Elas que já estavam no fim do expediente com o advento dos primeiros clarões da manhã.

De Tia Angélica, cada um procurava seu ponto de ônibus e seu caminho de casa. Eu morava na Madragoa (Itapagipe)

Em outras situações, um grupo menor, nos dispersávamos cedo  no Campo Grande. Sem táxi, eu dormia em algum banco daquela praça com o cuidado de deitar sobre minha carteira de cédulas. O pior dessa situação era ser acordado bruscamente - num salto!! - pela luz do dia e pelas buzinas  dos automóveis e dos que passavam pelo local.

ÉRAMOS NÓS BOÊMIOS NOCTÍVAGOS, ALEGRES, INGÊNUOS, IRRESPONSÁVEIS?
ERA SALVADOR UMA CIDADE HUMANA E SEGURA?

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

NOSSO FASCÍNIO PELA NOITE

No filme de animação "The Croods", a família (pai, mãe, filho, filha e sogra do marido) se escondia na caverna ao final da tarde que era fechada com uma pedra ... para que todos lá dentro ficassem protegidos contra os perigos noturnos (feras, tempestades, sabe-se lá o que mais ...) não vividos mas por eles imaginados,

Até que um adolescente, situado num estágio evolutivo avançado em comparação àquele atingido pela família, convida-os a conhecer a noite. E o céu visto de uma montanha fascina não apenas a família em sua primeira experiência noturna mas todos nós, os expectadores, de longa vivência e convivência com a noite.

Apesar de toda essa nossa vivência a noite ainda nos fascina; vivemos cada noite como se fosse a primeira noite.

Com a palavra, Vinicius de Moraes:

Oh, minha amada/ Que os olhos teus/ São cais noturnos/Cheios de adeus ("Poema dos olhos da amada")

(...)
E por falar em beleza
Onde anda a canção
Que se ouvia na noite
Dos bares de então
Onde a gente ficava
Onde a gente se amava
Em total solidão

Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares
Que apesar dos pesares
Me trazem você

E por falar em paixão
Em razão de viver
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares
Na noite, nos bares
Onde anda você

("Onde Anda Você")

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

EM AGOSTO, NO TEATRO E NO MUNDO, 60 ANOS SEM BERTOLT BRECHT

EM AGOSTO, NO TEATRO E NO MUNDO 60 ANOS SEM BERTHOLD (BERTOLT) BRECHT

Dramaturgo, poeta, romancista e renovador do Teatro moderno Eugen Berthold Friedrich BRECHT nasceu em 10/2/1898, Augsburg, Alemanha - e morreu em 15/8/1956, Berlim, Alemanha)

Obras Teatrais

Um Homem é um Homem
Ascensão e Queda de Mahagonny
Ópera dos Três Vinténs
A Exceção e a Regra
Os Fuzis da Senhora Carrar
Mãe Coragem
O Círculo de Giz Caucasiano
A Resistível Ascensão de Arturo Ui
A Alma Boa de Setsuan
Senhor Puntilla e seu Criado Matt
Cabaré Youkali

Poesias

O Cordão esfarrapada (Der Abgerissen Strick, Tradução Com alemão original)
Quando eu Informou ao casal, Assim
O Burning das Livros
Elogio Al Aprendizaje
Fragen
Gerações futuras
Pleasures (Tradução com o alemão original,
Perguntas
Der Pflaumenbaum (A árvore de ameixa, Tradução)
Frente Unida Canção
Para os alunos dos Trabalhadores e Camponeses Faculdade
O que aconteceu?
Para ser lido de manhã e à noite
Rádio Poema
Solidariedade Canção
Envie-me uma folha
The Mask Of Evil
Ao ler um poeta grego recentes
Um trabalhador Lê História
Eu não estou dizendo nada contra Alexander
O Alemanha, Pale Mãe!
Não o que se pretendia
A solução
Para aqueles que nasceram depois
Para Posteridade
Ich Habe Dich Nie Je Então geliebt
Perguntas de um trabalhador que Lê
Contemplando Inferno
Mack The Knife
A atitude crítica
Eu quero ir com o que eu amo
Despedida
Como Fortunate O Homem Com Nenhum
Meu jovem filho pergunta-me ...
Alabama Canção
De uma guerra Primer alemão

sábado, 9 de janeiro de 2016

QUE ANIMAL, FOCADO EM SUA CADEIA ALIMENTAR, DESTRUIRÁ OS HUMANOS ? QUAIS SÃO NOSSAS INCERTEZAS HEISENBERGUIANAS?


Dar uma resposta exata a essa pergunta é fazer futurologia de mesa de bar e suas certezas domesticadas e dogmatizadas pelo álcool e pelos tira gostos - bela dupla que nos faz aumentar a circunferência abdominal ... 


...  E não de debates livres   de mesa de Ciência e suas dúvidas e incertezas heisenberguianas (Princípio da Incerteza de Werner Heisenberg)  que fazem ampliar nossa circunferência mental.

A chamada 'raça humana' pode não durar nem mais uma semana.

["A raça humana é uma semana do trabalho de Deus" (Gilberto Gil)]

Não creio que o nosso predador venha a ser um animal maior que nós em tamanho (dinossauros não mais existem), mas um gigante gulliveriano no estrago, predação e na invencibilidade. Este animal terá que sobreviver; e humanos poderemos ser seu banquete dionisíaco ou pantagruélico. Poderá ser um pequenino inseto e os micro organismos que dele poderão ser criados e multiplicados.

Façam suas festas e suas apostas, senhores! O jogo está apenas começando ...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O VOO DOS ESPÍRITOS INFANTIS E A GRAVIDEZ. MOÇAS QUE ATACAM SEXUALMENTE RAPAZES. ILHAS TROBRIAND (NOVA GUINÉ)

O antropólogo Broniuslaw Kasper MALINOWSKI (1884, Cracóvia, Polônia
- 1942, New Haven, Connecticut, EUA) escreveu  "A vida sexual dos selvagens", em que narra sua experiência de trabalho de campo nas Ilhas Trobriand.

A leitura deste conhecido livro do mundo das Ciências Sociais, nos assegura que a crença na relação causal sexo & gravidez não é partilhada por todos as culturas e habitantes da Terra. Naquelas ilhas, seus moradores acreditam que as mulheres cujo himem é rompido ritualmente com consentimento e sem violência  por objeto cortante, aos sete anos de idade. Elas engravidam porque são penetradas acidentalmente por espíritos infantis que povoam as fontes e lagoas - lugares  bastante  frequentados pelas mulheres.

Um de seus informantes (pessoas que mediam e facilitam  contatos entre antropólogos e pessoas observadas/estudadas) lhe disse achar estranha e equivocada a crença  tão acreditada pelos ocidentais que relações sexuais podem causar   gravidez . Ao  antropólogo, o informante apressado em defender o papel dos espíritos infantis disse que ao casar ele e a esposa ainda não tinha filhos; e que precisou se afastar da esposa e da comunidade durante dois anos. Quando voltou ela já tinha dois filhos. 

Naquelas ilhas, o rosto de todo(a) filho(a) se parece, de antemão e a priori, com o rosto do  pai. Não importa se aos olhos ocidentais possa haver casos em  que as coisas não possam  ser bem assim. 

A comunidade valoriza e mantem  a 'casa dos solteiros' onde rapazes e moças têm relações sexuais - sem repressão, censura ... livre e abertamente  antes de casar. O que é condenado e proibido a estes jovens é que  se alimentem ou  façam qualquer refeição juntos antes de casar. Comer e beber alimentos juntos só casando!  Acham uma falta de vergonha que namorados no Ocidente façam  refeições ou mesmo lanches juntos antes de casar.

Por mera diversão, moças tocaiam rapazes e os atacam. Depois de dominá-los fisicamente os excitam e com eles fazem sexo ... uma de cada vez ... Enquanto isso, as  demais lhe mantêm o pênis ereto e, à força,  o corpo dominado e imóvel.

AGORA, ESTAMOS CHORANDO POR LAMA DERRAMADA


Dias depois do desastre de Mariana, levantou-se a hipótese de a lama 'viajar' pelo Espírito Santo (já 'viajou') e chegar à Bahia especialmente a Abrolhos. Já chegou. Na época, por mais estranho que possa ter parecido não faltaram vozes condenando essa ameaça  como exagero. Estranho. Mui estranho.

E hoje, cara pálidas, hoje estamos chorando pela lama derramada sobre o santuário de Abrolhos.

Choramos pela lama derramada e fechamos a porta depois de roubados.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

HÁ 143 ANOS NASCIA JULIANO MOREIRA

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

BEBAMOS NIETZSCHE e ARNALDO ANTUNES ... NA PROFUNDA SUPERFÍCIE DAS COISAS ...

BEBAMOS NIETZSCHE e ARNALDO ANTUNES ... NA PROFUNDA SUPERFÍCIE DAS COISAS ...

Nietzsche - "A profundidade das coisas está na superfície das coisas"

Alma
composição de Arnaldo Antunes

Link: http://www.vagalume.com.br/zelia-duncan/alma.html#ixzz3wHg0mYD0

Alma! Alma! Alma!

Alma!
Deixa eu ver sua alma
A epiderme da alma
Superfície!
Alma!
Deixa eu tocar sua alma
Com a superfície da palma
Da minha mão
Superfície!...

Easy! Fique bem easy
Fique sem, nem razão
Da superfície!
Livre! Fique sim, livre
Fique bem, com razão ou não
Aterrize!...

Alma!
Isso do medo se acalma
Isso de sede se aplaca
Todo pesar não existe
Alma!
Como um reflexo na água
Sobre a última camada
Que fica na
Superfície!...

Crise!
Já acabou, livre
Já passou o meu temor
Do seu medo sem motivo
Riso, de manhã, riso
De neném a água já molhou
A superfície!...

Alma!
Daqui do lado de fora
Nenhuma forma de trauma
Sobrevive!
Abra a sua válvula agora
A sua cápsula alma
Flutua na
Superfície!...

Lisa, que me alisa
Seu suor, o sal que sai do sol
Da superfície!
Simples, devagar, simples
Bem de leve
A alma já pousou
Na superfície!...

Alma!
Daqui do lado de fora
Nenhuma forma de trauma
Sobrevive!
Abra a sua válvula agora
A sua cápsula alma
Flutua na
Superfície!...

Lisa, que me alisa
Seu suor, o sal que sai do sol
Da superfície!
Simples, devagar, simples
Bem de leve
A alma já pousou
Na superfície!...

Alma!
Deixa eu ver sua alma
A epiderme da alma
Superfície!
Alma!
Deixa eu tocar sua alma
Com a superfície da palma
Da minha mão
Superfície!...

Alma!
Deixa eu ver!
Deixa eu tocar!
Alma! Alma!
Deixa eu ver!
Deixa eu tocar!
Alma! Alma!
Superfície
Alma! Alma!
Alma!


Link: http://www.vagalume.com.br/zelia-duncan/alma.html#ixzz3wHg0mYD0